Estudo: ser demasiado magro aumenta mais o risco de morte do que estar acima do peso
Num mundo atual, a magreza, por vezes até excessiva, é vista como o pináculo da saúde, do bem-estar. Contudo, um novo estudo veio inverter a narrativa: estar ligeiramente acima do peso, ou até com obesidade moderada, pode não ser tão letal quanto se pensava. Aliás, é referido que nalguns aspetos, pode até ser mais seguro do que ser magro.
Magreza extrema fragiliza o organismo
A nova investigação apresentada na conferência da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes (EASD), em Viena, sustenta o fenómeno conhecido como “fat but fit” e desafia a velha crença de que ser magro é sempre mais saudável.
A comida não é apenas combustível; é a base da sobrevivência. Quando o corpo é privado de alimento, entra num estado catabólico. Isso significa que começa a degradar os próprios tecidos, músculos, gordura e até órgãos vitais para obter energia. O cérebro, como centro de comando, tem prioridade máxima. Para o manter em funcionamento, o corpo redistribui recursos, muitas vezes em detrimento de outros sistemas.
Um dos primeiros a sofrer é o sistema imunitário, que abranda ou desliga, deixando o corpo vulnerável a infeções e doenças. Os processos de reparação param. O equilíbrio hormonal falha. Até a regulação da temperatura e a função cardíaca podem ficar comprometidas. É por isso que ter reservas de energia pode ser vital.
Gordo, mas em forma!
Neste estudo, que acompanhou mais de 85 mil adultos, verificou-se que os indivíduos com Índice de Massa Corporal (IMC) na faixa do excesso de peso, e até alguns na obesidade ligeira, não tinham maior probabilidade de morrer durante um seguimento de cinco anos do que aqueles no limite superior da faixa “normal”.
Mais surpreendente foi a constatação de que indivíduos na categoria de baixo peso, ou até na metade inferior da faixa “saudável”, tinham taxas de mortalidade significativamente mais elevadas.
Os dados revelaram uma curva em U no risco de mortalidade, com 8% dos participantes a morrer durante o seguimento. Os magros tinham quase três vezes mais probabilidade de morrer do que o grupo de referência. Mesmo os que estavam na faixa de 20,0–22,5 apresentaram um risco 27% maior.
Em contraste, os indivíduos com excesso de peso (25–30) e obesidade ligeira (30–35) não mostraram risco acrescido. Apenas a obesidade severa (IMC ≥ 40) esteve associada a uma mortalidade significativamente mais elevada (23%).
O papel do IMC e as limitações
O IMC, amplamente usado para avaliar se uma pessoa está num peso “saudável”, tem sido criticado por não distinguir massa muscular de gordura, nem indicar a distribuição da gordura.
Segundo Jens Meldgaard Bruun, coautor do estudo, a localização da gordura importa mais do que a quantidade. A gordura visceral, armazenada no abdómen e em torno dos órgãos, é metabolicamente ativa e prejudica a saúde metabólica. Já a gordura em regiões como ancas e coxas pode não trazer os mesmos riscos.
Isto leva a repensar o diagnóstico da obesidade. Estudos recentes defendem que a percentagem de gordura corporal e a sua distribuição são melhores indicadores de risco cardiovascular do que o IMC isolado.
Um novo olhar sobre peso e saúde
Estas conclusões não sugerem abandonar o combate à obesidade, mas sim adotar uma abordagem personalizada que tenha em conta fatores como idade, massa muscular, distribuição da gordura e doenças pré-existentes.
Segundo a investigadora Sigrid Bjerge Gribsholt:
Tanto o baixo peso como a obesidade são grandes desafios de saúde global.
Enquanto a obesidade está ligada a doenças metabólicas, diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares e vários tipos de cancro, o baixo peso está associado à desnutrição, défices nutricionais e imunidade enfraquecida.
Assim, ser magro nem sempre é sinónimo de saúde, e ter algum excesso de peso pode, em certas circunstâncias, até ser uma proteção.
























Cuidado é com a diabetes, o colesterol e a tensão alta. Isso é que dá cabo de uma pessoa.
Cuidado é com o ordenado mínimo e a fome.
Qual fome?
Não é o colesterol que da cabo da pessoa, o Colesterol é o bombeiro que vai apagar o fogo. O grande vilão não é o colesterol, é o que comes que causa o Colesterol fazer a sua parte de “bombeiro”.
Entendes? Não? Gorduras, Açúcar, comida processada etc.
estiveste quase bem.
Estar acima do peso nunca Fez mal a ninguém. Agora estar obeso como 99% das pessoas que estão acima do peso é que não é bom para a saúde.
Não é um estudo com resposta óbvia? Coitado dos contribuintes.
Ufa…. Já fico mais descansado!
Vocês querem-me fazer acreditar que a figura da direita é demasiado magra?
Onde é o vosso caixote de lixo? Quero para mim.
+1
A Figura da direita é perfeita! Eu sempre fui magro e o meu médico diz que estou com bom peso. Estou 5 Quilos acima do peso mínimo para a minha altura e idade!