Análise Pokémon Moon (Nintendo 3DS)
Após o estrondoso sucesso de Pokémon Go, jogo que marcou a entrada da marca nipónica nos Smartphones, eis que a Nintendo volta às origens e lança um novo titulo para a 3DS.
Pokémon Sun e Moon são dois jogos distintos passados na mesma localização, no Arquipélago de Alola mas em tempos diferentes.
O Pplware já experimentou Pokémon Moon e eis as nossas impressões da nossa visita a Alola.
No arranque de Pokémon Moon, vemos uma pequena animação que nos apresenta Lillie e o seu pequeno Pokémon Nebby a serem perseguidos por personagens vestidos de branco, numa espécie de jardim interior. Lillie consegue escapar e só a voltamos a ver quando o nosso personagem surge em cena, em Alola. Lillie e Nebby irão acompanhar-nos ao longo da história e terão um papel importante no desenrolar da história.
Tal como referi, os dois jogos agora lançados (Pokémon Sun e Moon) passam-se na mesma localização, o Arquipélago de Alola, que é constituído por 4 ilhas distintas, a Ilha de Melemele, a ilha de Akala, a ilha de Ula'ula e a Ilha de Poni. Apesar de se passarem nas mesmas zonas, Moon e Sun decorrem em alturas temporais diferentes. Tirando alguns momentos chave para o jogo, Moon decorrer 12 horas adiantado em relação à data da Nintendo. Esta particularidade permite a existência de alguns Pokémons que só são vistos (e capturados) de dia ou de noite.
Uma coisa que salta imediatamente à vista a partir do momento em que começamos a jogar é o novo grafismo que Moon apresenta. Torna-se notório que houve uma preocupação da Game Freak em apresentar o jogo de uma forma mais sóbria e apelativa, e em boa hora o fez.
Contudo também desde cedo se nota num outro pormenor que considero estranho, uma vez que o jogo foi lançado para a 3DS: inexistência do 3D.
Bem, mas voltando a Alola, que sendo um arquipélago encontra-se rodeada por água e esse facto permitiu aos criadores do jogo uma nova forma de interacção ... tanto na movimentação, como na captura de Pokémons. Desta forma, passamos a poder deslocar-nos (em determinadas zonas) por água (isto a partir do momento que passamos a ter Lapras como companheiro) e inclusive apanhar aí Pokémons do elemento água. Aliás, existem localizações importantes para o jogo ou para as missões secundárias que só se conseguem aceder por água.
Esses Pokémons que nos ajudam a deslocar pelos mapas de Alola são uma das novidades de Moon e Sun e a sua importância vai bem mais além da deslocação. Por exemplo o Taurus permite destruir obstáculos que surjam pelo caminho, o Lapras permite atravessar extensões de água e pescar no meio delas, o Stoutland permite descobrir pedras e itens enterrados no solo, o Charizard permite navegar entre as várias zonas por ar (espécie de tele-transporte), ...
Apesar da água ser o elemento em foco de Moon, a Game Freak foi um pouco mais além e acrescentou outras zonas de captura de Pokémons. Além das tradicionais zonas de erva, podemos encontrá-los em areais, grutas ... ou em determinadas zonas, no ar, sendo possivel ver as suas sombras a pairar à espera de serem capturados.
Tal como Pokémon Go, existem ovos em Sun e Moon, que eclodem após algum tempo a navegar pelo mapa.
Algo também novo em Moon, corresponde aos Trials Challenges que vamos completando para desbloquear acesso a novas zonas/ilhas do jogo. Bem, não se trata bem de uma inovação mas sim da substituição dos Gymns por estes Challenges. A ideia é simples: cada ilha tem um Kahuna (chefe máximo) que teremos de derrotar para desbloquear o acesso à próxima ilha.
Estes combates com os Kahunas são mais exigentes que a maior parte dos restantes combates muito em parte pela existência dos Totem Pokémons. Os Totem Pokémons sã Pokémons super-aditivados (um Ratatta gigantesco, por exemplo) e são ossos duros de roer. No entanto, e apesar de darem um pouco mais de luta, raramente poderão ser considerados adversários super fortes. E isto realça uma das fraquezas do jogo, que é a de ajudar em demasia o jogador.
Explicando melhor e com outro exemplo ... todos os que já jogaram Pokémon no passado, saberão bem o que é sentir o desespero por um Pokémon Center em determinadas alturas do jogo, certo? Pelo menos até agora. Em Sun e Moon, com a existência do Charizad (ver mais acima), passa a haver a possibilidade de voarmos de onde estamos a qualquer momento para um Center e assim reabilitar os nossos Pokémons. É útil, não discordo, mas facilita em demasia a aventura.
Por outro lado, uma inovação bastante útil (e facilitadora também) de Sun e Moon foi a inclusão de previsões sobre o poder dos nossos ataques face a um Pokémon adversário. Correndo uma script preditiva do Tipo de Pokémon adversário versus o ataque em questão, o jogo mostra-nos se esse ataque vai ser Forte, Muito Forte, Fraco, ou Muito Fraco, permitindo-nos uma escolha mais acertada (quer seja para ganhar a batalha, quer seja para capturar o Pokémon)
E por falar em combates, é imperativo referir as suas animações que estão soberbas e com uma quantidade e qualidade de detalhe que demonstra bem o trabalho e atenção que a Game Freak investiu neste aspecto, com efeitos espectaculares (principalmente nos Z-Attacks)
Em Sun e Moon, uma das boas novas é a inclusão de um gadget que recebemos no inicio do jogo, e que permite aos Pokémons que não entram nas batalhas ganharem pontos de experiência, com as vitórias dos outros. É teoricamente possivel evoluir um Pokémon sem ele nunca entrar em batalha o que não deixa de ser uma ideia um pouco estranha ...
Com tanta exuberância em combate, bem como com a presença de vários Pokémons em simultâneo existem algumas quebras de framerate pontuais.
Foi implementado em Sun e Moon uma nova mecânica durante os combates com Pokémons selvagens que, pessoalmente, acho muito bem-vinda: os pedidos de ajuda. Em certas ocasiões, os Pokémons selvagens que enfrentamos pedem ajuda e surgem outros Pokémons que se lhes juntam, passando nós a lutar contra 2 Pokémons em vez de 1. É uma mecânica nova que obriga a uma melhor gestão do esforço em combate e é muito bem-vinda. Isto acontece, tanto com os Pokémons normais como com os próprios Totem Pokémons.
Apenas uma nota que é o facto de apenas podermos tentar capturar um Pokémon se ele estiver sozinho em combate, pelo que nestas circunstâncias, só podemos tentar capturar um Pokémon quando o outro já foi eliminado.
Mais acima mencionei que temos de derrotar os Kahunas para ir avançando na história, no entanto não referi um dos pormenores mais importantes desses combates. Quando derrotamos um Kahuna é-nos entregue um Z-Crystal (de determinado elemento) que é uma pedra preciosa com um poder brutal e que torna os combates a partir de então muito mais entusiasmantes. Esses Z-Crystals podem ser equipados nos Pokémons da nossa party do elemento respectivo, permitindo assim aos portadores o uso de Z-Attacks, movimentos super poderosos (apenas 1 por combate). Quanto maior a harmonia entre o Trainer e o Pokémon maior o poder deste ataque.
E por falar em harmonia, existe um novo conceito introduzido sob o nome de Pokémon Refresh. Trata-se acima de tudo de uma forma de possibilitar ao jogador ganhar maior afinidade com os seus Pokémons. Muitas vezes, quando termina um combate, os Pokémons encontram-se ainda afectados pela luta (electricidade, sujos de lama, encharcados, ...) e através do Pokémon Refresh o jogador cuida deles e limpa-os, elevando assim a sua ligação. Até Poké Beans podemos dar-lhes para lhes adocicar o coração.
Muitas vezes lutamos contra Pokémons que também usam os seus Z-Crystals.
Como todos vós devem saber, as canas de pesca sempre estiveram presentes nos jogos Pokémons, certo? No entanto, nunca o fizeram de uma forma tão efectiva como agora. É certo que apenas as podemos usar em certas zonas (rochas subaquáticas ou outros locais específicos) aumentando assim a diversidade das localizações onde podemos encontrar Pokémons (e itens).
E por falar em aumentar, não poderia deixar de referir que o número de Pokémons adicionado à série em Moon e Sun ascende a 80 novos Pokémons, ultrapassando assim os 800 no total. Impressionante. Isso corresponde a muitos Pokémons para capturar, sem dúvida. É claro que não vêm todos com o jogo mas através da funcionalidade QR Scanner podemos trazer mais amigos a jogo.
E por falar em novas funcionalidades, a Game Freak não dormiu em serviço e apetrechou Pokémon Sun e Pokémon Moon com algumas novas funcionalidades de algum interesse mas que acima de tudo, alargam o espectro de oferta que o jogo tem para o jogador. Por exemplo, o Festival Plaza corresponde a um hub de socialização com jogadores de todo o Mundo onde se podem fazer amigos, trocas, ou apenas combates. Por outro lado foi incluído o Poké Pelago, que corresponde a um arquipélago artificial onde podemos colocar os Pokémons que estão de reserva e inclusive, permite-nos através de jogos e actividades, manter esses Pokémons em forma e contentes (bem como acumular alguns itens).
Foi ainda introduzido um novo conceito de combate, o Battle Royale. Este modo permite que 4 jogadores em simultâneo se degladiem uns contra os outros, supostamente sem alianças nem acordos. Cada um dos quatro jogadores escolhe três Pokémons e envia um de cada vez para a batalha. O combate termina no final de uma volta, quando todos os Pokémons de um jogador desmaiarem.
Quando capturamos um Pokémon podemos associá-lo de imediato à nossa party activa.
Se há algo que desde sempre se tem mantido como um pouco chatos nos jogos Pokémon, é a existência de alguns diálogos demasiado extensos. Em Pokémon Moon esses diálogos continuam a surgir, o que se compreende por um lado, pois correspondo ao esforço da Game Freak de dar contexto ao mundo de Alola, mas por outro lado, acaba por criar momentos entediantes.
Não poderia deixar de referir o Rotom Pokédex. Novamente na senda da necessidade que o jogo tem de ajudar o jogador, foi criado o Rotom Pokédex, que se trata de um Pokémon que tem o poder de residir em diferentes aparelhos electrónicos e que nos mostra, a qualquer momento, a nossa localização actual qual o nosso destino para a missão em curso e até nos dá conselhos sobre o que deveremos fazer de seguida.
Por fim a eterna questão que não me canso de referir ... se o jogo é tanto para adultos como (e principalmente) para miúdos, para quando a localização para o português??
Veredicto
Sejam bem-vindos a Alola, um arquipélago onde tudo pode acontecer ... inclusive perderem completamente a noção do tempo e espaço enquanto apanham apenas mais um Pokémon.
Pokémon está de volta e mais viciante que nunca. Apesar de se encontrar algo facilitador (talvez a piscar o olho aos novos jogadores provenientes de Pokémon GO), Moon é sem sombra de dúvida o jogo que todos os amantes (e simpatizantes) de Pokémons estavam à espera.
Desde jogadores mais batidos até aos que apenas se iniciaram com Pokémon GO todos vão adorar Pokémon Moon, pois é o melhor Pokémon de sempre!
Este artigo tem mais de um ano
“Tal como Pokémon Go, existem ovos em Sun e Moon, que eclodem após algum tempo a navegar pelo mapa.”
Essa quote não faz muito sentido pois já desde Gold and silver que existem ovos e tens que navegar pelo mapa. Pokémon Go não influenciou em nada o sun em moon sendo que quando saiu o pokemon go o sun and moon já tinha sido revelado a meio ano. Essa quote deveria ser aplicada se essa funcionalidade fosse novidade do pokemon Go e não de jogos muito anteriores a este (Desde o segundo jogo). Não entendo porque os sites de noticias fazem este clickbait a falar em pokemon go quando nem de perto é o melhor jogo da franquia. Foi o pokemon red and blue e a anime que fizeram pokemon famoso e após isso sempre foi excelente em vendas.
Mencionei apenas o Pokémon GO pois acredito que este Pokémon Moon seja um leve “piscar de olhos” a quem jogou Pokémon GO.
Mas já agora, já tiveste oportunidade de jogar Moon ou Sun? Quais as tuas impressões? E concordas que o jogo pode ser um “piscar de olhos” aos jogadores de Smartphones que instalaram Pokémon GO?
Para quem não tem Nintendo 3DS e está um bocado cansado das “não-novidades” de Pokémon Go, o Hey Monster (Monster Park), tem sido uma excelente alternativa… devia ter mais visibilidade 😉
Eu sou fã desde o ruby e safira e joguei o jogo na estreia.
Achei o post-game um pouco fraco em comparação aos jogos anteriores e não gostei de as vezes as batalhas terem lag. Também não gostei na facilidade do jogo como por exemplo nos puzzle que eram facilmente realizados sem nenhuma dificuldade. Quando dizes ” Alguns diálogos extensos” eu achei ridículo que apos derrotares o elite four ficavas 1h sem poder gravar a ver uma cut-scene e apanhar o tapu koko.
Gostei da melhoria dos gráficos em comparação com o jogo anterior que tinha um estilo mais chibi. Ao facto de não ter 3D eu não me importei porque eu também já não o usava (só usei quando era novidade para mim).
A minha opinião é de uma pessoa que já jogou todos os jogos pokémon e comparou os jogos anteriores com este. Acho que o jogo foi muito bom tirando algumas coisas que os fas pedem desde o ultimo jogo e não receberam como a battle frontier.
Quando me referi no primeiro comentário sobre o pokemon go estava a falar mais de uma maneira geral pois a midia vê o pokemon go como o jogo mais importante e melhor da franquia e para alguns o Go foi o primeiro jogo pokemon O_O.
Sabes que não necessitas de apanhar o Tapu Koku? Ele aparece ao cumprir certas condições no jogo. Sempre deram os creditos após ganhar a pokeliga.
Mesmo se o matares e apanhares depois isso demora tempo.
“Sempre deram os creditos após ganhar a pokeliga.” Mas nunca houve cut scenes de uma hora apos derrotar o elite four e depois mais os creditos.
Tem 3D no Pokevision, no resto foi retirado por problemas de optimização. Nas batalhas com mais de 2 elemento já se nota um framedrop devido ao detalhe dos Pokemons.
Eu não sei como jogavas antes, mas eu usava sempre um Pokemon con fly para mover-me pelo jogo e ir aos Pokecenters, ou usava escape ropes no inicio do jogo. Este novo metodo apenas veio modificar algo que já existia e evitou a necessidade de usar HM-slaves para passar o jogo, que era algo super chato de se fazer na minha opinião. Com isto os HM passaram a simples TM’s. Isto foi uma tecnica usada pela gamefreak, na minha opinião, para reduzir a quantidade de animações necessarias de fazer para os 700 e pico pokemons existentes.
O XP sharing já existe desde a 6 geração, que os mais experientes gostam de desactivar, para um estilo de jogo mais classico, eu normalmente deixo ligado.
Sobre os dialogos… achos super ajustados. São bastante curtos quando comparas com toda a panoplia de jogos do genero. O jogo sempre foi criticado pela historia, neste eles conseguiram por uma historia minimamente interessante sem serem demasiado chatos. É um dos unicos pontos que discordo totalemente de ti.
Eu achei as batalhas mais dificeis, a AI procurava ataques super eficazes e menos buffs, as batalhas contra os mestres achei que eram mais dificeis. A Pokeliga tinha treinadores equilibrados e implacaveis. Principalmente se jogasses como eu sem muito grinding, cheguei à pokeliga com uma media de 6 niveis a baixo do nivel dos adversarios e tive que munir-me de poções para poder ganhar. Nos jogos anteriores sem grinding com uma equipa equilibrada era facil de ganhar a pokeliga. As tree Battles tambem são bastante equilibradas.
De resto uma boa analise. Um abraço.
Assino por baixo. Também fiz a liga com uma média de 5 níveis atrás, mas não tive tantas dificuldades assim. Agora a battle tree… Uff
Os elementos dos treinadores da liga na realidade deram cabo de mim, não estava muito bem preparado para aquela sequência xD
alguém sabe se corre na 2ds?
Corre