Morreu doente transplantado com rim de porco modificado
Richard Slayman, 62 anos, fez o transplante em março de rim em março, no Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos. Na altura os cirurgiões referiram que o rim de porco lhe permitiria mais 2 anos de vida, mas tal não aconteceu.
Paciente que fez transplante com rim de porco sofria de Doença Renal Crónica Terminal
O facto de se transplantado um rim de um animal para um ser humana constituiu uma cirurgia pioneira e considerada até há pouco tempo inimaginável. Mas a verdade é que aconteceu e com sucesso em março deste ano. O paciente, de 62 anos, sofria de Doença Renal Crónica Terminal.
Em comunicado, a equipa de transplantes do Hospital Geral de Massachusetts reveliou estar profundamente triste com a morte de Slayman e apresentou condolências à sua família, dizendo não ter nenhuma indicação de que Slayman tivesse morrido em resultado do transplante.
Mass General is deeply saddened at the sudden passing of Mr. Rick Slayman. We have no indication that it was the result of his recent transplant. Mr. Slayman will forever be seen as a beacon of hope to countless transplant patients worldwide and we are deeply grateful for his… pic.twitter.com/I1dFqHZEmr
— MassGeneral News (@MassGeneralNews) May 11, 2024
O rim de porco foi geneticamente modificado com recurso a uma tecnologia que elimina genes suínos prejudiciais e adiciona certos genes humanos. Foram também inativados retrovírus endógenos para afastar qualquer risco de infeção.
Em julho de 2023 foi feito um transplante de um rim de porco num homem em morte cerebral. O rim de um porco funcionou normalmente durante dois meses. A família referiu que Slayman foi submetido à cirurgia em parte para dar esperança aos milhares de pessoas que precisam de um transplante para sobreviver.
Estima-se que, nos Estados Unidos, 17 pessoas morrem por dia à espera de um órgão, sendo o rim um dos mais requisitados.
Pena. Esperemos as conclusões.
+1
“Em julho de 2023 foi feito um transplante de um rim de porco num homem em morte cerebral.” Gostava de ver o que disse a comissão de ética deste hospital e das restantes instituições envolvidas. É tão parvo que custa a acreditar que seja verdade sequer esta parte. Até onde eu sei isto é o ápice de distanásia. O ego dos envolvidos teve de ser muito grande ignorar tanto as questões éticas. Se fosse uma pessoa que pudesse usufruir do procedimento (com o mínimo de qualidade de vida possível), seria outra história. Nem que a hipótese fosse apenas de 1% de sucesso. Seria ousado do ponto de vista científico, mas não condenável. Do ponto de vista ético trata-se apenas de uma cirurgia supérflua e pior, que aumenta o sofrimento da família, prolonga artificialmente a vida da pessoa. A pessoa estava em morte cerebral, não estava morta propriamente dita para o seu corpo (mesmo com autorização) ser usado para investigação.
Rins de Porco?
Espero bem que nunca funcionem em humanos senão vou ter que ir para o exílio…