Análise UFC 3 (Xbox One)
As lutas de Mixed Martial Arts – MMA continuam populares como sempre e, portanto, não é surpresa para ninguém o lançamento de UFC 3, o título da EA Sports que utiliza o licenciamento da competição mais famosa deste tipo de lutas, a Ultimate Fighting Championship. Por isso mesmo vai ser possível contar com um plantel impressionante de atletas desta competição, entre estes lutadores atuais como o indiscutível “The Notorious” Conor McGregor, Khabib e Georges St. Pierre e dentro dos ex-lutadores podemos contar com nomes famosos como “Minotauro” Nogueira ou Chuck “The Iceman” Liddell.
Fiquem a saber a nossa opinião e com o que podem contar em UFC 3.
O modo carreira é, de certa forma, bastante simples e linear. Contudo, não deixa de ser extremamente divertido e cativante desenvolvermos o nosso próprio lutador e progredir por entre os rankings até obtermos a nossa oportunidade por uma luta de título e alcançarmos o rótulo de G.O.A.T. – Greatest Of All Time.
O primeiro passo deste modo é criarmos o nosso próprio lutador, escolher a divisão de peso e por fim associarmos um estilo preferencial de luta, como perito em takedowns, especialista em submissões, forte nos ataques rápidos ou algo mais balanceado, há para todos os gostos. A partir deste ponto é treinar, lutar e angariar fãs.
De forma realista não se começa logo no UFC, mas sim na World Fighting Alliance, uma organização menos conhecida, pensem nela como se fosse uma divisão inferior à UFC onde os amadores se iniciam na modalidade. O desenvolvimento do nosso lutador é feito entre os combates, onde escolhemos um ginásio para treinar. Nestes vamos poder aprender novas técnicas e golpes com outros lutadores e fazer a preparação para o próximo combate.
Claro que a preparação física para os combates não é tudo, sendo também essencial promover o evento em si, numa mecânica básica onde se escolhe entre interagir com os fãs, dar entrevistas na rádio, assinar autógrafos e até a antecipar o desfecho do combate. Tudo isto serve para gerar hype para os confrontos, de forma a se conseguir mais dinheiro que é usado posteriormente para conseguirmos entrar em ginásios mais caros e se aprender técnicas de nível mais avançado.
No treino vamos poder subir vários atributos, distribuídos entre quatro características principais, são elas: strike, graple, stamina e health. Nestas características estão os pontos que fazem subir o overall do nosso lutador, como a força do ataque, a resistência, a velocidade a capacidade defensiva, o jogo de chão, os takedowns, etc.
Neste modo só é pena de não ser possível recriar os habituais bate-bocas entre os lutadores, nas pesagens e nas conferências que antecedem os combates.
O modo Ultimate Team faz parte de praticamente todos os jogos de desporto da EA Sports, e UFC não é diferente. Para os que não conhecem, neste modo é aonde entram as micro transações, onde é possível ignorar completamente qualquer tipo de gasto monetário. Neste modo formamos a nossa equipa de lutadores de vários escalões de peso, sendo possível depois atribuir boosts e novos ataques a estes, que são ganhos abrindo os famosos pacotes de cartas ou cumprindo alguns objetivos básicos diários. Claro que até se obter um lutador do nível do Conor será necessário abrir muitos pacotes.
Entre outros modos disponíveis, tenho de destacar o regressado modo Knockout, onde basicamente existe um número limitado de ataques que temos de atingir no adversário para ganhar. Também de regresso está o modo Submission Showdown, onde basicamente se luta apenas no chão, tentando forçar o oponente a submeter-se.
A jogabilidade foi aprimorada, essencialmente na forma como os ataques e combos são efetuados. Nos antecessores alguns ataques exigiam a utilização do analógico direito, algo que foi redesenhado para se passar a utilizar o botão RB. Passando o analógico direito a ser utilizado para esgueirar a cabeça dos ataques adversários. As mecânicas no chão continuam essencialmente iguais, ou seja, extremamente complexas e até difíceis de explicar.
Os movimentos no chão são, essencialmente, um jogo do gato e do rato. Sendo que na ofensiva temos de adivinhar e bloquear a movimentação do adversário para tentar a submissão e na defensiva fazer precisamente o contrário, ou seja, usar o analógico para escolher uma das movimentações possíveis para se esquivar, esperando que o adversário não consiga adivinhar as nossas intenções, algo raro na inteligência artificial do jogo, o que por vezes se torna extremamente frustrante, uma vez que quando entramos no jogo de submissão é praticamente game over.
Visualmente é bastante bom e com bastante atenção aos detalhes, principalmente nos modelos dos lutadores, com todos os detalhes destes a serem fielmente recreados, desde as icónicas tatuagens às características físicas singulares de muitos deles. A atenção ao detalhe estende-se até ao famoso anunciador dos combates, Bruce Buffer e aos próprios árbitros, nada escapou aos desenvolvedores do jogo.
Tecnicamente também não apresenta grandes falhas, e corre praticamente a uns estáveis 60 frames por segundo na Xbox One X, pena que no campo da resolução não chegue aos 4K nativos como outros jogos da EA Sports como o FIFA ou o NBA Live.
Veredicto
UFC 3 é um bom jogo de luta, com um plantel de lutadores extenso e com uma jogabilidade bastante refinada, sendo altamente recomendado e essencial para qualquer fã de MMA, desde que achem que as pequenas mudanças justifiquem o investimento num jogo que é na sua essência bastante semelhante ao anterior.
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