DECO avança com ação judicial contra a Apple
A DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor é a principal organização em Portugal dedicada à proteção dos direitos dos consumidores. Recentemente a DECO avançou com uma ação judicial contra a Apple. Saiba a razão.
Deu recentemente entrada a ação contra a Apple por parte da DECO, para compensar os utilizadores que foram prejudicados pelas práticas comerciais desleais nos serviços de streaming de música.
A DECO pretende que a empresa da maça reembolse os utilizadores pelos montantes pagos em excesso, após subscreverem os planos pagos dos serviços de streaming de música através das aplicações descarregadas da Apple Store. Os valores excessivos podem chegar aos 30% do preço da subscrição.
Apple favoreceu o serviço Apple Music e restringiu a concorrência
Os criadores das aplicações de streaming de música, para acederem aos utilizadores de iPhone e iPad – que usam o sistema operativo iOS –, têm de adaptar as respetivas apps a este sistema e distribuí-las através da Apple Store. A Apple aproveitou-se desta posição privilegiada para impor regras que favoreciam o serviço Apple Music e prejudicavam os rivais.
Entre as limitações impostas, destacam-se:
- impedir os serviços de streaming de música de informar os utilizadores sobre os preços mais baixos disponíveis fora da Apple Store;
- proibir a inclusão de links para sites externos, onde fosse possível subscrever os serviços de forma direta e mais barata;
- restringir o contacto via e-mail com novos utilizadores para promover ofertas ou planos alternativos.
Além das limitações referidas, a Apple cobrou comissões de até 30% sobre o preço das subscrições, aos concorrentes. Estas acabaram por ser repercutidas nos preços finais. Assim, muitos utilizadores pagaram, durante anos, valores mensais mais elevados pelas subscrições, sem saberem que poderiam aceder a esse mesmo serviço, por um valor mais reduzido. Para tal, bastava que a subscrição tivesse sido feita no site do serviço.
Ainda se pode juntar à ação e exigir o reembolso do valor que pagou a mais na Apple Store pela subscrição de serviços de streaming de música. Por exemplo, se subscreveu o plano premium do Spotify através da Apple Store, entre junho de 2014 e maio de 2016, e manteve a subscrição sem alterações, pagou até 30% a mais em relação ao que teria pago pelo mesmo plano noutros canais de venda - ver aqui.
Lol, nunca vão reembolsar o imposto Apple.
A Apple está a ser bombardeada por todo o lado. Até pela DECO aqui em Portugal. Quem diria…
Há uns tempos, familiares meus iam viajar de Lisboa com escala em Paris, por ficar mais barato. Por causa de uma greve dos controladores de voo franceses, a Air France cancelou o voo e conseguiu, para o meso dia, um voo direto da TAP, e que era mais caro. Ficaram todos contentes e não pensaram mais nisso.
Passados dias, recebem um mail de uma entidade a perguntar se queriam que os representasse numa reclamação contra a Air France (a legislação europeia prevê indemnizações nesses casos). Aceitaram, e receberam mais de 400€ cada um, provavelmente deduzidos os gastos da entidade.
Aqui, a DECO faz prova de vida, não é a primeira entidade a promover uma ação coletiva contra a Apple pelos mesmo motivos. E sempre pode ir buscar algum para gastos.
Que piada a maioria dos portugueses usa Spotify e tem iphone
A maioria dos miúdos usa Spotify, adultos usam tidal ou Apple Music, quem se quis arrastar anos a fio sem soluções HiFi que viva com isso
Eu usava Apple Music mas em determinada altura critiquei a app por não ter app para a plataforma android automotiv.
A crítica foi rejeitada.
Comecei a usar o Tidal e pago diretamente á Tidal.
Hifi…Apple Music…para ouvir através de que dispositivo? Auscultadores de telemóvel?
Podes ter Apple Music em N devices, desde carro, sonos, etc, mesmo em telemóvel, num iPhone com uns AirPods Pro, Max ou alternativas da Sony, Bose ou B&W notas muita diferença, já no tempo do AAC 320 kbps notavas, então agora nem se compara.
Em phones de 100€ lógico que não notas nada, mas isso também são phones para fazer chamadas não é para ouvir música
Já alguma vez ouviu falar em DAC’s, como os da AudioQuest ou Rotel? E em auscultadores e auriculares Hi-Fi da Focal, Bowers & Wilkins, entre outros?
E se quiser uns JBL, pode conseguir por 2€ subscrevendo por esse valor à dois meses de serviços da DECO. Pelo menos é o que está lá. Não encontrei nada que diga que será obrigado a continuar com fidelidade de 8 euros por mais tempo. Talvez esteja em alguma letrinha miúda que não vi.
santa paciência!
Parece que tratamos as pessoas como burras e que são incapazes de saber que há outras formas de subscrever os serviços, incapazes de ler noticias, pesquisar, etc, … Durante anos nem sequer era possível às pessoas subscreverem directamente no iPhone e no entanto usam os serviços na mesma!
O facto é que o modelo de negócio da loja de aplicações da Apple assentava em conseguir obter uma comissão nas transações, ao invés de obrigar os programadores a pagar antecipadamente ou um outro modelo qualquer de negócio! Não parece de todo normal uma loja andar a fazer publicidade a lojas concorrentes…
Mas há a questão do monopólio e do abuso de posição dominante. É para todos.
Também nunca subscrevo nada na playstore (android). Prefiro fazer tudo “por fora”, mas há muita gente que não sabe (em boa maneira devia saber, mas as empresas também “escondem” a informação que não querem que se saiba).
Qual é o abuso de posição dominante neste caso? Aquelas regras existiam desde o início! Conheces alguma loja física que permita a publicidade de lojas concorrentes dentro de portas?
Pois. Logo vão processar agentes de viagens porque as pessoas não sabem comprar passagens diretamente da cia aérea ou reservar hotel diretamente com o mesmo.
25€ por cada ano de serviço pago? Adoro estes class action inúteis
Coitada da DECO, acha mesmo que foi isso que aconteceu.
Enfim… 🙁
Quer parecer necessária para irmos lá subscrevermos ao serviço inútil dela. E ainda ganhar uma soundbar.