Doomsday Clock: o mundo está a 100 segundos do fim
Decorria a Guerra Fria, em 1947, quando os diretores do Bulletin of the Atomic Scientists, da Universidade de Chicago, iniciaram o Doomsday Clock, um relógio simbólico que marcava sete minutos para a meia-noite, a hora do apocalipse. Conceitualmente, o relógio representa o tempo que os humanos demorarão a destruir a Terra através de uma guerra nuclear.
Avançado e retrocedido quando os cientistas consideram necessário e pertinente, o relógio está a 100 segundos da meia-noite, o marco mais perigoso desde o seu início.
Da Guerra Fria às vulnerabilidades de 2020
O Bulletin of the Atomic Scientists, da Universidade de Chicago, foi fundado em 1945 por cientistas que haviam ajudado a desenvolver as primeiras armas nucleares do Manhattan Project. Dois anos depois, esse comité de cientistas criou o Doomsday Clock. Isto, recorrendo ao imaginário do apocalipse, que seria a meia-noite, e à linguagem contemporânea de uma explosão nuclear.
O objetivo do Doomsday Clock é calcular o nível de perigosidade das ameaças que a humanidade enfrenta. Isto é, a decisão de mover para a frente, para trás, ou manter os ponteiros no mesmo sítio é tomada pelo comité do Bulletin Science and Security, todos os anos, de acordo com o estado do mundo.
Por sua vez, este comité consulta, para o efeito, o Board of Sponsors, que inclui 13 galardoados com Prémios Nobel.
Em contagem desde 1947, o Doomsday Clock tornou-se um indicador universalmente reconhecido. Isto, porque dá conta da vulnerabilidade mundial face a catástrofes nucleares, alterações climáticas e outros tipos de tecnologia ou ação nocivos.
Doomsday Clock mais próximo do que nunca da meia-noite
A altura em que o relógio esteve mais próximo da meia-noite aconteceu em 1945, aquando a tragédia de Hiroshima e Nagasaki. Estes que foram os bombardeamentos mais desumanos da história, executados contra o Japão. Além disso, foi o único momento da história em que foram usadas bombas nucleares como armas de guerra, contra civis.
Agora, 75 anos depois dessa tragédia de destruição maciça, o Doomsday Clock marca o tempo mais próximo do suposto apocalipse alguma vez registado, 100 segundos. Recorde-se que o movimento dos ponteiros ocorre consoante o comportamento da humanidade.
O mundo moderno tem desiludido os cientistas, porque se encontra a fracassar. Segundo eles, as tomadas de decisão pouco informadas e pouco conscientes estão cada vez a prejudicar outros. Ademais, consideram que os líderes mundiais estão no caminho de uma destruição nuclear, pelas decisões pouco racionais que concretizam.
Cientistas que marcam o estado do mundo
Aliás, em 2020, o estatuto das forças nucleares mundiais, fornecido pela Federation of American Scientists, indica que nove nações possuem mais de 13 mil armas nucleares. Destas, 1 800 estão prontas a ser utilizadas.
Conforme sabido, em 2017, as ameaças nucleares voltaram a estar no centro mediático pelas tensões que envolviam os Estados Unidos da América e a Coreia do Norte. Esta última estaria, na altura, a desenvolver as suas próprias armas nucleares.
Assim sendo, os ponteiros do Doomsday Clock já se deslocaram 24 vezes. Aliás, desde o início da governação de Donald Trump, o relógio avançou cerca de 20 segundos, em direção à meia-noite.
Além das ameaças de uma possível catástrofe nuclear, também as alterações climáticas e as decisões menos racionais que envolvem outros assuntos podem alterar o movimento do Doomsday Clock.
Estando a 100 segundos do suposto apocalipse desde o início de 2020, e apesar de ser um relógio simbólico, é uma forma de controlar o estado da humanidade e, de certa forma, uma motivação para se trabalhar em prol de um mundo menos problemático.
Este artigo tem mais de um ano
“Conceitualmente,o relógio representa o tempo que os humanos demorarão a destruir a Terra através de uma guerra nuclear.” // “Doomsday Clock mais próximo do que nunca da meia-noite” Se aquele doido varrido da Coreia do Norte se passa lá vamos todos pelo c****** numa III Guerra Mundial.Será o fim de tudo. 😐
a TV destrói-te
Isso será um tiro no pé!
Que parvoíce, durante a crise dos misseis de cuba na guerra fria, com americanos e soviéticos com dedos todos “nos botões” e as duas frotas no atlântico prestes a se confrontar este relógio não esteve mais próximo do está agora ? A serio ?
Isto é mais bullsh%&it clock que Doomsday clock … :/
Provavelmente, durante a crise dos misseis de Cuba, o relógio esteve a segundos da meia-noite.
Não vejo a hora de acertarem o ponteiro na meia noite.
Ainda não percebveramque o mundo ja acabou???Ou melhor o velho mundo….Desde Março que vivemos num mundo completamente diferente. Nova Ordem Mundial, Novo Normal………..enfim
Este relógio não passa mais do que um “artigo de opinião” do que qualquer outra coisa. Então o relógio está mais perto da meia noite por causa das alterações climáticas do que quando foi a questão em Cuba, ou nos momentos até queda do muro de berlim?
Acho que é apenas mais um ponto para que os “arautos da desgraça”, que já andam a profetizar que o mundo vai acabar desde que a roda foi inventada, tenham mais plataforma para falarem. Já chega de ouvir que isto vai acabar, que temos mais 40 anos (já nos anos 90 se ouvia que não se ia passar do ano 2000 ou que em 25 anos o mundo ia estar inundado).
Atenção que isto não é ser negacionista, é apenas constatar um facto de que já cansa a quantidade de “profetas da desgraça” a falar. Gostava era de ouvir soluções práticas e possiveis de executar.
Em vez de andarmos a juntar toda esta sapiencia e “brain power” humano a encontrar soluções exequiveis, andamos a perder tempo a dizer que vamos todos morrer e a dar protagonismo a malta que só sabe apreguar desgraças… Entretanto, continuam as pilhagens na Gucci em nome de Jorge Floyd e BLM. Andamos a gastar energias com “não temas” e politiquices de malta que só quer é poder (e só um tolo é incapaz de ver que está a ser usado como alavanca politica) do que a usar sábiamente esse tempo a pegar num quadro branco e resolver os problemas que realmente são importantes e ditam o nosso futuro como humanidade:
– Fome no mundo e até no nosso próprio pais.
– Crise económica e social mundial e local,
– Crise de saúde publica (e não falo só da pandemia) – local e mundial.
– corrupção ao nivel governamental e empresarial – seja local ou mundial,
– falta de escolaridade em paises de 2º e 3º mundo. Até neste pais à beira mar sentado há malta que não sabe sequer a história recente, porque não está no youtube a toda a hora.
Quando começarmos a ir para a rua por causa destes reais problemas, eu vou também ^_^
Provavelmente o meu comentário já vem tarde demais, porque o fim do mundo já aconteceu, mas fica o meu registo: os humanos são mais resistentes que as baratas.
Tudo aponta para que seja nuclear mas não tem nada a ver com o ser humano. Ou com IA, já agora. São ciclos e signos. Talvez alguns tenham percebido que o mundo dito civilizado enlouqueceu de vez, estes são os tempos antes do fim e o fim dita as revelações, onde alguns vão entender melhor a máquina onde vivem. São tempos fantásticos para viver, pois muitos estão esperando apoio que estiverem dispostos a dar.
Guerras houve na Europa e no mundo, por territórios, e por riqueza, tais como o carvão e o aço, mesmo até a última Grande Guerra. Mas, hajam os arsenais atómicos que houverem, o dinheiro (a Economia), já há vários aos que “fala mais alto”.