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Astrónomos revelam imagens de cometa 14 vezes maior que a Terra no nosso Sistema Solar

Astrónomos da Universidade Yale, nos Estados Unidos, captaram uma impressionante imagem de primeiro plano do cometa interestelar 2I/Borisov. A foto foi tirada em 24 de novembro, utilizando um espectrómetro do Observatório WM Keck, localizado no Havai. Este gigante corpo celeste e a sua cauda é 14 vezes maior que a Terra e vem de fora do nosso sistema solar.

Conforme estarão lembrados, este é o segundo objeto interestelar a entrar no nosso sistema solar depois do Oumuamua em 2017.


Apesar de só agora haver imagens, este corpo celeste já havia sido detetado. Na altura, no verão passado, o avistamento foi apelidado de cometa C/2019 Q4 (Borisov).

 

Surpreendente imagem do cometa interestelar 2I/Borisov

A imagem agora mostrada foi captada pelos astrónomos da Universidade Yale que usaram o Espectrómetro de Imagem de Baixa Resolução do Observatório W.M. Keck. Este primeiro vislumbre conseguido do gigante corpo celeste vem reforçar a ideia de que de facto o nosso planeta é mesmo muito pequeno.

Assim, a nova foto revela uma impressionante cauda do cometa, que se estende por quase 160 mil km. Por outras palavras, estamos a ver algo que é 14 vezes o tamanho da Terra, de acordo com os investigadores de Yale.

É humilhante perceber como a Terra é pequena ao lado deste visitante de outro sistema solar.

Referiu Pieter van Dokkum, um astrónomo de Yale.

 

Cometa passará pela Terra dentro de dias

No próximo dia 8 de dezembro, o cometa passará a uma distância de 190 milhões de quilómetros da Terra. Depois, este continuará a sua trajetória através do nosso sistema solar. À medida que se aproxima da Terra, o cometa gelado liberta mais gás e poeira pela sua cauda através da evaporação.

Astrónomos estão a aproveitar a visita de Borisov, e usam telescópios como o Keck para obter informações sobre os blocos de construção dos planetas em outros sistemas que não o nosso.

Explicou Gregory Laughlin, também astrónomo de Yale.

Os cientistas pensam que o cometa teve origem num outro sistema estelar. Contudo, o cometa deverá ter sido expulso após um quase acidente com um planeta.

 

Cometa com aspeto fantasmagórico

Desde que observaram o cometa pela primeira vez, os astrónomos já aprenderam novos detalhes. De acordo com as observações, o seu núcleo cometário tem mil e seiscentos metros e começa a parecer mais “fantasmagórico” à medida que reage ao calor do nosso sol. Segundo os dados recolhidos, o astro tem um tom avermelhado.

Apesar de vindo de fora do nosso sistema solar, este também é dominado pela poeira, o que é típico dos cometas. Fora da sua órbita hiperbólica, o cometa é muito semelhante aos que encontramos no nosso próprio sistema solar.

O objeto atingirá o pico de brilho em meados de dezembro e continuará a ser observável com telescópios de tamanho moderado até abril de 2020. Posteriormente, só será observável com telescópios profissionais e maiores até outubro de 2020.

Concluiu Dave Farnocchia, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.

Em suma, e partir de agora, várias informações serão recolhidas em relação ao seu tamanho, rotação e caminho.

 

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