Análise The Division (Playstation 4)
The Division é o novo jogo de acção, na terceira pessoa, do universo criado por Tom Clancy.
Desenvolvido pela Massive Entertainment, estúdio da Ubisoft, ganhou imensa notoriedade quando foi apresentado pela primeira vez, em 2013, na maior feira de videojogos do mundo, a E3. Os visuais impressionantes, a atenção ao detalhe, as animações soberbas e a jogabilidade ambiciosa, prometiam elevar a fasquia de The Division, no que a jogos online de mundo aberto dizia respeito.
O que se sucedeu posteriormente, foi uma réplica exacta do que se passou com Watch Dogs, também da Ubisoft, ou seja, um downgrade visual notório, que originou, naturalmente, desagrado por parte dos jogadores e da imprensa especializada, que se fez ouvir pela internet fora, com imagens e vídeos comparativos, que esmiuçavam clinicamente o que ia sendo divulgado com o que foi revelado na E3 de 2013.
Mas se é verdade que os jogadores deitaram abaixo, não é menos verdade que foram os jogadores que mantiveram o interesse aceso, com o relato das suas experiências pelas ruas de Nova York e confrontos épicos na Dark Zone, nas versões Alpha e Beta de The Division.
Para dissiparem quaisquer dúvidas que possam ter em relação ao mais recente jogo da Ubisoft, aqui fica a nossa análise.
A ação desenrolasse em Nova York, onde um vírus, criado artificialmente, dizimou grande parte da população. As forças policiais e militares não conseguem fazer frente aos grupos de criminosos que matam e pilham a pouca população que resta. É aqui que entra a unidade especial conhecida como The Division, cujo principal objetivo é manter a ordem em situações catastróficas.
O jogador vai assumir, obviamente, o papel de um agente da The Division, e em conjunto com outros agentes vão ter de descobrir a origem do vírus que devastou a humanidade, enfrentando várias situações adversas, a caminho desse objetivo.
A história de The Division não é, claramente, o seu ponto mais forte e passa rapidamente para um plano secundário ao fim de algumas missões, não por falta de elementos que permitam saber mais sobre os acontecimentos, pois esses existem, seja em forma de cinemáticas, conversas com NPC’s ou logs auditivos. Peca apenas por não conseguir captar a atenção e o interesse do jogador, quer seja por ser um tema já algo desgastado nos videojogos, quer seja por não existir um background do personagem que criámos.
The Division mistura os elementos clássicos de um shooter na terceira pessoa com os de um Role Playing Game (RPG). De um lado, temos a tradicional mecânica de cobertura, as diferentes armas de fogo, como pistolas, caçadeiras, metralhadoras e snipers. Por outro lado, temos os níveis de experiência, as habilidades especiais, o equipamento, loot, missões principais e missões secundárias.
As missões podem ser completadas a solo ou em cooperação, num máximo de quatro elementos. A primeira coisa que vão reparar ao progredirem é na quantidade de missões semelhantes, para não dizer iguais, que vão encontrar. Basicamente, a linha de progressão numa missão consiste em enfrentar waves de inimigos, até chegarem à última área onde acabam a enfrentar um boss para receber a recompensa final.
Mesmo as missões secundárias variam pouco este padrão, por exemplo podem ter que defender um local da investida de inimigos, ou ativar uma série de satélites, num determinado tempo, com inimigos a tentar impedir o vosso progresso.
Surpreendentemente, não fiquei entediado, pois joguei sempre com outras pessoas, que é sem qualquer dúvida a melhor maneira de se desfrutar do jogo, pois a coordenação, comunicação e formulação de tácticas é a chave quando estão a fazer missões acima do vosso nível.
Quando acabam as missões principais e chegam a nível 30, desbloqueiam as missões diárias, que não são mais que as mesmas missões que fizeram, mas com inimigos mais difíceis e com melhor loot.
O sistema de loot, é inspirado em Diablo, onde vão estar constantemente a apanhar novas armas e peças de armadura que podem ser ou não melhores do que as que tinham anteriormente, já a identificação de raridade pela cor é inspirada em Destiny, sendo os itens de cor verde os mais comuns, azuis os incomuns, roxas os raros e os amarelas são os lendários.
A Dark Zone é onde os jogadores se podem enfrentar entre si e é o local onde existe o melhor loot. É sempre intenso cada incursão à Dark Zone, principalmente quando apanham itens raros e têm de esperar pelo helicóptero, numa área específica, de forma a fazer a extracção para a vossa base, isto porque o loot apanhado nesta zona não fica disponível de imediato, devido à contaminação.
Caso morram, antes de conseguirem fazer a extracção, o vosso loot fica disponível para outros jogadores apanharem.
O sistema de agentes rogue é o que torna esta zona tão especial. Um agente (e a sua equipa) fica neste estado quando ataca outros jogadores, e permanece neste estado até um temporizador chegar a zero ou quando morre. Quantos mais jogadores matar, maior o temporizador vai ficando, e maior é a recompensa para quem conseguir eliminar este agente.
Numa destas incursões, a minha equipa emboscou uma outra que estava à espera do helicóptero para a extracção, após eliminarmos os jogadores, roubamos o loot, extraímos e preparámos-nos para aguentar as investidas de vários jogadores, ansiosos por vingar esta traição e acumular uma boa recompensa.
Em termos visuais pode não chegar ao nível do famoso trailer de 2013, mas está lá perto.
A atenção ao detalhe é fantástica, com os detritos espalhados pelas ruas a saltarem com cada explosão e as balas a desfazerem os abrigos, quer sejam carros ou blocos de cimento. Nas tempestades de neve, o ambiente fica mais escuro, denso e podemos ver flocos de neve a voar, bem como a acumulação de neve em vários objetos e a desaparecer gradualmente quando o sol volta a aparecer. A iluminação também fantástica, onde conseguimos ver colunas de fumo a alterar a coloração quando o sol ou outras fontes de luzes incidem nestas.
Em raras ocasiões, houve drop de frames, correndo sempre de forma estável a trinta frames por segundo (fps), mesmo acontecendo imensas coisas no ecrã.
Veredicto
The Division é um bom jogo e especialmente aconselhado a quem gosta de jogar com amigos e de planear cada encontro com os adversários. A Dark Zone por si só oferece
horas de diversão.
Resta espera para ver o que a Ubisoft ainda tem guardado para os jogadores, com as futuras actualizações, e se consegue manter o interesse sem se tornar demasiado repetitivo.
Este artigo tem mais de um ano
Comprar jogos em lojas tugas é pra esquecer.
Uma key pra este jogo anda à volta de 38-40€.
atenção que este artigo refere-se a PS4, embora não deixa de ser válido em relação aos preços mas já não é tanto
Verdade, perdi a noção da plataforma quando comecei a ver a review lol
Discordo com o “CONTRA: História desinteressante”, tem um historia muito interessante, cativante, a parte dos smartphones e dos Echos esta também muito bem conseguida, o voice acting está excelente. Segui a historias até a ultima missão e gostei imenso.
O som é das melhores coisas deste jogo. O nível de detalhe é incrível. Por exemplo, quando usamos o proximity chat, se tiveres dentro de um tunnel a nossa voz ganha echo, ou reverberação dentro de espaços pequenos. Mais uma vez as conversas que ouvimos nos telemóveis, o voice acting, tudo excelente. Pontos muito fortes.
Agora, o facto de as missões serem repetitivas isso concordo, mas penso que é algo relacionado com a parte de ser um RPG. E que pode ser alterado com novos conteúdos que ja foram prometidos.
Não obstante da tua opinião e cada um tem uma, não posso deixar de exprimir o contrário nomeadamente num factor (entre tantos) O som do jogo deixa a desejar principalmente o som das armas onde o som de uma AK47 é extremamente parecido com o som de uma M4. Poderia ter sido dado mais atenção a esse pormenor.
Ora vamos lá dar uma opinião como deve ser acerca disto. Vou começar por fazer uma pergunta: gostam de jogos ao estilo de borderlands? Um “rpg de tiros”? Então the division está na vossa praia. Sim, vão repetir missões várias vezes se quiserem subir de nível rapidamente e tentar conseguir bom loot (armas, roupa, etc.). Vão querer matar toda a gente que apanharem e virarem rogue, mas um conselho: quando o fizerem vão em grupo ou se forem sozinhos, façam-no apenas com grupos com pouca gente. O ganho é enorme enquanto rogue, mas as perdas são grandes também caso sejam mortos (se calhar até penso que podem superar os ganhos numa margem que não é assim tão pequena, o que faz com que não seja bom de o fazer). Este jogo é um RPG, ou seja, irá ter missões primárias e secundárias tudo misturado, o que fará a história confusa para alguns.
Teve um downgrade gráfico? Sim, teve. É impedimento para comprar e jogar? Claro que não. E os jogos recentes não terão grande avanço graficamente pois nenhum jogo de pc pode superar a qualidade de uma consola de ultima geração ou então ninguém as compra (o downgrade gráfico deste jogo foi imposto pela malta que controla as consolas). Claro que quem tem um pc topo de gama que consegue correr este jogo em 4k (ou mesmo mais) terá um grafismo espetacular. Mas de qualquer forma, lembrem-se que o mostrado com grafismo melhor tinha muito CGI misturado (como todos os trailers).
Vejo muita gente a reclamar por causa dos inimigos serem “esponjas de balas” (“bullet sponges”). Ora, se isto é um RPG, é perfeitamente normal isso acontecer. O objetivo é tentar conseguir armas melhores para matar os inimigos mais facilmente. Os únicos 2 males que vejo neste jogo é que foram anunciados 2 dlcs ainda antes de o jogo ser lançado, com coisas que já deviam existir na versão do jogo a sair para o público (aposto que assim vendem o jogo a 60 mocas e os dlcs a 40 cada um) e o pvp está muito fraco (com isto quero dizer que ainda tem muito mais para dar e evoluir. Espero que os da ubi façam alguma coisa de jeito finalmente pois até quero comprar o jogo para mim e jogar muito mais do que já joguei – conta emprestada para experimentar o jogo).
E concordo com o 8/10. É uma nota adequada à diversão que tive neste jogo.
Também penso que a história não seja assim tão desinteressante, confesso que não me agarrou logo desde a primeira hora, mas a partir da segunda missão começou tudo a fazer sentido, as diferentes facções são muito interessantes tendo cada uma uma forma diferente de atuar.
Acho que a única coisa que peca para já seja os inimigos serem praticamente todos iguais, e os “bosses” sempre esponjas de balas, sem ser necessário usar grandes táticas. Espero que isso mude agora com as Incursion.
Admito que este jogo me agarrou desde a beta, e encostei o Destiny, onde já tinha mais de 800 horas de jogo, e que não tenho intenção de voltar tão cedo. A Bungie está a falhar e a Massive a aprender com erros deles. Em duas semanas já arranjaram mais que a Bungie em 2 anos.
Paulo Silva, vá lá, mais brio: “A ação desenrolasse em Nova York”? Escreve-se “A ação desenrola-se em Nova York”.
Aposto que ele não sabe isso.
Dêem uma medalha a este homem 🙂
Foi jogo que não me seduziu
quem joga…. isto é fixe é jogar com tugas na equipa!…