Centro Eleitoral: como o TikTok quer proteger as eleições presidenciais em Portugal
Após ter sido utilizado nas Eleições Legislativas, em maio, e nas Eleições Autárquicas, em outubro, o Centro Eleitoral vai regressar, agora, para as Presidenciais. É desta forma que o TikTok procurará combater a desinformação, e promover acesso a conteúdos credíveis verificados.
Esta semana, o TikTok anunciou o lançamento do chamado Centro Eleitoral, um espaço dentro da aplicação de entretenimento que dará aos utilizadores, em Portugal, acesso a informações eleitorais fiáveis nas semanas que antecedem as eleições.
Segundo a rede social, num comunicado enviado ao Pplware, mantém-se o "compromisso contínuo [de] oferecer um espaço respeitador, onde as pessoas possam expressar-se e construir comunidades".
Como parte deste esforço contínuo, estamos a tomar medidas proativas para as próximas eleições presidenciais em Portugal: a nossa equipa local de eleições continuará a trabalhar, juntamente com a tecnologia, para limitar conteúdos prejudiciais e capacitar os utilizadores a distinguir factos de ficção.
Lê-se no comunicado.
Conectar as pessoas a fontes de informação fidedignas
Por forma a ajudar as pessoas a aceder facilmente a informações fidedignas sobre a votação e as eleições, o TikTok lançou, no dia 9 de dezembro, o Centro Eleitoral.
Disponível na própria app, este recurso fornece detalhes essenciais sobre as eleições presidenciais em português, incluindo links para fontes credíveis que explicam onde e como votar.
Além disso, destaca datas importantes, dicas de literacia mediática do TikTok e informações adicionais sobre os candidatos.
Segundo o comunicado, antes do seu lançamento, o TikTok colaborou com os reguladores nacionais portugueses responsáveis por proteger a integridade do processo eleitoral, por forma a apresentar a sua abordagem.
Durante o período eleitoral, os utilizadores serão direcionados para o Centro Eleitoral através de sugestões de pesquisa dedicadas, marcadores em vídeos relevantes e tags em conteúdos publicados por contas do governo, de políticos e dos partidos políticos(em inglês, GPPPA).
Além de capacitar os utilizadores com informações fidedignas e fornecer contexto relevante sobre conteúdos e contas, o TikTok explicou ter identificado contas de meios de comunicação afiliados ao Estado, atribuindo-lhes selos de "verificado", de modo a indicar que as contas são autênticas.
A par disto, a plataforma informou estar a exigir que os criadores etiquetem conteúdos realísticos gerados por Inteligência Artificial, disponibilizando ferramentas que facilitam este processo.
Combater a desinformação prejudicial
No sentido de proteger a sua comunidade, o TikTok informou, também, que está a aplicar políticas rigorosas contra a desinformação prejudicial e tentativas de enganar os seus utilizadores.
Para isso, citando, "investimos em tecnologias avançadas de moderação e em milhares de profissionais de segurança que trabalham em conjunto para proteger a comunidade; proibimos a desinformação prejudicial e podemos marcar conteúdos não verificados, impedir que sejam recomendados e alertar os utilizadores para reconsiderarem antes de partilhar".
Anúncios políticos pagos
Enquanto plataforma de entretenimento, o TikTok proíbe há muito tempo a publicidade política paga, uma vez que considera que não é compatível com experiências autênticas e criativas dos utilizadores.
Contas de governos, políticos ou partidos políticos não podem usar funcionalidades de publicidade ou monetização, e estão sujeitas a regras adicionais devido ao seu papel de interesse público nos processos cívicos.
No mesmo comunicado, a plataforma de entretenimento sublinhou que candidatos, partidos políticos e quaisquer outros anunciantes continuam proibidos de promover conteúdos relacionados com eleições através de anúncios.
A única exceção aplica-se a entidades oficiais responsáveis pela supervisão eleitoral - como os órgãos de gestão eleitoral - que podem partilhar anúncios estritamente limitados a informações essenciais para os eleitores (por exemplo, como votar, registo de eleitores ou detalhes de participação).


























Curioso mencionar “Combater a desinformação prejudicial”. Significa não combater a desinformação não-prejudicial? Quem decide se é prejudicial ou não?
Parece-me que agora que o TikTok foi adquirido pela Oracle, estão a ser implementados os mecanismos de controlo com que nos familiarizaram na época covid no Facebook e Twitter.
Tudo pelo nosso bem, claro. Temos que aprender, a bem ou a mal, que o socialismo é o sistema certo, e quem pensar o contrário é negacionista de extrema direita.
FDX, vai lá aprender o que é socialismo. Agora é tudo socialismo, já não há pachorra! Até as big tech são chamadas de socialistas, é a chamada “novilíngua”, a resignificação das palavras.
Tendo em conta que o TikTok é controlado pelo governo chinês, isto é mais uma manobra de diversão para o pessoal desviar osolhos do facto que querem INTERFERIR nas eleições em todos os países Ocidentais Democráticos onde conseguirem fazê-lo.
Já não. O TikTok foi adquirido pela Oracle.