Jornais britânicos dizem à Apple que o seu “apagador da web” vai pôr o jornalismo em risco
Recentemente, descobriu-se que o Safari irá adicionar a possibilidade de desativar seletivamente os anúncios online. Isto dará ao utilizador o potencial de, simplesmente, desligar a publicidade, atualmente o motor de uma internet global e democratizada. Como resultado, alguns grupos de jornais do Reino Unido apresentaram o seu descontentamento à Apple.
Safari com poder de "acabar" com a PUB online
A funcionalidade do Safari descoberta em abril de 2024 permitirá aos utilizadores optar por remover automaticamente determinadas partes das páginas Web, muito provavelmente anúncios publicitários. Espera-se que o recurso seja lançado como parte do iOS 18 e fará parte dos anúncios de IA da Apple na WWDC.
De acordo com o Financial Times, a notícia desta funcionalidade levou a News Media Association do Reino Unido a queixar-se. A mesma fonte diz que uma carta foi enviada ao chefe de assuntos governamentais da Apple no Reino Unido, sobre a ameaça deste recurso para o futuro do jornalismo.
A carta da News Media Association afirma que “o bloqueio de anúncios é um instrumento contundente, que frustra a capacidade dos criadores de conteúdos de financiarem o seu trabalho de forma sustentável”. A associação afirma que o jornalismo pode tornar-se insustentável e que também levanta questões de responsabilidade editorial.
A organização quer reunir-se com a Apple para discutir a funcionalidade. A Apple ainda não respondeu publicamente.
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Imagem ilustra a funcionalidade que o Safari poderá utilizar, permitindo apagar partes de uma página web bloqueando HTML específico, tal como uma funcionalidade existente no 1Blocker
No entanto, antes de qualquer sinal desta funcionalidade de apagamento da Web, há sinais de falha na responsabilidade editorial. A News Media Association não indica quais as publicações que são membros, embora o Financial Times afirme que a associação inclui títulos de tabloides como o The Sun e o Daily Mail.
Se o próprio Financial Times é um membro, faz sentido que possa listar esses exemplos, mas não diz se faz parte da News Media Association. A publicação também não indica o cargo correto da pessoa que escreveu à Apple UK. Segundo informações, uma rápida pesquisa no LinkedIn mostrou ser Emma Haselhurst, chefe de Assuntos Governamentais da Apple no Reino Unido.
Faz a Apple muito bem. As pessoas andam saturadas de ver publicidade em tudo o que é sítio.
Eu sei bem o que é aceder a websites (nem é preciso dizer nomes) com o adblocker desligado … apanha-se cada susto.
Mas percebo perfeitamente que os websites, designadamente jornais, precisem do dinheiro da publicidade. A solução de muitos é só permitir o acesso obrigando a desligar o adblocker, até têm instruções como se faz. Creio que faço o habitual – ou saio do site, ou uso a funcionalidade do adblocker de “suspender temporariamente (em todos os sites)” ou “suspender sempre neste site”.
Para haver agora esta preocupação, será por o Safari conseguir bloquear os anúncios sem os websites poderem reagir da mesma maneira que o fazem com os adblockers. Ou então há muita gente que não usa adblocker e passa a usar o que virá no Safari.
Lá se vai o contrato multimilionário com a Google.
Isso tem mais a ver com o Safari usar o Google Search, por exemplo, faz-se uma pesquisa por restaurantes e nos resultados da pesquisa aparecem restaurantes que pagam à Google para aparecer.
Sim tal como a pirataria de musicas ia acabar com os cantores, o pirataria de filmes ia acabar com a industria do cinema entretanto apareceu o spotify e netflix e já ninguém se importa de pagar para ver a resposta está na modernização na entrega de conteúdos, um dia as operadoras ainda vão perceber isso a melhor forma de combaterem as iptv’s é modernizarem a entrega de conteúdo
Os problemas da publicidade são por serem excessivas, intrusivas, (por vezes) enganadoras e exageradas, tornando toda a experiência uma chatice. É so fechar e fechar janelas de publicidade. Se não abusassem na publicidade, o pessoal ainda tolerava, mas agora assim como está? nada feito! As paginas demoram mais a carregar, a publicidade é sempre a repetir pois mal fechamos a janela, aparece outra. enfim….
Plenamente de acordo. Publicidade, sim,como forma de gerar dinheiro com as noticias, publicidade intrusiva, que bloqueia toda a experiência, não.
O jornalismo não tem nada que refilar pois as pessoas compram jornais se forem de qualidade, o problema e que hoje em dia não há qualidade e as pessoas nem ligam
Por último, quem não quiser de todo ver publicidade que use o Brave browser para iOS. Ao menos não vê publicidade de modo algum. Basta ir às suas definições e saber o que fazer. Com este é certinho que nada passa.
Está cada vez pior abres um site de notícias levas com publicidade pior que um site porno , já não basta levar no YouTube videos com publicidade maior que o vídeo que queremos ver e por isso que muita gente está mais ligada ao tiktok,
E quando queres ver tv levas 20 mins de publicidade por cada 5 de conteudo. O isto e gozar com quem trabalha do ricardo araujo faz 2 intervalos que sao maiores que o programa dele.
Tu não vês que é para render o peixe.
O fulano ficou sem ideias para novos conteúdos…
e quem lhe paga o salario de 500 mil euros por mes? Pois o Ricardo araujo diz ser comunista mas depois tem um estilo de vida capitalista…e daquelas coisas da vida
Mas ele alguma vez teve ideias?!?!?
Os jornais britanicos também se manifestaram contra o pihole? E que faz o mesmo ha anos mas a Apple da mais nas vistas e eles querem um cheque como sempre
só me pergunto como é que estes gajos faziam dinheiro antes da internet…
é um mistério…
passem a fazer jornalismo pago pelos utilizadores e não pelas grandes corporações. há disso vários exemplos pelo mundo fora e até em portugal. talvez passem a ser um pouco mais isentos e não uns vendidos como acontece hoje
ora nem mais! O jornalismo em portugal e governo faz discurso de 10 minutos, comentadores falam durante o resto do dia. A mim so me interessa o que diz o governo, as opinioes dos profissionais pagos para comentar n me dizem nada, ate porque sao parciais e a maioria deles nem sabe o que inventar. E depois os salarios deles sao pagos com as horas de publicidade que se leva mesmo quando ninguem quer
Há uma solução: mudar de canal assim que os comentadores entram ao serviço.
Tal como na imprensa escrita: leio o que escolho da notícia e deixo o podcast para trás.
Há ruído que baste na comunicação.
O Jornalismo pouco ou nada existe. O que existe é jornalixo. E isso ninguém quer saber se vai à falência.
Jornalismo independente e de investigação isentos é o necessário e não patrocionados por “influencers” de toda a espécie !
Jornalismo? Alguem ainda compra jornais? Basta ver o telejornal durante 30 minutos e eles repetem a mesma noticia umas 3vezes e metade da noticia em si e comentar sobre algo que dura segundos. No fundo 5 minutos chegam e sobram mas eles chamam a toda a gente palerma