Sensores elásticos vão alertar para o excesso de sol
São pequenos filamentos que podemos usar, desenvolvidos na Universidade RMIT, capazes de detectar a radiação UV prejudicial ao ser humano. Além de detectarem esta radiação, também são capazes de identificar gases perigosos, como hidrogénio e dióxido de azoto.
Entramos assim no campo da nano ciência e electrónica dobrável... O futuro agora tem este tamanho e é "vestível".
Investigadores da Universidade RMIT, na Austrália, desenvolveram sensores elásticos que detectam radiação UV prejudicial e gases tóxicos, como o hidrogénio e dióxido de nitrogénio. Os sensores transparentes e flexíveis pode ser usados como se fossem pequenas manchas na pele ou adesivos de nicotina, mas podem também ser usados incorporados em roupa de uma pessoa.
Esta investigação foi realizada pela Doutora Madhu Bhaskaran, da RMIT Materiais Funcionais, pelo Grupo de Pesquisa de Microssistemas e pelo investigador PhD, Philipp Gutruf. Estes investigadores seguiram os avanços no campo das tecnologias MicroNano que estavam a ser investigadas na universidade em termos de electrónica dobrável que ajudou a pavimentar o caminho dos smartphones móveis flexíveis.
Mas do que se trata na realidade?
através destas tecnologias de electrónica dobrável, os investigadores criaram sensores elásticos que podem ser usados pelas pessoas, todos os dias, alertando-as para vários perigos. Como estes sensores são capazes de detectar níveis nocivos de radiação UV, podem produzir alertas para que, em exposição prolongada, as pessoas se retirem do sol, protegendo-se e evitando o cancro da pele, o melanoma (um tipo de cancro da pele que pode se desenvolver a partir de moles anormais).
Estes sensores electrónicos são inquebráveis, baratos e duram muito tempo, o que para quem os fabrica não tem muito interesse em que entrem na vida quotidiana.
Como funcionam estes sensores elásticos?
A pesquisa utilizou óxido de zinco (um composto inorgânico encontrado na maioria dos filtros solares, é uma espécie de um pó fino misturado numa loção) com material de detecção dos raios UV, na forma de revestimentos muito finos, cem vezes mais finos do que uma folha de papel.
Esta camada de óxido de zinco fina é projectada com uma estrutura em forma de placa que chamamos de micro-tectónica, essas placas podem deslizar entre si, um pouco como as placas geológicas que formam a crosta terrestre. Este movimento resulta numa alta sensibilidade e na capacidade de dobrar e flexionar os dispositivos.
...referiu Philipp Gutruf.
Onde poderão ser aplicados estes sensores?
No futuro, estes sensores elásticos podem ligar-se a dispositivos electrónicos, os wearables como está na moda usar, que lhes permitam monitorizar continuamente os níveis de UV e alertar os utilizadores quando a radiação atinge níveis prejudiciais, para que eles saibam que está na altura de se retirarem do sol.
Os sensores também podem ser colocados ao serviço dos equipamentos de segurança, para que estes possam detectar gases perigosos, tais como o hidrogénio, o que poderia ajudar a alertar os trabalhadores em caso de uma fuga e possível explosão!
Este artigo tem mais de um ano
“…a partir de moles anormais…”
Penso que queriam dizer “a partir de *sinais* anormais”.