Algo está a bombardear a Terra com raios cósmicos mais poderosos já detetados
Os cientistas estão a registar um bombardeamento de partículas cósmicas com a energia mais elevada alguma vez registada, mas ainda não sabem de onde vem.
Vizinhos galácticos com atividade violenta
A Terra está a sofrer o pior bombardeamento de raios cósmicos da história, proveniente de uma fonte desconhecida do espaço exterior. Nunca antes tínhamos sido expostos a partículas energéticas com este nível de energia.
Os astrónomos não sabem o que e de onde vêm, mas sabem que devem estar muito mais perto do que supomos. Embora o campo magnético da Terra nos proteja da maior parte deles, os raios cósmicos podem causar danos significativos à saúde humana, provocando mutações e aumentando o risco de cancro. Podem também interferir com as comunicações globais e os satélites, afetando seriamente a nossa infraestrutura tecnológica.
O observatório H.E.S.S. na Namíbia - que tem cinco telescópios - identificou eletrões e positrões cósmicos com níveis de energia sem precedentes. Os dados recolhidos num novo estudo revelaram que algo extremamente violento e poderoso está a acontecer nas proximidades do nosso sistema solar.
Este é um resultado importante, pois podemos concluir que os eletrões cósmicos medidos provêm provavelmente de algumas fontes na vizinhança do nosso sistema solar, a uma distância máxima de alguns milhares de anos-luz, uma distância muito pequena comparada com o tamanho da nossa galáxia.
Explica Kathrin Egberts da Universidade de Potsdam e uma das autoras do estudo.
A análise dos dados revelou uma quebra inesperada na distribuição de energia dos eletrões cósmicos. Este fenómeno sugere a presença de processos extremos na nossa região galáctica, cuja compreensão poderia fornecer informações cruciais sobre os acontecimentos astrofísicos que lhes estão na origem.
Os níveis de energia detetados apontam para a existência de aceleradores de partículas cósmicas extremamente potentes, relativamente próximos do nosso sistema solar. Embora os astrónomos ainda não consigam identificar os objetos envolvidos, é evidente que estamos a falar de fontes de energia de magnitude colossal, muito para além da energia gerada nos processos de fusão nuclear das estrelas.
Uma descoberta importante
Os raios cósmicos são constituídos por partículas carregadas que viajam pelo espaço, incluindo eletrões, protões e núcleos atómicos. Estas partículas surgem de acontecimentos astrofísicos de alta energia, tais como explosões de supernovas, pulsares e buracos negros.
Ao contrário dos raios gama, que viajam sem perturbações pelo espaço, os raios cósmicos são desviados e afetados pelos campos magnéticos presentes em toda a galáxia, o que torna impossível determinar com precisão o seu ponto de origem, como explica Egberts.
O observatório H.E.S.S. conseguiu identificar eletrões e positrões de raios cósmicos que atingem energias até 40 teraelectronvolts (TeV), cerca de mil milhões de vezes superiores à luz visível.
Os telescópios detetam a radiação Cherenkov, uma luz ténue produzida quando uma partícula carregada viaja mais depressa do que a luz num meio como a atmosfera da Terra. Quando os raios cósmicos, sejam eles eletrões, protões ou núcleos de átomos, entram na atmosfera terrestre, interagem com as moléculas do ar e geram uma cascata de partículas secundárias.
Estas partículas secundárias emitem luz Cherenkov, que os telescópios H.E.S.S. são capazes de detetar e analisar.
Potencialmente perigoso
Os raios cósmicos podem ter efeitos negativos tanto a nível individual como para a humanidade em geral. Estes riscos variam significativamente consoante o nível de exposição e as circunstâncias.
A nível individual, a exposição aos raios cósmicos provoca mutações no ADN, o que aumenta o risco de cancro a longo prazo. As partículas de alta energia podem também afetar o sistema nervoso central, com efeitos na função cognitiva e na coordenação.
De facto, para os astronautas em missões fora da magnetosfera protetora da Terra, como as futuras viagens a Marte, a exposição aos raios cósmicos é uma grande preocupação, uma vez que os danos nas células cerebrais podem afetar as suas capacidades operacionais durante missões prolongadas.
Para a civilização, os raios atuam contra a infraestrutura tecnológica. A atmosfera e o campo magnético da Terra oferecem uma proteção considerável contra os raios cósmicos, mas quando estas partículas de alta energia interagem com a atmosfera, causam efeitos secundários que perturbam a ionosfera.
Esta perturbação pode causar interrupções nas comunicações de rádio de alta frequência e afetar o funcionamento dos satélites. Além disso, os raios cósmicos provocam falhas nos sistemas elétricos e eletrónicos, incluindo memórias, processadores e sistemas de armazenamento em massa.
O que estará a "disparar" sobre nós?
A descoberta destas partículas e dos seus níveis de energia muito elevados reforça a hipótese de que existem objetos ou eventos astrofísicos na vizinhança do nosso sistema solar capazes de gerar acelerações de partículas de uma magnitude sem precedentes.
Poderão ser supernovas, ou mesmo buracos negros, mas a falta de um sinal direto e a difícil deteção destas partículas continuam a ser um grande obstáculo para desvendar este mistério cósmico.
“Os telescópios detetam a radiação Cherenkov, uma luz ténue produzida quando uma partícula carregada viaja mais depressa do que a luz num meio como a atmosfera da Terra.”
P.f. corrijam pois nada viaja mais rápido do que a luz.
Não não 🙂 Vou-te explicar:
Nada pode viajar mais rápido do que a luz no vácuo (cerca de 300.000 km/s, a velocidade máxima no universo). No entanto, a luz viaja mais devagar na atmosfera devido à densidade do ar. Este efeito faz com que certos fenómenos curiosos ocorram.
Um exemplo é a radiação de Cherenkov. Esta ocorre quando partículas carregadas, como eletrões, viajam mais rápido do que a velocidade da luz naquele meio (como a água ou o ar). Isso não significa que estas partículas estão a superar a velocidade da luz no vácuo, mas sim a velocidade reduzida da luz no meio material. Este fenómeno gera um brilho azul característico, frequentemente observado em reatores nucleares.
Portanto, enquanto nada pode ultrapassar a velocidade da luz no vácuo, certos objetos podem exceder a velocidade da luz em meios específicos como a atmosfera.
E a velocidade da luz ser constante, ainda não é certo, o universo é demasiado grande e com tanto por descobrir.
E mesmo a afirmação de que nada viaja mais rápido do que a luz, depende das teorias que consideramos em termos de geometria espacial.
Mas sim, para micro experiências e medições feitas pelo ser humano, até agora realmente nada bate a velocidade da luz no vácuo.
Concordo. Na minha opinião, ainda há muito por descobrir. Mas a teoria aceite até ao momento é que a velocidade da luz é constante. No entanto, digo eu, tem de haver algo ainda mais rápido que a luz. Agora, para já, segundo os cânones atuais, nada viaja mais rápido do que a luz.
Esta discussão sobre as viagens no universo são fascinantes, mas, ao mesmo tempo, desanimadoras. Tanto universo, tantos planetas e, não conseguimos sair do nosso pequeno sistema solar.
Não querendo retirar o mérito ao mestre Alves, o GPT respondeu de forma interessante :
1. Cherenkov Radiation
In a medium such as water or glass, the speed of light is slower than in a vacuum. Particles can exceed this reduced speed of light in the medium.
This creates Cherenkov radiation, a blue glow observed in nuclear reactors.
However, this does not violate relativity, as the universal limit still applies to the speed of light in a vacuum.
2. Quantum Tunneling
Some experiments suggest that quantum particles appear to “tunnel” through barriers faster than light might travel through the same distance.
This is often interpreted as a “group velocity” anomaly and does not involve information traveling faster than light, preserving causality.
3. Neutrinos (Debunked Claim)
In 2011, the OPERA experiment claimed to detect neutrinos traveling faster than light.
It was later found to be due to a faulty connection in their experimental apparatus, debunking the claim.
4. Tachyons (Hypothetical Particles)
Tachyons are theoretical particles that always travel faster than light.
They have not been observed, and their existence remains speculative.
If real, they would have strange properties, such as imaginary mass.
5. Warp Drives and Spacetime Manipulation
Theoretical constructs like the Alcubierre warp drive propose bending spacetime to effectively “travel faster than light.”
These ideas don’t violate relativity because the spacecraft itself doesn’t move through spacetime faster than light; spacetime itself is distorted.
6. Speed of Entanglement and Quantum Information
Quantum entanglement involves correlations between particles that appear “instantaneous,” regardless of distance.
However, no usable information travels faster than light, as entanglement cannot transmit data or violate causality.
7. Modified Theories of Relativity
Some advanced theories, such as those involving extra dimensions or string theory, suggest scenarios where the speed of light might not be an absolute limit.
These theories remain speculative and unproven.
The overwhelming body of evidence supports the notion that nothing carrying information or energy can exceed the speed of light in a vacuum, as defined by relativity. However, theoretical and experimental physics continues to explore the edges of this understanding, so new discoveries might challenge or refine these ideas in the future.
Exato. É o que está escrito no artigo.
Em relação a este assunto há muitos anos atrás, lembro-me de comprar um livro de um físico português, o João Magueijo, que ensina no imperial college de Londres, que de física em termos técnicos não tinha nada, mas em que ele retratou o que foram os tempos em que ele e a sua equipa de colegas trabalhavam na ideia da velocidade da luz variável.
O livro chama-se “Mais rápido do que a luz”
Há uma série de teorias nesse sentido. Para explicar alguns comportamentos do próprio universo, tem de haver algo mais rápido que a luz.
Há dias estava a ler sobre isso… de facto existem conceitos teóricos que questionam ou expandem estes limites. Teoriza-se sobre:
1. Efeito de Túnel Quântico: Algumas experiências sugerem que partículas podem “parecer” viajar mais rápido que a luz ao atravessar barreiras quânticas. No entanto, isso não transporta informação de forma mais rápida e, portanto, não viola a relatividade.
2. Táquions: São partículas hipotéticas que, segundo algumas teorias, poderiam se mover mais rápido que a luz. Até hoje, não há evidências experimentais da existência de táquions.
3. Dobra Espacial (Warp Drive): Proposto por Miguel Alcubierre em 1994, este conceito teórico prevê a possibilidade de viajar mais rápido que a luz ao “dobrar” o espaço-tempo ao redor de uma nave, enquanto a nave em si permanece estacionária dentro de uma “bolha”. Este conceito não viola diretamente a relatividade, pois a nave não estaria a mover-se pelo espaço convencional, mas manipular o espaço-tempo requereria energia negativa, algo que ainda é teórico.
4. Expansão do Universo: Em grande escala, a expansão do espaço-tempo pode fazer com que os objetos muito distantes pareçam afastar-se mais rápido que a luz. Isso não contradiz a relatividade porque não envolve movimento convencional através do espaço, mas sim a própria expansão do espaço.
No vácuo não, em matéria sim….
Lá está….nem sempre a culpa é do ser humano…o balanço da vida a nível cósmico resulta numa serie de fatores favoráveis e é muito frágil a manutenção da vida orgânica.
Dai que a investigação espacial é super importante; nunca sabemos até que ponto um dia teremos de nos expandir para sobreviver.
Nunca sabemos não, é certinho que um dia teremos de nos expandir. Quando? Não sabemos. Mas é bom que nesse momento já tenhamos uma solução senão o destino vai ser so um
Interessante como artigo não referiu a influência dos raios cósmicos no clima da terra
A razão é simples.
Embora a hipótese de que os raios cósmicos influenciem o clima seja interessante, o seu impacto direto ainda não é totalmente compreendido e continua a ser estudado. Modelos climáticos indicam que outros fatores, como os gases de efeito estufa e atividades humanas, têm um papel mais significativo no aquecimento global atual.
O mesmo argumento de “o seu impacto direto ainda não é totalmente compreendido e continua a ser estudado” também pode ser aplicado a todos os outros fatores que supostamente tem um papel no aquecimento global.
Incrível, até vou mudar os meus planos….
Há possibilidade destes raios cósmicos serem provenientes de uma explosão de uma estrela por exemplo?
N é preciso ser “aqui ao lado” mas uma estrela de grande dimensão ter chegado ao fim de vida, e a força do processo ser tão grande que esses raios sejam capazes de chegar mais longe?
Cumprimentos a todos
não, são treinos dos super saiyan
Essa foi boa
Não terá a ver com a entrada do nosso sistema solar no Cinturão de Fótons ?
Para os que acham que tudo sabem… Se não sabem quem está bombardeando e muito menos de onde vem:
Que continuem não sabendo.
Eu sei quem está a fazer isto, é o Passos.