Sam Altman fala sobre IA: o forno elétrico e o ChatGPT
A Inteligência Artificial está a levantar um problema cada vez mais sério: milhares de servidores a trabalhar dia e noite, com um enorme consumo de eletricidade e de água.
Cada consulta no ChatGPT consome o mesmo que um forno em funcionamento durante um segundo
Sam Altman, o criador do ChatGPT e atual CEO da OpenAI, quis esclarecer algumas dúvidas sobre o impacto energético do popular chatbot.
Segundo Altman, cada interação com o ChatGPT consome cerca de 0,34 watts-hora de energia e utiliza aproximadamente 0,0003 litros de água, o equivalente a um quinquagésimo de uma colher de sobremesa.
Pode parecer pouco, mas quando multiplicado pelos 2,5 mil milhões de pedidos diários que a ferramenta recebe, o resultado é um gasto gigantesco.
Altman comparou o consumo energético de uma única consulta ao ChatGPT ao de um forno elétrico ligado durante um segundo. Uma analogia simples, mas eficaz, para se ter uma noção do impacto de cada pergunta feita à IA.
Alguns estudos apontam que o ChatGPT pode gastar até dez vezes mais energia por pergunta do que o Google, embora essas estimativas se baseiem em dados antigos e modelos já ultrapassados.
Com centenas de milhões de utilizadores semanais e milhares de milhões de consultas diárias, o impacto energético do ChatGPT é hoje uma questão global. Há estimativas que sugerem que o sistema possa consumir cerca de 40 milhões de quilowatt-hora por dia, o suficiente para carregar oito milhões de telemóveis diariamente.





















quando se começa a fazer a casa pelo telhado dá nisto…
devido ao enorme consumo energético dos data centers e da expansão da IA generativa, Google, Microsoft e Amazon fazem acordos de compra de energia (PPA) com centrais nucleares já existentes.
-Microsoft firmou em 2023 um acordo com a Constellation Energy (EUA) para alimentar data centers com energia nuclear livre de carbono.
-Google também anunciou parcerias para receber energia de reatores nucleares modulares (SMRs) quando estes entrarem em operação.
-Amazon investe em startups nucleares como a Oklo, que desenvolve micro-reatores (reatores pequenos e seguros para uso localizado).