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Debate – Empresas devem adoptar Linux em tempo de crise?

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Pedro Pinto


  1. AlfaBoy says:

    Qual é a duvida?!
    Existem muitos postos de trabalho em muitas empresas que apenas necessitam dos programas básicos de Office e acessos á internet, para que pagar licenças numa em situações do género. A nível de utilização um utilizador de windows usa um Ubuntu com a mesma facilidade, também não vejo o caso da necessidade de formação.

    Claro que para casos de software muito especifico de determinadas plataformas é melhor não inventar muito.

    • Nuno Silva says:

      Segundo um amigo meu, para aquele utilizador que não percebe nada de Windows, então passar para Ubuntu e continuar sem perceber nada é a melhor escolha no que diz respeito ao aspecto financeiro…mal por mal, ao menos que poupe uns €uros…a questão está depois no apoio prestado caso ele precise…sai mais caro linux support do que win support!

  2. Tiago Dias says:

    É uma questão interessante mas…
    Penso que os custos de formação para as empresas tornariam essa migração bastante dispendiosa, para além da inércia dos utilizadores à mudança.
    Penso ainda que há um factor relevante. Percebo que as comunidades que desenvolvem as várias distros de Linux o façam com o objectivo de que estas proliferem, logo à partida sem custos para os utilizadores ou empresas. Mas será sensato haver a utilização de ferramentas laborais gratuitas para gerar lucro, ferramentas essas que têm por trás horas a fio de centenas ou milhares de pessoas?
    Fica a questão.

    • Guilherme de Sousa says:

      Já navego por essas comunidades à uns anos através de foruns, ml’s etc, e nunca vi nenhum dev revoltado/incomudado com a situação de empresas utilizarem software livre como ferramenta de trabalho para atingir um fim lucrativo. Penso que essa questão não se levanta.

      Cumps

      • Tiago Dias says:

        Tenho noção disso, até como referi, as suas aplicações são à partida disponibilizadas de forma gratuita e normalmente sob as normas de licenças GNU. No entanto, a não ser que existam outros mecanismos a custearem esses desenvolvimentos, não me parece um ciclo sustentável a médio-longo prazo.

        • Linuxiano says:

          Pois, caro Tiago, 1º terá de rever o seu conhecimento sobre software opensource e licenças GNU, alé de todo o aparente “des\conhecimento” que tem sobre o dito software e programadores\comunidade, visto que o 1º comentário que colocou aqui dá logo para ver que não sabe nem quer saber o que realmente quer dizer.
          Ahh e pelo que diz não é sustentável..só durante 20 ou mais anos..

      • Dlencastre says:

        A Psicologia organizacional, aquela que aprendemos na universidade, aponta em mais de 90% dos casos para resistências à mudança. É considerado uma mudança útil para nós mas para o funcionários a resposta cerebral será diferente. Embora alguns até possam bater palmas pela iniciativa, outros verão isso como uma poupança de dinheiro. E dita a regra empresarial, que, quem poupa no fosforo quererá poupar na lixa. Isto apenas serviria para aumentar o “gossip” e diminuir o rentabilidade do trabalho por preocupações que nada tem a ver. Contudo mais acima um colega nosso diz que o windows support é mais económico e claro que é.

    • Tavares says:

      Boa tarde, caro Tiago Dias, não pense dessa maneira pois actualmente à vários distros de sistema linux uns mais parecidos com o windows outros mais parecidos com o Leopard.

      Deve colocar em questão é – Será que as empresas que desenvolvem programas estão dispostas a fazer programas para sistemas linux?

      Não leve a mal quais queres palavras minha e espero que todos opinem sobre a minha opinião…

      • Tiago Dias says:

        De maneira nenhuma. Actualmente as empresas não desenvolvem para Linux porque este tem pouco peso no mercado mundial. Se houvesse uma migração de uma boa parte dos utilizadores para distros Linux sem dúvida que as empresas de desenvolvimento teriam isso em conta. O objectivo é sempre alcançar o maior target portanto não teriam outra hipótese.
        No caso do MacOSX é notório que nos últimos tempos têm surgido cada vez mais soluções. Isso deve-se principalmente ao crescimento no número de utilizadores Mac desde há uns anos para cá.

  3. Guilherme de Sousa says:

    Na minha opinião depende de empresa para empresa.

    Os dois pontos mais importantes a meu ver são:

    -Área
    -Dimensão

    Dependendo da área pode ou não ser praticavel, pois pode ou não haver o software necessário, bem como a adopção não necessita de ser a 100%. Servidores por exemplo podem ser transferidos para sistemas Linux facilmente em qualquer area, já workstations pode depender de departamento para departamento, e aqui entra a dimensão da empresa.

    Se for uma empresa PME de design pode não ser vantajoso.. o numero de máquinas é reduzido, e as aplicações necessárias podem não estar disponiveis no pinguim.. eventualmente se a empresa tiver serviço de webservers poderá haver vantagens (ai a resposta diria que é um sim vale a pena).

    Se a empresa não esta ligada à area sequer, e é de pequena dimensão, e a arquitectura da rede está estavel sem necessidades de upgrades então pode não ser a melhor altura a curto/médio prazo para fazer esta alteraçao.

    Adoptar Linux tem inicialmente alguns custos no que toca a pessoal com formação para fazer esta transição, e dada a situação económica, é preciso ponderar bem as necessidades da empresa.

    Cumps

  4. LCoelhone says:

    Enquanto profissional das TIC e Sistemas de Informação, julgo a adopçao de tecnologias (softwares, hardwares…) faz sentido quando analisadas no contexto custo/beneficio.
    Não vamos agora disparar a adoptar linux ou windows só porque são gratuitos ou não, se depois não tiramos partido do investimento. Acho que todos estamos fartos de ver faltas de desempenho dos sistemas, mas também assistimos a coisas mal implementadas e em sitios onde nao seria preciso.
    Sobre o know-how obviamente que sem conhecimento não se pode esperar grande desempenho no curto prazo, caso existe gente com vontade de aprender, no médio/longo prazo a coisa compõe-se, caso contrário vai ser sempre um mau investimento (depois pagam os bons profissionais pelos erros dos piores).
    Sobre o suporte do linux ás ferramentas, já aqui no Pplware têm deixado muitos exemplos de softwares capazes de substituir softwares pagos, já viram por exemplo o OpenERP, o Oolibri, o Openbravo, isto falando só dos ditos “ERP’s”, há aqui muita coisa, haja vontade de explorar e tempo.

    Finalizo como comecei, a primeira análise a fazer-se é a da adequação ao caso e obviamente do custo/beneficio.

    • Guilherme de Sousa says:

      100% de acordo. O custo/beneficio é neste momento o ponto mais importante dada a situação económica.. correr grandes riscos não é boa escolha e é preciso analisar a curto/medio prazo.

  5. Pedro Ribeiro says:

    Creio que as empresas têm tudo a ganhar ao adotar Linux. Mas tal como qualquer reestruturação a nível dos Sistemas de Informação, a migração deverá ser feita de forma consciente e planeada. Fazê-lo devido à “crise”, para além de ser pelas razões erradas, corre-se o risco de querer saltar etapas para poupar a curto prazo, o que poderá ter consequências bastante onerosas mais tarde.

    • bernardo says:

      Boa resposta, no inicio da sua resposta pensei que fosse apenas mais uma resposta pois “Creio que as empresas têm tudo a ganhar ao adotar Linux.” é o que a maioria das pessoas dizem, mas sem fundamentar, mas justificou muito bem e faço da sua resposta minha resposta.

  6. Dr1ver says:

    Talvez sim, talvez não, depende muito dos casos.
    Em alguns casos seria facil a implementação dos sistemas e adaptação dos funcionarios/utilizadores ao mesmo. Noutros casos o processo de adaptação, e os custos da transição entre sistemas poderia eventualmente ser superiores ao das licenças, sendo neste caso pior….Claro que eventualmente poderia ter vantagens a longo prazo, mas neste momento se calhar pensa-se mais a curto prazo

    • Rui Costa says:

      Já tive a experiência de apoiar alguns utilizadores na migração de Windows para Linux (Suse), mais ou menos em 2005.

      Na época, embora os interfaces ainda não fossem tão intuitivos como o Windows tal devia-se na maior parte dos casos pela quantidade e diversidade de opções que o SO e cada aplicação apresentavam. A maior parte dos utilizadores, que pouco mais usavam do que Office, browser, explorador do Windows e um ERP web-based, não estavam habituados a tantas opções.

      A transição deu-se em máquinas já existentes, sem qualquer alteração de hardware e a resistência à mudança rapidamente se transformou em motivo de satisfação para a maior parte dos utilizadores quando se aperceberam do acréscimo de velocidade e estabilidade das máquinas e das diversas operações sobre a rede informática.

      Saliento no entanto que a empresa teve o cuidado de manter estrategicamente alguns postos de trabalho com Windows, principalmente naqueles em que existiam com frequência trocas de documentos do Office com clientes e fornecedores.

  7. Manuel Costa says:

    Parece-me muito bem… se as empresas apenas usassem o Word, Excel e Outlook (substituindo-se estes programas pagos por outros gratuitos).
    Mas e se a minha empresa utilizar o software de gestão SAP Business One? Ou o SAGE X3? Nenhum destes softwares funciona sobre Linux. Tenho que mudar também de software de gestão? Será que os programas gratuitos deste tipo (por exemplo Colibri) me garantem migração TOTAL e sem falhas dos dados da minha base de dados?

  8. Ricardo Moura says:

    Muitas vezes em servidores seria vantajosos, já que o utilizador final não se apercebia da mudança, logo não oferecia resistência e também era possível reduzir custos. Em estações de trabalho, a menos que tenham um ambiente “igual” ao windows, vai haver sempre velhos do restelo…

  9. Dust Bunny says:

    A questão de se migrar para linux e para software open source no geral nem se devia prender tanto com o ser mais barato ou mais caro, mas acima de tudo à liberdade ganha por não se estar refém de um fornecedor apenas quando necessário suporte ou actualizações.

    • Tiago Dias says:

      Mas a dependência de comunidades sem qualquer vínculo com os utilizadores das suas aplicações para resolução de bugs pode ser um problema ainda maior.
      A esmagadora maioria das empresas não terá capacidade técnica para resolução desses tipos de problemas internamente.

      • Dust Bunny says:

        Mas isso acontece se fizeres uma má escolha. E mesmo assim não é tão mau como escolheres o produto closed-source da empresa X que quando precisares de apoio fechou e os direitos autorais te impedem sequer de tentares resolver a questão tu mesmo.

        • Tiago Dias says:

          É uma verdade. Mas quando me refiro a bugs estou essencialmente a referir-me ao SO e não às aplicações em geral. Convenhamos que não é provável que uma Microsoft declare falência. Existe uma segurança (mesmo que em alguns casos ilusória) dos utilizadores quando apostam numa determinada solução pois sabem que existe toda uma máquina de suporte em constante funcionamento.
          As comunidades, ainda que em alguns casos bastante activas, nunca estabelecem essa ligação, não é possível exigir-lhes nada. Para além da Canonical, actualmente não tenho conhecimento de nenhuma empresa que desenvolvam distros gratuitas dando garantias da continuidade do projecto em mãos.

          • @lmx says:

            boas…
            és utilizador linux??ja viste a catrofada de updates que uma maquina linux recebe??isto não é windows!!

            cmps

          • Luis Teieira says:

            Tiago Dias, não estarás a confundir Linux com Flavour(distribuição)?
            Gnu|linux é o kernel que se fores um expert/hacker consegues afinar o sistema, já no Windows não podes o acesso está fechado. Voltando ao kernel do GNU|Linux a maioria de utilizadores incluindo especialistas nem precisam de lhe tocar. Se quiseres falar em distribuição, todos os pacotes são testados antes de sair ou não um nova versão. Quando falas em SO deves pensar em caso do Windows. Como todos estão cansados de saber todo o SO novo que sai da Microsoft, simplesmente sai seja estável ou não por isso é que brincamos que o Vista foi e é o “milenium 2”, e que o Windows 8 será o Milenium 3. E as versões estaveis do Windows são a que foram correctamente corrigidas de bugs. Desculpa mas neste caso o kernel GNU|Linux é mais estável que o da Microsoft. Por favor corrigem-me se eu estiver errado!
            cumprimentos.

  10. Miguel Batista says:

    Por exemplo na empresa onde trabalho e especificamente no meu posto, não seria possível visto que utilizo software de CAD/CAM, que só existe em ambiente Windows. Com a desvantagem de ter ligações externas ao access e excel, e só funciona com os 2.

    • José Maria Oliveira Simões says:

      Software de CAD/CAM existe em Linux. Penso mesmo que a estrutura de dados e de ficheiros seja compatível em alguns casos (penso que sejam a maioria), pois as software house produzem software para mais que uma plataforma. É claro, que pode haver de facto algum software em Microsoft windows que não exista em Linux, ou vice versa. Mas não são assim tantos casos como isso.

  11. Vitor Santos says:

    Na minha opinião, seria aplicável. No entanto, há coisas que devem ser consideradas:

    1. Se é possível utilizar alternativas gratuitas aos “suspeitos do costume”.

    2. Se não, se será possível fabricar ambientes dedicados/personalizados para cada utilização feita e se será possível criar/usar bibliotecas que permitem a escrita fácil de aplicações dedicadas, desde que não sejam muito custosas a nível económico/temporal.

    Claro está que, sempre que for possível, deve-se usar o que já existe. Se não acontecer, o custo mais elevado pode vir da concepção de todo o sistema, sendo que a sua manutenção ficará mais baixa pois existe um conhecimento mais profundo do produto.

  12. antonio says:

    tenho uma empresa.
    só não uso o linux em todas as maquinas porque sou obrigado. Não descobri nenhum soft no mercado de progamas de facturação no momento em que decidi as licenças.
    não vejo razão para usar porgramas pagos tendo livres e gratis ou auase. Nada me impede de fazer donativos aos desenvolvedores, sendo até um acto de boa educação.

    O que me parece é que existe muito desconhecimento nos empresários. A maioria pensa que ter soft licenciado é igual a ter que pagar licenças. E isso não parece que seja verdade!!

    • Tiago Dias says:

      Concordo com o envio de donativos. Parece-me o mínimo que se pode fazer para de alguma forma agradecer o trabalho dos programadores.
      Analisando de outra forma, se nesta crise económica mundial vissemos uma proliferação geral de Linux, com uma fatia do bolo cada vez mais relevante, continuaria a comunidade de open source com o mesmo desempenho?

    • Rui Costa says:

      António, existe software de facturação que funciona perfeitamente em Linux, gratuito e pago.

      Eu fiz parte de uma empresa que ainda hoje desenvolve um ERP (facturação, gestão de pessoal, contabilidade, imobilizado e outras coisas mais, tudo integrado).

      Trata-se de um sistema web-based, muito bom, em que nos postos de trabalho (PC, WindowsPhone, Android, IPhone, Symbian, Linux, Windows……) apenas precisas de um browser. O servidor pode ser Linux ou Windows.

  13. Alexandre Alves says:

    Este debate ainda existe? 🙂

    Adiante, se as empresas devem optar pelo software livre? Se os seus colaboradores forem simpáticos e estiverem dispostos a aprender sim, caso contrário não.
    As empresas têm recursos com conhecimentos especificos de software livre? O Libre Office até pode ser bom mas ainda possui o problema no calc que folhas com macros e muitos dados pura e simplemente empanca.

    Quem é que vai dar suporte ao OS e à aplicação? Para serviços críticos é preciso alta disponibilidade e falando em OS linux pode ser estável mas e se acontercer alguma coisa quem resolve? É ir aos forums? é o faz-tudo que apanhou agora com linux?

    Isso depende muito de empresa para empresa, dimensão, criticidade dos serviço que presta, o grau de qualidade, etc etc.

    • @lmx says:

      como deve calcular da mesma forma que existem empresas a dar suporte ao windows…também existem para linux correcto!!Mas estas empresas não vivem do ar, prestam serviços, que para elas os prestarem teem que ser contractadas como é obvio.

      • Alexandre Alves says:

        Exacto, mas compara os preços de serviços entre linux e windows …
        tens uma maior oferta de empresas para windows, enquanto para linux nem por isso. Sem mencionar claro puro Unix … 🙂

        • Cláudio Esperança says:

          @Alexandre Alves: a oferta segue o que o mercado solicita, e os preços elevados do suporte para Linux não se prendem com o facto de este ser mais complicado do que o Windows (porque não é, garanto), mas sim pelo facto de existir uma procura muito maior de serviços para Linux do que a oferta.

          Relativamente à utilização do Linux em serviços críticos, os problemas são exatamente os mesmo do que nos Windows. Se o serviço é verdadeiramente crítico, então é quase certo que a empresa irá subscrever a serviços de suporte tal como faria em Windows. Dependendo das soluções existem várias empresas que podem fornecer estes serviços especificamente para Linux, desde Red Hat, Canonical, Suse, IBM, HP, Dell, Oracle, SyBase, Siemens, etc, e é garantido que consoante valor que estejas disposto a pagar, terás o nível de suporte que precisares.

          No meu emprego trabalhamos com alguns sistemas relativamente críticos (para o nosso negócio), e posso dizer-te que nos temos safado muito melhor com o suporte que nos é dado pelos fóruns de ajuda para Linux, do que com os serviços de suporte pago quando utilizávamos sistemas proprietários Microsoft.

  14. Luis Marques says:

    A minha opinião, tal como de outros leitores, depende do tamanho e necessidades de cada organização mas parto de um principio favorável. Foi também feita uma lista de requisitos.

    Eu trabalho numa micro-empresa onde sou o responsável de TI onde à mais de 3 anos usamos apenas 1 servidor windows para software integrado de gestão e cerca de 5 terminais com Ubuntu.

    Nestes terminais os colaboradores realizam as tarefas do dia-a-dia como e-mail, produtividade, pdf’s, impressão, etc funciona muito bem e foram poucas as dúvidas colocadas e as que foram foram resolvidas em tempo útil. A adopção da ideia por parte dos colaboradores é um dos pontos fulcrais, no nosso caso houve uma reunião onde foi debatida a ideia e os motivos do porque desta adopção permitindo um ambiente favorável para a transição.

    De qualquer forma não pudemos deixar de usar o Windows pois dependemos ainda dele para o software de gestão ao qual acedem remotamente.

    Portanto a minha opinião é de que quase todas as empresas podem usar soluções híbridas, algumas conseguirão ainda resolver todos as suas necessidades soluções totalmente open source.

    Portanto, penso que esta é uma boa oportunidade para uma a adopção do Linux e do Open Source construindo soluções que permitam reduzir custos sem perder produtividade.

  15. manuel says:

    Boas,
    Trabalho numa empresa de contabilidade, e neste momento não vejo como mudar para linux, porque não tem nenhum soft para substituir o que usamos.
    Contabilidade, Salários, Imobilizado, Declarações Fiscais…

  16. Carlos says:

    Epá, se quando a Microsoft tirou aqueles botões microscópicos e confusos do Office e os substituiu pelo Ribbon foi a guerra que foi, imaginem o que seria trocar *tudo*.

    Ia ser bonito!

    E isso de se poupar dinheiro é muito relativo, talvez a longo prazo se poupe alguma coisa mas como disse um economista famoso, a longo prazo estamos todos mortos. O longo prazo raramente interessa para alguma coisa. Além disso, não há garantia nenhuma que efetivamente há essa poupança.

    Por isso as empresas fazem uma coisa simples: se está a funcionar, não se mexe. Por isso é que montes de empresas ainda usam o Windows XP e só lentamente vão mudando para o 7.

    Além disso, enquanto o Linux não tiver ferramentas administrativas decentes, nunca vai ter grande sucesso nas empresas.

    • @lmx says:

      boas…
      por os portugueses pensarem assim…é que assim estamos…vejam a alemanha…a maior taxa de empregabilidade de sempre!!é que eles ao contrario de nós, pensam a longo prazo!!!
      Uma caracteristica que define um Pais como sendo de Primeiro mundo ou de segundo é precisamente essa!!

      cmps

    • LuiSousa says:

      Esse economista não foi já ministro de Portugal, não? :p. Por a economia de Portugal não ser pensada em longo prazo é o que está acontecer o que todos vemos. Todo o gestor/economista tem que pensar num futuro sustentável, não pode pensar só no dia de hoje, porque isso pode dar frutos momentâneo mas não terá grande futuro.

  17. João Reis says:

    Claro que não, agora mais do que nunca temos de estar perto do resto, e não aumentar a distancia para com o resto do tecido empresarial.
    Usar OpenOffice acho bem, compatibiliade é quase 100%, agora sistema operativo, so o que vão gastar com a formação…lol

    Linux é coisa de ricos a jogar aos pardais, não é para o utilizador comum é para o administrador de redes que se entretem em casa porque é diferente e gosta de dizer que é diferente.
    Eu acompanho o linux há 13 anos mais ou menos, não será nunca uma alternativa de trabalho comum. E agora até está bonitinho.

    • Manuel Coutinho says:

      Boa tarde , não percebi a parte de aumentar a distancia para o resto do tecido empresarial. Mas pronto , para quem diz que acompanha linux há 13 anos está redondamente enganado. Se as empresas mudarem de Windows para linux será que os utilizadores iriam precisar de formação? Na minha opinião , actualmente não há nada tão simples como linux ( A prova disso é que o MAC OS é praticamente igual e muita gente não tem problemas na adopção do mesmo ).

      “Linux é coisa de ricos a jogar aos pardais, não é para o utilizador comum é para o administrador de redes que se entretem em casa porque é diferente e gosta de dizer que é diferente.”

      Bem nem sei o que dizer disto , linux coisa de ricos? Não queria antes dizer coisa de curiosos? Que não gostam de ficar limitados por uma GUI que apesar de ser bonita não explora nem metade da potencialidade das coisas? Isso acontece quando comparamos um servidor de rede baseado em Windows e em linux , esquecendo a parte do preço um servidor em linux é dotado de muitas mais funcionalidades.
      Quanto ao linux em uso comum numa empresa , faz tudo e mais alguma coisa que o windows faz com a mesma simplicidade (tirando casos raros), lembrei-me agora do caso do GIMP que faz tudo o que o photoshop faz e a diferença de preços é qualquer coisa como gigante. Não estou a tentar critica-lo pelo que pensa , estou apenas a demonstrar a minha opinião quanto ao seu comentário.

      Cumprimentos , Manuel Coutinho

    • Paulo Pereira says:

      Caro João Reis, o sr, está muito enganado para quem diz que acompanha o linux há tantos anos, eu tive a experiência no ano passado de mudar TODOS os computadores da minha clínica para linux e em quase um ano de 8 pessoas,(entre pessoal administrativo e médicos/terapeutas, apenas tive algumas perguntas e foi para saber como personalizar o desktop. e isto apenas com 4 horas de formação divididas em 2 dias. Eu tinha de mudar pelo menos 3 pcs e renovar as licenças de mais 4, nem precisei de renovar licenças nem de comprar novos pcs, e o único programa que só funcionava em windows, depois de 15 minutos a brincar com a config do wine ficou a funcionar a 100% incluindo as ligações usb que ligam á máquina de diagnostico. Os meus colaboradores estão satisfeitos,(tanto que até já tive de instalar o ubunto em varias máquinas pessoais..), e eu consegui poupar um bom dinheiro que bem falta me fez para cobrir outras despesas.E sim até está bonitinho… lol

  18. Manuel says:

    Pessoal a resposta é sempre o que tiver menos TCO ( Total Cost of ownership ).

    Estejamos em Crise ou nao.

    Mas o problema de Portugal nunca é esse. ë simplesmente nao se investe em tecnologia e quando se investe, o investimento é pouco, mal feito e da pouco ROI.

  19. Navyseal says:

    1. A empresa deverá fazer o levantamento de todo o software que usa;
    2. Verificar compatibilidades;
    3. Converter onde for possível evitando assim pagar por tantas licenças. Se for possível totalmente melhor, se for parcialmente também não deixa de ser bom pois são menos licenças e mais rendimento ao final do ano.

    Existem imensos locais na administração pública e entre as PME’s que é possível aplicar esta conversão de software para alternativas.

  20. fran says:

    nao existe SAP para linux, ou existe?

    • cconst says:

      Que pergunta mais lata…
      Aqui há uns anos, o SAP (quando falo em SAP falo no aplication server) podia ser instalado quer em Linux quer em Windows, correndo as mais diversas BD. Nos últimos tempos tem estado mais restritivo, mas penso que pode ser instalado quer em Windows quer em Linux.

      No entanto, o GUI ou frontend (como quiseres chamar) apenas existe um decente: para windows. Existe uma versão do GUI (disponibilizada pela SAP) que corre em qualquer plataforma que suporte uma versão do JRE (que agora não me recordo qual). Mas esta versão é limitada, e consigo observar coisas como consultores com Macs a correrem maquinas virtuais com XP para trabalhar no SAP…

      Espero ter respondido…

    • Penso que sim, apesar de não conhecer o SAP encontro demasiados resultados de pesquisa para não existir.

      http://www.sdn.sap.com/irj/sdn/linux

  21. Yamato says:

    O meu ramo é a contabilidade+salários+facturação e neste campo não há nenhuma opção que não seja paga e em windows.
    Quer dizer tens a Colibri, a única opção legal, mas sai o tiro pela culatra, sem assistência técnica tens que contratar alguém que perceba da fruta, de alterar o programa à mão e de contabilidade pois ninguém se safa, e sai mais caro que software proprietário.

  22. Sejamos sinceros, maior parte das empresas em termos de software base só usam word, excel, outlook e por vezes PowerPoint. Quanto tanto sei maior parte também não usa uma versão actualizada sendo o mais provável usarem algo semelhante ao office 2003. Agora dêem a esses trabalhadores o libreoffice e uma nova versão do office, e vejam qual é que eles preferem? Certamente será o libreoffice, pois é algo que estão mais habituados. Nesse caso já temos um ponto a favor da vertente opensource.

    E agora vamos falar de software especifico para dada empresa, eu aposto com vocês que cerca de 75% deste tipo de software usado empresarialmente é em Java, e nesse aspecto quase certamente não haverá problema se este for usado noutro sistema operativo, salvo casos raros onde sejam usadas chamadas ao sistema operativo, o que me custa a acreditar.

    Quanto ao interface e que os utilizadores podem não se habituar, por amor de deus, metam no desktop icons para os programas que usam. Que eu saiba o double click é um acto universal.

    • Yamato says:

      A maioria usa chamadas para o sistema operativo tanto no posto de trabalho como no servidor.

    • xpto says:

      Desculpa lá que te diga mas não conheces minimamente a realidade das empresas nem as capacidades do Office, em especial o Excel. O LibreOffice nunca será superior ao Office, mesmo o 2003. Essa história do Java mais uma vez demonstra a tua total ignorância. Faz um favor a ti próprio e não vás com essa treta para o mercado de trabalho!

    • CPereira says:

      Java EE só para grandes grupos económicos e por cá temos poucos.

    • ELIEME says:

      Achei curioso como se conseguem atribuir percentagens ao acaso. Esses 75% de que falas foram obtidos por sondagem do INE? Então e a maior parte das empresas de que falas são as empresas que conheces ou tens dados concretos que fundamentam a tua afirmação?

      Bom em relação ao tema em si que acho muito interessante, alguém acima falou acerca do TCO e eu concordo plenamente. As empresas optam sempre pela opção de menor custo. Saliento desde já que existem muitos custos não quantificados quer numa solução quer na outra. Muito para além do custo de lic e de suporte, temos os custos derivados à menor produtividade no período de adaptação ao novo ambiente, o custo da renitência dos utilizadores perante a mudança, entre outros. São pequenos exemplos de que a mudança de soluções não deve ter como justificação a crise. Contudo é de salutar este tema / discussão e em minha opinião existe mercado para esta migração.

  23. Tiago says:

    a minha empresa sempre adoptou linux,
    (uma pequena empresa de web design/web development)

  24. Sergio says:

    custo de aquisição vs custo de assistencia

  25. Mas agora numa visão mais geral nas técnicas de poupança em empresas. Independentemente do sistema operativo em questão, uma medida de poupança (e mesmo ambiental) já à muito comprovada é a virtualização, mas infelizmente parece que em portugal ainda não é usada em grande escala o que é algo triste tendo principalmente em conta o estado actual da economia.

  26. Nuno José says:

    O problema é posto ao contrário que VALOR um SO pago tem para que compense ser pago. Existe sim senhor mas não é a maioria dos casos.

  27. cconst says:

    Bom… este debate é daqueles que nunca irá reunir um consenço!

    A resistência à mudança é sempre um factor a tomar em consideração. Se a base da infrastrutura (servidores de ficheiros/aplicacionais/web/mail) não me choca que seja em Linux, já os terminais ou postos de trabalho…

    Muitas vezes estamos perante utilizadores que “sabem” usar uma ou duas ferramentas… no Windows! Email… se não tiverem o Outlook é uma guerra! Cada mudança de versão observam-se sempre os mesmos velhos do restelo a refilar…

    MAS não é o facto de não existir softwares para Linux que deve ser um impedimento. Programas pagos no Windows podem aparecer como programas pagos para Linux!

    Reparem o caso da SAP: o interface com o utilizador (GUI) é garantido para muitas plataformas: basta que corram uma determinada versão do JRE. Mas a versão Windows é muito mais completa, funcional e com menos bugs! Porque é que isto acontece?! Porque a realidade é que a marioria dos terminais é Windows! Quando a tendencia se inverter, começam a surgir novas versões para outros SOs…

    Abraços!

  28. Diogo says:

    Depende de que empresas estamos a falar. Se forem empresas privadas, elas que usem o que bem quiseres. Agora empresas do estado para as quais todos nos pagamos acho muito bem que se habituem a usar software livre em vez de andar a queimar dinheiro dos contribuintes em licensas.

  29. Bruno says:

    Depende do contexto.

    No nosso caso, tratando-se de uma micro-empresa, funciona para aquilo que se propõe.
    12 postos de trabalhos com uma LTS Ubuntu e recurso a um CRM via Web + VOIP + servidor.

    Para o trabalho que é desenvolvido nestes postos de trabalho é mais que suficiente: consulta de e-mails, pesquisas na internet, CRM, texto e cálculo básico.

    Em cálculo avançado , as alternativas opensource não estão à altura.
    Quanto a programas integrados de gestão, não existem alternativas sólidas às encontradas em Windows.

  30. xpto says:

    A questão deve ser avaliada caso a caso. Excluindo a questão de servidores e falando apenas dos postos de trabalho:

    1) Se estivermos a falar de empresas já existentes e consequentemente dependentes de base de dados de softwares proprietários (ERP, CRM, etc) muito provavelmente a migração dará imensos problemas alguns dos quais insanaveis e os custos que esta migração acarreta não compensam os futuros benefícios.

    2) Se for uma empresa de reduzida dimensão ou uma empresa nova a iniciar a sua atividade, poderá haver alguma vantagem em usar Linux logo de raiz, mas correndo o risco de com o evoluir do negócio ser necessário uma outra aplicação proprietária…e volta-se à estaca zero.

    3) É curioso que esta discussão surja hoje porque hoje de manhã tentei instalar o Office 2010 no Ubuntu e de facto consegui mas depois não consigo abrir ficheiros que já tinha criado e notei alguma instabilidade ao nievl dos menús. Antes que perguntem, não posso usar OpenOficce ou LibreOffice porque as macros do Excel não funcionam e em alguns docs. e apresentações as formatações não se mantém.

    Conclusão: Perdi quase uma manhã com testes para chegar à conclusão que o Windows, para o que faço, é o melhor.

    Agora imaginem quantas manhãs seriam necessários para migrar do Windows para Linux numa PME…em muitos casos bastaria os problemas gerados pelo Open Office para dissuadir os responsáveis. Em relação as suites de produtividade o Office e especialmente o Excel são muito difíceis de bater e acreditem que em muitas caso o MS Office é a ferramenta de trabalho por excelência.

  31. xpto says:

    E já agora considerando que o tecido empresarial Português é composto em cerca de 95% por PME e que essas PME na sua maioria não tem departamento de TI interno e que sub-contratam esse serviço a empresas que por sua vez também são PME cujos quadros estão fortemente orientados para o Windows o incentivo a que sejam as próprias prestadoras de TI a sugerir produtos baseados em Linux será muito reduzido…até porque sendo Linux teriam que haver um diferença de preço (para menos) em relação ao Windows e não me parece que as empresas estejam dispostas a reduzir margens. Podem sempre argumentar que poderiam manter as margens de outras formas mas ai, para quem paga, seria indiferente ter Windows ou Linux e sendo indiferente obviamente que se iria para o Windows, quanto mais não seja por ser mais familiar.

  32. 3po says:

    Na minha Câmara Municipal mudamos 98% dos staff para libreoffice. Algumas resistência e voilá, tudo ok. Quanto poupamos? Façam as contas. Problemas? Hum… Alguns, mas que foram solucionados. Temos uma licença em toda da Câmara de Office 2010, para alguns casos mais bicudos. Gestão de rede? Linux. Gestão documental? PHP+Mysql. Estamos neste momento a testar máquinas Linux para ambiente produtivo. Onde temos máquinas Windows? Quem usa CAD (estamos com AutoCAD e BitCAD). E na Contabilidade/Finanças, que ainda usa uma solução Medidata non-Web. Enfim, caminhamos a passos largos para soluções Open Source. Sobre o apoio, temos uma empresa a dar-nos apoio no Linux e no sistema assente sobre ele. Temos mais projetos em Linux na Função Pública. Quanto a mim um dos grandes problemas é que os “informáticos” não se querem chatear com as mudanças, com o trabalho que dá na mudança, outros simplesmente não sabem mais nada do que Microsoft e outros casos há em que ainda é impossível a mudança. No entanto, continuo com a ideia de que o paradigma está a mudar a passos largos.

    • Guilherme de Sousa says:

      Muito bom! Se poderes já agora diz qual é a Câmara, fiquei curioso.

      Realmente acho piada quando oiço como argumento ‘os utilizadores depois não gostam, há aversão’.. eu acho é que o IT’s muitas vezes não percebem é patavina de linux e a primeira travagem é dado por eles! A verdade é que em Portugal esta tudo orientado para a Microsoft em comparação com Linux, e por preguiça diz-se que não presta, quando a realidade é não saberem do assunto. Dizem que já experimentaram, mas experimentar linux não é dar uns clicks aqui e ali.

      Bom testemunho!

      cumps!

    • @lmx says:

      É de louvar a vossa atitude, deixe-me desde já dar-lhe os meus parabéns e dizer-lhe que tenho visto muita coisa, vocẽs estão na “crista da onda”.Conhecimento é poder e vocês detéem-no.

      dá uma vista de olhos neste link para a angulo sólido uma empresa portuguesa expecializada em linux asssim como muitas outras…

      http://tuxvermelho.blogspot.com/2007/02/angulo-slido.html

      cmps

    • CPereira says:

      Sendo assim qual é a poupança em ter a licença do office para a câmara toda, para casos mais bicudos?

    • Luis Teieira says:

      agora é que tocaste no cerne da questão.
      Deixa-me contribuir, no caso da saúde, sim existe muito software feito à medida sobre a plataforma sistema fechado, e o pior de tudo é que nada comunica, é preferível gastar milhões em aplicações e licenças que fazer um estudo de implementação de sistemas. E bastava sim implementar ou evoluir o que existe em base Unix ou GNU\Linux e veriam a economia que se fazia. Mas os pensadores acham que tudo está bém, mas nem se levantam da cadeira para terem a noção de quem usa, ou como está implementado o sistema. O atendimento e secretaria num centro de saúde não precisa de software com licenças para executar o seu serviço. Em relação à classe médica conheço muitos que já usam software livre mas ai o sistema Híbrido era bem implementado.

  33. xpto says:

    Não deixa de ser um bom exemplo e uma atitude de louvar.

  34. NT says:

    Boas,

    Penso é que as coisas devem ser feitas com pés e cabeça, não é só mudar tipo botão on/off. Existe muito trabalho a fazer para migrar entre plataformas (Windows para Linux e Linux para Windows), acho é que no “geral” muito do ppl responsável pelo departamento de informática “pouco” entende do assunto ou então tem “comissão” para dar preferência a este ou aquele software.

    Agora migrar de windows para linux?

    Resposta 1 : SIM, por exemplo se espreitarmos para trás dos ecrãs de computadores das várias repartições do estado, ou muito me engano ou aquilo parece ser java a correr no Internet Explorer, ora o java é suportado ás 1000 maravilhas pelo linux e certamente se consegue correr o mesmo software em Firefox, chrome etc, pelo que se poderia reaproveitar os pcs que estão a encher o “caixote do lixo do governo” por não terem hardware para actualizar para o novo Windows e não ser possível trabalhar na plataforma antiga.
    Nesses pcs o linux corre sem ser necessário fazer upgrades e não me venham dizer que fica lento ou assim pois apenas é necessário um pc que arranque com um browser instalado e uma ligação de rede para grande parte das aplicações. Muito pessoal diz que não dá para trabalhar porque já não consegue ver as “apresentações” do “powderpoint” que lhes enchem a caixa de correio ou ligar o msn para esse ppl só tenho a dizer que É UM COMPUTADOR DE TRABALHO!!!
    Penso que se poderia começar desde já a fazer a migração para linux. Um outro exemplo são as escolas pois deveriam utilizar soluções como o Open/LibreOffice, pois alguns (muitos) alunos não têm dinheiro para licenças (já deram tudo para o PC) e são “obrigados” a instalar o office pirata porque o Sr. Prof. quer o trabalho em Word/powerpoint…

    Resposta 2 : NÃO, “… se não está estragado, não se arranja…” velha máxima da qual desconheço o autor. Ora se uma empresa (grande/pequena/micro…) já tem o sistema implementado e a funcionar em condições porquê mudar? Tem algumas aplicações que necessitam de renovação(tipo antivírus) porém será que o custo dessas aplicações é assim tão elevado e tem alternativa em linux? Existem muitos casos em que é melhor permanecer no Windows e pensar em mudar só quando se tiver que renovar licenças por falta de suporte (tipo windows xp em “breve” irá deixar de ter suporte, obrigando a migrar para outro sistema o que vai implicar novas máquinas, software etc…)

    • p1 says:

      Estive desempregado e trabalhei como poc num centro de saúde (técnico de informática).
      Verifiquei que os servidores são unix.
      Existe um programa, para a qual a transição seria pacifica e imediata, no entanto, os programas web (SAM,SAPE, etc…) apesar de serem java, estão feitos de tal forma que só com ambiente windows funcionam. Começa pelo facto de obrigarem ao uso do jinitiator, para alem disso, o próprio código está feito a prever uma plataforma windows.
      Não era nada que não fosse facilmente alteravel, mas como aqui ja foi dito, não existe vontade sequer por parte dos profissionais dos centros de saúde (técnicos TI) nem por parte do departamento que gere o desenvolvimento (ARS).
      São centenas de pcs por região da ARS a consumir licenças sem o terem de fazer realmente, enfim…

  35. LOL! says:

    Poupam em software e gastam milhões em formação.

  36. Cláudio Esperança says:

    Bem, penso que já aqui foi dito praticamente tudo. A resposta que mais se ouviu foi “depende” e penso que esta seja a resposta mais sensata. Migrar de Windows para Linux é algo que não se faz com um clique e têm de ser contabilizados diversos fatores, nomeadamente área de negócio, software existente, resistência à mudança, etc. Destes fatores, talvez o mais crítico seja a resistência à mudança que começa logo dentro do próprio gabinete de informática e se propaga um pouco por todos os outros departamentos. Em Portugal os técnicos estão formatados para utilizarem soluções baseadas em Windows e não dedicam tempo para explorar áreas fora da sua zona de conforto; enquanto assim for, qualquer projeto de migração será minado à nascença e nunca se conseguirão reconhecer as vantagens de outras soluções (eu sei do que falo, pois também já pertencia a este grupo).

    A solução para a uma migração passa invariavelmente por ambientes mistos onde soluções proprietárias convivem de forma saudável, completando funcionalidades. Isto permite que se faça uma migração por fases, onde se adicione valor reduzindo os custos.

    Se estivermos a falar de novas empresas a resposta é sim, devem pensar seriamente em começarem de raiz numa base Linux, pois é uma escolha que começa a produzir resultados positivos desde o primeiro momento.

    No futuro creio que a escolha não será tanto Windows vs Linux, pois assistimos a uma migração em massa de sistemas para os servidores aplicacionais baseados na Web, onde qualquer cliente será compatível e as questões do sistema operativo base serão cada vez menos relevantes…

    • NMSMP says:

      Concordo completamente!
      Uma mudança brusca não será a mais aconselhável, no entanto temos que ver sempre caso-a-caso, um utilizador básico pode perfeitamente ser “encaminhado” para uma distro linux (e há várias com design próximo do windows por isso o choque não será muito grande).
      Há outros casos em que temos de ter a certeza que a compatibilidade entre programas pagos/open source não fazem perder informação (que é como todos sabemos algo que não tem preço para uma empresa).
      Para que a mudança tenha possibilidade de acontecer os profissionais de IT devem ter formação adequada para que possam dar o suporte necessário à empresa em ambiente Linux.

      Cumprimentos

      • Cláudio Esperança says:

        @NMSMP: Percebo os motivos de aconselharem distribuições semelhantes ao Windows para facilitar o processo de transição, mas creio que isso induz os utilizadores em erro por ficarem com a ideia que o Linux tem de ser igual (ou semelhante) ao Windows. Isto não é necessariamente verdade: são sistemas operativos diferentes, com filosofias diferentes e que têm de ser compreendidas pelos utilizadores. Penso que não vale a pena disfarçar a mudança. As pessoas têm que ter a noção que estão a mudar e compreender que a mudança é uma coisa boa. Apesar de ainda ser utilizado por muitos e servir para suprimir grande parte das necessidades de muitos utilizadores, o Windows XP é um sistema operativo que considero ultrapassado, com imensos “remendos” para contornar falhas que foram sendo encontradas aos longos de muitos anos em que foi (e ainda é) utilizado. Foi sem dúvida um excelente sistema operativo, mas não acredito que neste momento seja o melhor sistema operativo que um utilizador pode utilizar.

        Eu considero que a mudança é algo positivo, onde se aprende imenso e se tem contato com outras realidades. Infelizmente sei que muitos utilizadores não pensam assim e preferem fazer as coisas como faziam à 10 anos atrás, por sempre trabalharam assim.

        À alguns dias um utilizador windows ficou extremamente supreendido quando me viu a copiar uns ficheiros de um dispositivo de armazenamento para a minha workstation: em vez de ter duas janelas abertas ou navegar dentro da própria janela, simplesmente abri duas áreas de navegação (dentro da mesma janela) e a cópia do ficheiro foi tão simples como arrastar de uma área para a outra. Ficou igualmente surpreendido quando percebeu que as múltiplas operação de extração e cópia estavam agregadas numa única área, com possibilidade de pausa/continuação nas operações, com gráficos de velocidade, etc. Isto são funcionalidades extremamente simples, mas que ao fim de um dia de trabalho provam o seu valor.

  37. Axys says:

    Linux já provou ser uma ótima alternativa ao Windows. Mas creio que não deve ser tão fácil migrar de Windows Server para Linux, fazer toda a re-configuração, baixar os softwares corretos, e ainda configurar estes softwares, importar os bancos de dados, enfim…
    Eu acredito que, para grandes ou pequenas empresas que já estão no mercado, se não tiver outra opção mesmo, vale a pena o esforço. Até porque deixar de ficar pagando softwares caros , licença de antivirus para Windows Server e tudo mais seria uma boa para economizar gastos.
    Não que o Windows Server seja ruim, mas em épocas difíceis que não se pode bancar com luxúrias, é uma boa.

  38. José Ribeiro says:

    Penso que neste momento o maior entrave à adopção do Linux é simplesmente o office! O LibreOffice não está de todo ao nível do MSOffice. Sim e eu tenho visto as dicas do pplware.
    Já tentei implementar aqui na empresa e esqueçam. E estou a falar da opinião de utilizadores avançados. Aliás, eu mesmo não tenho a mesma produtividade no Calc e no Excel…
    Resumindo, para haver linux nas workstations tem que haver um LibreOffice muitíssimo melhor que o actual…

    • Cláudio Esperança says:

      @José Ribeiro: Pessoalmente tenho obtido resultados muito positivos com o LibreOffice e tem dado uma excelente resposta às minhas necessidades. O Writer é uma ferramenta indispensável que me permite um controlo muito mais rigoroso do que no Microsoft Word, permitindo definir dependências perfeitas entre estilos, referências automáticas, exportação para PDF, etc.

      À uns dias estive a trabalhar com o Calc do LibreOffice com uma folha com 73000 com cerca de 40 colunas e não tive qualquer tipo de problema.

      A produtividade estará diretamente ligada à curva de aprendizagem inerente a qualquer novo utilizador de um software. Quando eu comecei a utilizar o Office era muito menos produtivo do que uns meses depois quando a experiência facilitava o caminho.

  39. Baltazar says:

    Sou responsável de TI de uma empresa e não vejo a mudar os desktops para Linux.

    – CRM só funciona em Windows
    – Microsoft Office (melhor que o OpenOffice) no qual utilizo API para enviar e-mails, gerar documentos Excel …
    – Há muitas integrações que só funcionam bem no Windows

    Para servidor, o Linux é muito bom (tenho 2 servidores) mas para Desktop tem que haver uma mudança MUITO grande para se utilizar Linux numa PME.

  40. Ricardo Martins says:

    Mas para que serve este debate! Querem tirar daqui uma medida que sirva a todas as empresas, grandes e pequenas!? Sou utilizador de Linux há vários anos, e revolta-me certas benesses que por vezes a Microsoft recebe sem, segundo a minha opinião, merecer. Mas por favor, há quem precise dum microscópio, e há quem precise dum cronómetro, e não é pela diferença de preços e de dificuldade ou facilidade de utilização que vão usar um utensílio que não lhes serve para fazer o trabalho deles.

  41. rikhard says:

    um documento importante para a discussão:

    Why Open Source Software / Free Software (OSS/FS, FLOSS, or FOSS)? Look at the Numbers!
    David A. Wheeler
    http://www.dwheeler.com/oss_fs_why.html

    De qq forma as razões devem ser sempre baseadas na qualidade e aumento de produtividade, segurança e não não nos custos, embora tb estes a longo prazo são sempre mais baixos quando se usa FLOSS.

  42. NFRiaCowboy says:

    Sou developer e gosto de brincar com o Linux, não sou um expert em compilação de kernel e desde 97 que nunca consegui fazer um make que correse bem. No entanto já passei pelo Red Hat, Suse, Mandrake (lembram-se? old school), Corel Linux, Novel, Beos, Fedora e ultimamente tenho brincado com o Ubuntu. Sempre utilizei o linux do ponto de vista de utilizador basico e nunca como um Guru, como referi nem um make consigo fazer. Mas adiante, do ponto de vista de desenvolvimento, lembro-me que a Borland desenvolveu algo que na altura foi revolucionario, o Kylix, a ideia era brutal, podermos desenolver Delphi e usar o source code para compilar no Linux, isto é um source code dois ambientes, Linux e Windows. Então onde é que isso falhou? Naquilo que na minha opinião falha no Linux, incompatibilidade entre Distros, lembram-se do projecto United Linux? Pois, parecia ser a tabua de salvação, mas não… segundo o wikipedia em 2007 foi a banca rota. Muito provavelmente agora que temos webApps tão poderosas como as de desktop e com o HTML 5, num futuro proximo poderemos utilizar Linux e webApps dessa forma libramo-nos de uma serie de problemas e complicações actuais. Sim eu sei que hoje é possivel fazer-se mas ainda é fresquinho, pelo que já estou “futurologiar” :). Também tenho consciencia que não será a solução para todos os males, e que ha coisas que estarão sempre dependentes do OS e ai concordo como que tem sido dito, que tem que se ponderar sempre os custos beneficios e a utilização das coisas. A parte disso tudo ainda gostaria de comentar o caminho que o Ubuntu tem tido na sua alteração de UI. Tem sido muito interesante ver o interface ficar bonito, em relação a distros anteriores ou até a outras distros, mas continuo a achar que a nivel de UI está muito atras do Windows e do Mac. Tambem sei que há plugins e coisas que fazem com que fique mais bonito, mas não é out of the box, e quando chegamos aquelas janelas com aqueles botões de 1990… yack… Os utilizadores tambem “compram” isso, o UI faz os utilizadores sentirem-se mais confiantes e a acreditarem mais no OS.

    • Cláudio Esperança says:

      NFRiaCowboy: a compilação de código em múltiplos sistemas é possível, desde que sejam utilizadas bibliotecas que sejam compatíveis com ambos os sistemas. No entanto isto não é algo fácil pois existem grandes diferenças entre os sistemas operativos que têm sempre de ser abstraídas por alguma camada de software. A melhor solução para estes casos é utilizar máquinas virtuais para execução de código genérico, como por exemplo a JVM do java.

      A fragmentação do Linux, por esta perspetiva pode ser considerada um problema, dificultando um pouco a vida de quem pretende utilizar bibliotecas de terceiros que não controlam. No entanto isto é algo que pode ser resolvido com a linkagem estática de bibliotecas nos binários que se pretendem distribuir e assim fugir um pouco a esta questão. No entanto a própria fragmentação do Linux é também ela uma grande vantagem, não só pelo facto de existirem soluções para todos os gostos, mas também porque dificulta imenso a vida de quem procura vulnerabilidades comuns que possam explorar.

      Pessoalmente também não gosto das alterações na interface do Ubuntu (e a quase imposição de utilização das mesmas) pois vai um pouco contra à filosofia da livre escolha que carateriza os sistemas baseados em Linux. Felizmente existem excelentes alternativas, como o KDE 4 que, na minha modesta opinião, é dos ambientes gráficos mais avançados que conheço.

      Como tu, acredito também que boa parte do futuro dos sistemas de informação passe para a Web, menorizando o papel do sistema operativo tal como o conhecemos.

  43. Dlencastre says:

    Boas, pragmaticamente, não me parece que para uma empresa que compra já os PC’S aos grandes como a CPCDI, o software operativo seja um problema ou que se preocupe com a licença. Para uma empresa de dimensões grandes, embora os custos sejam maiores, fazendo uma simples análise ao meio envolvente seguida de um mapa de posicionamento das despesas, concluir que a vida de um PC numa empresa que o compre, (média de 4 anos) gastar 70€ numa licença avulso ou cerca de 50€ em bulk, dividido por 4 anos, que dá cerca de 1 euros por mês, seja um dilema. Claro que os eruditos afirmam que o que pode ser de borla!!! e os realmente entendidos na matéria (global e não apenas aficionada) dizem e o que é que o linux abate aos lucros da empresas e para que servirá então o dinheiro do modcom? Como podem ver existe muito pano para mangas. Porém é importante salientar que as empresas a serio usam o renting e as mais grandinhas até têm pacotes de licenciamento completo com a micro$ (Caso do Isla Gaia). Para o caso da minha empresa a dificuldade foi ter hardware topo de gama a trabalhar linux… drivers… Servidores ftp etc. etc. placas de rede… leitores de impressão digital… Contudo no mercado micro empresarial, e para quem quer ter servidores para partilhar conteúdos, o Linux é aposta ganha.abraço

  44. Rui Costa says:

    Quer as empresas quer as instituições publicas devem parar de encarar o Linux como uma alternativa apenas por questões de custo.
    O que deve ser encarado de frente e analisado em detalhe é a relação custo/proveito.
    Quando analisamos os custos devemos olhar não só para os de aquisição mas também para os de operação.
    Por outro lado devemos também olhar não só para os proveitos, nomeadamente de compatibilidade e interoperabilidade, que o Windows nos apresenta mas também para os proveitos que a plataforma Linux potencia, nomeadamente a quantidade, diversidade e qualidade de muitas ferramentas gratuitas ou de baixo custo que nos são disponibilizadas.
    Cada organização deve olhar para as duas plataformas de forma séria e ponderada e analisar os custos e os proveitos, financeiros e funcionais, de cada uma e detectar qual a melhor plataforma para o seu funcionamento. Para algumas organizações a plataforma Linux será sem dúvida a melhor opção, para outras o Windows é indispensável e provavelmente algumas descobrirão que o misto de plataformas é a solução ideal.
    Durante vários anos desenvolvi sobre plataforma Linux, actualmente sobre Windows e o que tenho verificado é que cada caso é um caso.

  45. José Maria Oliveira Simões says:

    Por mim, não vejo qualquer inconveniente. Há software para tudo e mais alguma coisa. A adaptação dos utilizadores é praticamente imediata, intuitiva e não dolorosa. O Linux é muito mais estável que o Windows. Além disso, os custos com licenças, não tem nada a haver. Se por exemplo, uma organização tiver cerca de 10.000 PC’s e migrar para Linux (uma distribuição free), vejam quanto não é a poupança obtida. Como se diz vulgarmente, grão a grão … enche a galinha o papo. Agora, a mudança, só depende da vontade política de cada organização. De resto, só vejo vantagens.

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