95% dos portugueses já se inspiraram em filmes, séries ou livros para escolher viagens
Não só para entreter servem os filmes, as séries e os livros. Afinal, um estudo recente concluiu que 95% dos portugueses já se inspiraram em filmes, séries ou livros para escolher viagens e que dois terços dos portugueses estariam dispostos a viajar para qualquer lugar do mundo para visitar os locais emblemáticos das suas histórias favoritas.
Um estudo divulgado pela agência de viagens eDreams concluiu que a esmagadora maioria dos portugueses já viajou ou pensou em viajar para um destino por influência de algo que viu ou leu.
Entre os tipos de entretenimento que os portugueses consideram mais inspiradores para as suas viagens, destacam-se os seguintes:
- Documentários (50%)
- Filmes ou vídeos (46%);
- Séries (30%);
- Livros (15%);
- Podcasts (14%).
A análise demográfica mostra que os portugueses com 65 ou mais anos são especialmente influenciados por documentários (71%), enquanto os mais jovens (18-24 anos) são mais impactados por filmes e vídeos (57%).
A vontade de transformar a ficção em realidade é evidente, uma vez que dois terços dos portugueses (67%) estariam dispostos a viajar para qualquer lugar do mundo para visitar um local emblemático de um dos seus livros, filmes ou séries preferidos (67%).
Outros tantos limitariam esse tipo de viagem ao seu continente (23%), e só apenas alguns prefeririam manter-se dentro do nosso país (8%).
Num gap geracional, os mais jovens mostram-se mais aventureiros e prontos a explorar o mundo, e os mais velhos preferem viagens dentro do continente ou país.

Dubrovnik, na Croácia, é um dos cenários que dá forma à King's Landing, uma cidade fictícia da série Game of Thrones.
Para onde viajariam os portugueses?
A imaginação dos portugueses não tem limites quando se trata de destinos de sonho:
- 46% gostaria de visitar realidades históricas como as de Game of Thrones ou Vikings;
- 38% prefeririam universos mágicos como Harry Potter ou The Witcher (38%)
- 23% sonham com viagens ao espaço, inspiradas por Star Wars, Interstellar ou Dune;
- 20% optariam por mundos aquáticos como os de Avatar ou Aquaman;
- 19% escolheriam cenários futuristas como os de Blade Runner.
A nível global, o estudo descobriu que apenas os viajantes de Itália (97%) e dos Estados Unidos (96%) se deixam inspirar mais do que os portugueses por destinos que conheçam no seu consumo de cultura/ entretenimento.
Por outro lado, os viajantes franceses são os menos influenciados (84%) a embarcar neste tipo de viagens, e os ingleses e alemães são os menos predispostos a viajar pelo mundo para as levarem a cabo (apenas 47% e 49%, respetivamente, o fariam).
Na capa do artigo, vê-se o Castelo de Alnwick, em Alnwick, Northumberland, em Inglaterra. O filme Harry Potter e a Pedra Filosofal (2001) foi filmado neste castelo, no outono de 2000. No ano seguinte, o espaço foi utilizado para filmar a primeira sequela da saga, Harry Potter e a Câmara dos Segredos (2002).




















Portugueses pelo Mundo
Acho que é a população mundial, as pessoas quando visitam um pais tem referencias de alguma coisa, seja por livros, filmes, fotos, ou series, por isso é que têm determinado interesse em ir
aí já é tarde para ir a esses sitios, a ideia é descobrir antes de se tornarem moda, não só porque é muito mais barato como não levas com turismo de massa
isto! mas no mundo de hoje é cada vez mais difícil ou estupidamente caro pela distância ou dificuldade de acessos, meios de transporte quase inexistentes, a esses lugares. por outro lado, cada vez há menos ou nenhuns
há sempre solução, e nem são caras, são é pouco comodas, muito tempo e pouco confortáveis, antes de ser pai fiz muito backpack pela America latina e Asia e era possivel encontrar transporte para todo o lado, nem que fosse à boleia de pescadores que nem te cobravam nada
Visitar a Amazônia depois de ver o filme Holocausto Canibal (1980) tem outro sabor!
A tríade tenebrosa de Laranja Mecânica, Holocausto Canibal e Assassinos por Natureza foi material de estudo acadêmico.
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216428
Cá para mim é mais perigoso ir a uma matança do porco ou tourada ou até bullying sem consequencias do que ver um filme de terror.
Mais do que entretenimento, os filmes, séries e livros têm-se revelado verdadeiros motores de inspiração para os viajantes portugueses. O estudo que aponta que 95% já se deixaram influenciar por estas narrativas para escolher destinos é revelador de uma mudança cultural profunda.
Ao longo dos anos, era comum ver os portugueses a optarem somente por países como Brasil, França, Angola ou Moçambique — destinos com laços linguísticos e históricos fortes, onde o português (ou o francês, no caso de alguns viajantes) facilitava a comunicação e tornava a experiência mais confortável.
Hoje, no entanto, nota-se uma clara diversificação. Cada vez mais viajantes portugueses escolhem destinos fora desse eixo tradicional, como os Estados Unidos, países asiáticos ou outras nações europeias (com exceção da França). Esta mudança pode estar diretamente ligada ao crescente domínio da língua inglesa entre os viajantes atuais. Falar inglês tornou-se uma espécie de “passe universal”, que abre portas em praticamente qualquer parte do mundo e reduz barreiras culturais e logísticas.
Além disso, a globalização da cultura pop — com produções internacionais disponíveis em plataformas de streaming — contribui para despertar o desejo de conhecer cenários icónicos, desde Nova Iorque a Tóquio, passando por cidades menos óbvias mas igualmente marcantes nas histórias que nos apaixonam.
Em suma, viajar já não é apenas sobre o que é familiar, mas sobre o que nos emociona, o que vimos no ecrã ou lemos nas páginas de um livro. E com o inglês como aliado, o mundo tornou-se mais acessível — e infinitamente mais inspirador.