O Face ID é, provavelmente, a melhor tecnologia de segurança lançada até hoje no mundo mobile. A Apple, aquando do lançamento do iPhone X, quis dar um passo em frente e investiu milhões num sistema biométrico revolucionário com características militares. Contudo, outras marcas continuaram a apostar no reconhecimento de impressão digital, mas debaixo do ecrã. A Apple estaria a desenvolver também este método, mas poderá ter definitivamente desistido do Touch ID.
Alguns rumores e opiniões dos analistas que seguem o mercado Apple, assim como os avanços que o Face ID terá no iPhone 14, poderão ter feito a gigante de Cupertino não apostar na leitura do dedo no ecrã.
Do Touch ID ao Face ID…
Conforme reza a história, a Apple, até ao iPhone 5s, tinha como único sistema de segurança um código de 4 dígitos que barrava o acesso a pessoas não autorizadas. Com a chegada do iPhone 5s, o Touch ID foi revolucionário na forma simplista e segura com que permitia o acesso ao iPhone e acabou por contagiar o mercado. Era um botão que tinha um leitor biométrico.
Contudo, só anos mais tarde a empresa evolui este sistema, e novamente de forma revolucionária. Apareceu no iPhone X o Face ID.
Para conseguir trazer um sistema seguro, usado até nos pagamentos do Apple Pay, e acesso às apps bancárias, a Apple adquiriu duas empresas israelitas especialistas em cibersegurança, machine learning (aprendizagem automática) e reconhecimento facial: a PrimeSense em 2013 e a RealFace, no início de 2017.
Desde então, o sistema de reconhecimento e leitura facial foi evoluindo e hoje permite identificar até o rosto do utilizador, mesmo este estando a usar uma máscara.
E o Touch ID debaixo do ecrã?
A leitura da impressão digital com o leitor debaixo do ecrã é um sistema usado por vários fabricantes de smartphones Android. Empresas como a Samsung usam este sistema biométrico no ecrã já com total segurança. A Apple também fez desenvolvimentos nesta área e chegou a submeter em 2018 uma patente dedicada a esta evolução do Touch ID, patente esta que lhe foi garantida em 2021.
No entanto, nunca esteve claro se seria uma hipótese, por mais rumores que dessem como certa a inclusão deste método no iPhone 13. Aliás, a própria Apple lançou uma versão modernizada do Touch ID no iPad Air em setembro de 2020.
Tudo isto parece agora não fazer sentido. Surgiram agora rumores a afirmar que a Apple parou de trabalhar no desenvolvimento de um smartphone com um sensor Touch ID sob o ecrã – portanto, não apenas o iPhone 14 não terá o recurso, nem qualquer iPhone depois disso (muito provavelmente).
Em vez disso, diz o site iDropNews, a Apple está a apostar no Face ID como um método de desbloqueio e verificação sem precisar usar uma palavra-passe. Diz que, em janeiro, a Apple tomou a decisão de transferir todos os seus recursos do Touch ID para a equipa que trabalhava no Face ID.
Então… como será o futuro próximo do Face ID?
Conforme já referimos, a próxima versão do sistema operativo iOS deverá permitir que o utilizador recorra ao Face ID enquanto estiver a utilizar uma máscara, pelo menos é o que mostram as 4 últimas versões beta.
Isto tornará o Touch ID praticamente supérfluo aos requisitos. Este recurso deve chegar no próximo mês, possivelmente num evento que, segundo rumores, também apresentará o iPhone SE 3 e o próximo iPad Air.
No entanto, o próprio Face ID e o seu conjunto de câmaras e sensores também estarão a evoluir. Diz-se que o próximo passo para esta tecnologia será um sensor Face ID sob o ecrã, que – afirma o site – será lançado na linha iPhone 15 em 2023. Mas aceita-se que tudo isto possa apenas aparentar o que a Apple estará a estudar. A ideia será remover o notch na sua totalidade.