Chama-se 1998 OR2 e é um enorme asteroide que está atualmente numa trajetória para passar pelo nosso planeta. Contudo, este não é um asteroide qualquer. O astro tem órbita excêntrica, é classificado como objeto próximo da Terra e como asteroide potencialmente perigoso do grupo Apollo.
O 1998 OR2 foi descoberto no dia 24 de julho de 1998. Quem o detetou foram astrónomos do programa NEAT no Observatório de Haleakala, no Havai. Contudo, este é um dos asteroides mais brilhantes e um dos mais perigosos que existe.
Asteroide de 1998 OR2 é da classe dos mais perigosos que passam pela Terra
Os asteroides – corpos rochosos que vagueiam pelo no espaço – não evocam uma sensação particularmente positiva. Na verdade, cada vez se tem falado mais, após sabermos que não estamos a salvo dos impactos.
Assim, há cada vez mais olhos a vigiar o espaço e, segundo informações recentes, parece que há uma grande rocha prestes a passar por cá. Se entrar na nossa atmosfera, seguramente vai fazer muitos estragos.
Chama-se 1998 OR2, esta rocha está desde há muitos anos na mira da NASA. A agência projetou a sua órbita até ao ano 2197. Pela estimativa da rota, este astro nunca irá colidir com a Terra, a não ser que algo perturbe a sua rota.
NASA classifica como muito grande
O Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS) da NASA revelou que o asteroide 1998 OR2 tem um diâmetro estimado de 4 quilómetros e espera-se que passe pela Terra no dia 29 de abril de 2020, às 15:26 horas de Portugal Continental.
No seu ponto mais próximo, o asteroide estará a uma distância de aproximadamente 0,04205 unidades astronómicas ou cerca de 6,3 milhões de quilómetros do centro do nosso planeta. Parece seguro, certo? Bem, o curso do asteroide pode ser alterado devido a alguns fenómenos e pode eventualmente colidir com a Terra.
Mas que fenómenos serão esses?
Em primeiro lugar existe o efeito Yarkovsky, que é conhecido por afetar o semieixo maior dos asteroides. Este fenómeno pode ser definido como a força consequente exercida sobre um corpo celeste devido a mudanças na temperatura. Entre as várias razões para esta alteração da temperatura, está a influência da radiação externa ou a gerada internamente.
Dessa forma, este tipo de alteração pode afetar a rotação do asteroide 1998 OR2 e, eventualmente, a sua órbita, fazendo com que este se vire para a Terra.
O segundo fator que poderia levar ao evento catastrófico de colisão de asteroides seria a perturbação da trajetória causada pela Fenda de ressonância gravitacional. Este último pode ser descrito como uma pequena região no espaço em torno de um planeta onde a gravidade do planeta pode alterar a órbita de um corpo celeste que transita por perto. Dessa forma, no caso de um asteroide, a gravidade poderá atrair para dentro da órbita do planeta, levando a uma colisão.
Que consequências resultariam de um impacto deste asteroide o planeta?
Há muitos dados apenas avançados com base em previsões, felizmente não temos registos que atestem a certeza dos factos. Contudo, além do dano tectónico causado pelo asteroide, o impacto também alteraria severamente as condições meteorológicas e atmosféricas do planeta.