Philips e Spotify, porquê esta parceria?
Leia a nossa entrevista a Tom Noble da Spotify
A música nos dias de hoje é servida das mais variadas formas e o consumidor tem um leque alargado de fontes por onde receber esse conteudo. Recentemente vimos que o streaming de música está a crescer, ganha cada vez mais adeptos o que faz claramente cair o "consumo" de downloads (legais e ilegais) de músicas para os dispositivos.
As empresas que fabricam dispositivos multimédia estão atentas a esta nova realidade e começam a mexer-se no sentido de não perder o comboio da evolução. A Philips agarrou na oportunidade de se juntar ao grupo da frente, em termos de streaming, e fez uma parceria inovadora com a Spotify.
O Pplware esteve à conversa com um dos homens fortes de um dos maiores serviços de música do mundo, Tom Noble.
Foram vários produtos que a Philips apresentou onde um dos focos foi claramente a nova tendência de música por streaming. Apresentou, entre outras coisas, o Philips Spotify multiroom speaker. Este dispositivo permite ao utilizador usufruir do serviço premium Spotify para lá dos dispositivos móveis. É uma "parceria" que está a conquistar novas plataformas, outrora suporte para difundir música pelos meios mais tradicionais.
ENTREVISTA Pplware a Tom Noble da Spotify
Quisemos saber mais sobre esta parceria e abordamos um dos altos responsáveis para o serviço Spotify. Tom Noble, Product Communications Manager, respondeu a algumas questões que colocamos.
Pplware: O que esperam desta colaboração com a Philips?
Tom: Como iremos mostrar, nós lançamos há um ano atrás, aqui na IFA, o Spotify Connect e a Philips foi um dos nossos parceiros de lançamento, temos 10 parceiros no total e a Philips é um deles. E o que esperamos depois deste ano foi ver estes dispositivos, como os que estão expostos, da Philips que basta clicar num botão e ter algo novo, como o Spotify Connect, mas também, como viram ontem, introduzimos a primeira Smart TV com Spotify Conect. Isto é um principio e mostra o porquê da Philips ser importante para nós. Óbvio que trabalhamos com mais parceiros, mas a Philips foi um dos primeiros e continua a inovar com bons produtos e bons preços mas também com o novo segmento das Smart Tvs.
Pplware: Qual a razão de somente a conta premium funcionar nos dispositivos Philips compatíveis com o Spotify?
Tom: Obviamente que conhecem a nossa tendência para as modalidades gratuitas, como o que acabamos de lançar em Dezembro passado e obviamente é uma tendência deste negócio. Honestamente nós acreditamos que ter funcionalidades premium, que implica um pagamento, são mais adequadas para este tipo de equipamentos pois há uma melhor qualidade de som, suporte para modo offline, etc.
Temos 40 milhões de utilizadores activos e desses 10 milhões pagam. Isso é uma conversão incrível, mais de 20% dos utilizadores pagam o serviço premium Spotify e comparado com outros serviços é muito muito bom. Assim, mesmo com o serviço gratuito as pessoas escolhem pagar para ter o serviço premium, quer para ter o Spotify Connect, mais qualidade de som ou simplesmente porque não querem publicidade.
Pplware: Quantos utilizadores têm em Portugal?
Tom: Nós nunca dividimos os utilizadores por mercados. O único número que fornecemos é o de mais de 40 milhões de utilizadores activos e mais de 10 milhões de subscrições pagas à escala mundial
Pplware: Informações recentes indicam que o consumo de música via streaming está a crescer e os downloads a cair. O que pensa sobre isto? É uma boa notícia para o serviço Spotify?
Tom: Penso que estamos a voltar ao tempo da música sempre ligada e a tendência é para as pessoas se habituarem a ter acesso à música sem que sintam necessidade de ser "donos dela", estando num suporte digital. É uma tendência e acho que fazemos parte dessa tendência, mas sim acredito que as pessoas estão a habituar-se a escolher uma música aqui, outra ali e fazer playlists.
Pplware: Conhece o serviço português de música por streaming Meo Music?
Tom: Não, não conheço. Na generalidade nós entendemos que a concorrência é boa enquanto for sempre dentro da legalidade. Vendo este serviço que me estão a mostrar, eu diria que sim que este tipo de concorrência é bom pois afasta as pessoas de utilizar música de forma ilegal. Os downloads ilegais e a pirataria estão a retirar dinheiro aos artistas e isso tira crédito à música e sim, eu acredito que mais competição nesta área, mais concorrência melhor para todos.
Foto: Pedro Pinto à esquerda, Tom Noble no centro e Vítor Martins à direita
Assim ficamos a conhecer algumas ideias, algumas directrizes que a gigante da música por streaming está a orientar para o mercado mundial.
É um facto que a música por streaming está a crescer. Estes serviços, como o Spotify, estão a abraçar novas formas de chegar aos utilizadores, estão a desenhar produtos e parcerias para remover dos hábitos de quem gosta de música outros meios de fazer chegar a música aos ouvidos de cada um de nós.
Queremos agradecer ao Tom Noble pela amabilidade e disponibilidade para com o Pplware.com.
Este artigo tem mais de um ano
Boa e interessante noticia.
Já lá vai o tempo em que perdia “tempo” a procurar aquela musica ou aquele cd para baixar a “preço de saldo”.
Com a variada oferta e preços praticados pelos mais diversos serviços, na minha opinião não compensa o “trabalho” de procurar, baixar, transferir para o dispositivo. isto sem falar nos contornos do ato.
Temos uma biblioteca sempre atualizada e disponível quando e onde quisermos.
Uso e abuso do Spotify Premium em PC’s, Smartphones, tablet…
Companhia nas viagens de trabalho e no próprio trabalho.
Ainda não experimentei qualquer outro serviço além deste, mas para já estou super satisfeito.
Aguardar mais evolução neste campo.
Concordo plenamente, mais um aqui a usar e abusar do spotify, mas não do Premium e sim do Unlimited.
Usei o Spot em modo free durante o primeiro mês e adorei, depois quando acabou, fui experimentar o Meo Music, foi uma desilusão completa.
Voltei prontamente ao Spotify e desde que ele está em Portugal, que sou cliente muito satisfeito e por causa disso, downs de musicas da internet acabaram.
Eu não preciso de ter as músicas, eu só quero as ouvir quando me apetece e o Spotify faz isso.
Essas colunas, se forem iguais aquelas que eu vejo nas lojas, que só é para iPhones e Samsungs, então não vejo valor nisso para o mero mortal que queira ligar os telélés do pobre, para ouvir nas colunas, mas se eles meterem um SO tipo android (mais usado para essas cenas), então, aí sim, compro 1 ou 2 aqui para casa e para o trabalho.
Só falta cá em Portugal o Netflix e acaba-se de vez com os downloads, e usa-se a internet para stream e mails =P
Boa entrevista!
Eu incluo-me nesse leque dos 20% que pagam. Durante mais de 1 ano subscrevi a versão “Unlimited” (3,49€) que só retirava a publicidade, permitia download de músicas, da app desktop.
Entretanto, rendi-me ao Premium (6,99€), pela total compatibilidade com dispositivos móveis, smartphones, tablets, até a Smart TV. Nunca mais fiz download de música. Quando quero música offline, com um toque/clique, tenho tudo do meu lado.
Não é barato, mas é mais barato que muita concorrência. Claro que temos o produto nacional, da Meo, mas fica a anos luz no que toca ao catálogo de música (ouço pouco mainstream), à usabilidades das aplicações, à inexistente integração com o Last.fm e outras apps.