ADIADO NOVAMENTE O LANÇAMENTO: No dia 31 de agosto, a NASA tinha tudo preparado para lançar em direção à Lua o foguetão SLS com a cápsula Orion que irá chegar até à órbita lunar. Este lançamento dá início à Missão Artemis I. Contudo, por precaução, os engenheiros da NASA decidiram abortar a missão, após descobrirem um sobreaquecimento de um dos quatro motores do foguetão. O lançamento foi adiado para hoje.
Está marcado o lançamento da missão hoje entre as 19h17 e as 21h17, horário de Portugal continental. Se tudo correr conforme planeado, a humanidade dá mais um passo para voltar ao nosso satélite natural.
Novo “início” da Missão Artemis
Se tudo ocorrer como o planeado, em menos de 8,5 segundos, o foguetão SLS (Sistema de Lançamento Espacial) será lançado para fora da Terra a uma velocidade de 27 mil km/h. No passo seguinte, a nave Orion, que não será tripulada, ficará em órbita da Lua durante um período de 26 a 42 dias.
Apesar de a cápsula não ser tripulada, ela não estará “vazia”. A bordo a NASA colocou três manequins equipados com os novos fatos espaciais. Estes “bonecos” foram apelidados de comandante Moonikin Campos, Helga e Zohar. No seu corpo a agência espacial norte-americana colocou detetores de radiação para descobrir quanta radiação os astronautas poderão receber durante a viagem à Lua. Viagem essa que deverá acontecer na Missão Artemis II e Artemis III, que poderá acontecer até finais de 2025.
Este voo é extremamente importante porque será a primeira vez que o foguetão SLS enfrentará os desafios no espaço.
No topo do veículo, um dos maiores até hoje produzidos, estará a cápsula Orion. Esta nave foi projetada para levar carga e quatro humanos da Terra, com destinos como a Lua ou Marte.
A sua cor e material usado, é extremamente brilhante visando amenizar as temperaturas extremas do espaço. Logo por baixo a cápsula está equipada com um material que serve de escudo térmico de última geração para lidar com a reentrada na atmosfera.
Além disso, existe também um sistema que aborta o lançamento, colocando os astronautas em segurança se algo problemático for detetado durante a partida. Conforme foi notícia na altura, a nave Orion já voou até ao espaço num teste levado a cabo em 2014.
O software por trás do hardware
Esta cápsula é totalmente autónoma e a sua gestão está a cargo do software Copernicus. Este pedaço de tecnologia foi batizado em homenagem ao astrónomo e matemático Nicolau Copérnico, que defendeu a teoria de que a Terra gira em torno do Sol, no século XVI.
O software, desenvolvido desde 2001, por investigadores da Universidade do Texas, é baseado em Python, e tem capacidade de criar rotas para diferentes tipos de deslocações no espaço. O trajeto final planeado pela NASA, a cápsula fará uma órbita retrógrada ao redor da Lua, no sentido oposto à direção dos satélite que orbitam a Terra), a nave chegará a estar 97 km da superfície da Lua.
Durante a missão, a nave deverá alcançar a distância de 450 mil quilómetros da Terra, batendo o recorde da Apollo 13, de 400 mil km, em 1970. No total, ida e volta, a nave da Missão Artemis I viajará no espaço mais de 2 milhões de km e alcançar velocidade de até 40 mil km/h. Depois, de volta à Terra, cairá com precisão no Oceano Pacífico.
Veja aqui em direto o lançamento da missão Artemis I:
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