Redes: Afinal para que serve o comando ping?
Uma das ferramentas que normalmente usamos para saber se uma máquina está “viva” na rede é o comando ping. Para quem não conhece, o ping é dos comandos mais usados no mundo da redes, uma vez que permite testar a conectividade, ao nível do IP, entre equipamentos.
Hoje explicamos melhor o resultado de um comando ping.
O PING (Packet InterNet Groper) é um utilitário presente em quase todos os sistemas operativos que permite saber se uma determinada máquina remota está acessível ou não (descartando as firewalls). Além disso esta ferramenta pode dar-nos também alguma informação sobre o próprio estado da rede (ex. latência, congestionamento, etc).
O comando ping recorre ao ICMP (protocolo de mensagens de controlo de rede) enviando um pacote específico para uma determinada máquina e espera pela resposta (registando o delay). Este delay é denominado de latência. Em termo de analogia, o ping pode ser comparado ao ping-pong (se enviarmos a bola para um lado (echo request), do outro lado, se estiver lá alguém,vamos receber uma resposta (echo reply).
Como ler o resultado de um ping?
O comando ping disponibiliza ao utilizador várias informações interessantes.
Primeiro a informação se um determinado destino está alcançável. Essa informação é apresentadas nas primeiras linhas, onde podemos inclusive saber qual foi o delay da resposta. Como podemos ver na imagem seguinte, a primeira resposta foi de 4ms (milisegundos) e a segunda de 6 ms.
O TTL (Time to Live) é o tempo de vida de um pacote e é utilizado para evitar que um pacote circule eternamente na rede. Assim quando o valor TTL de um pacote atinge um determinado valor sem encontrar o destino, esse pacote é descartado. Por outro lado, em algumas circunstâncias (pode variar, uma vez que o valor pode ser alterado) é possível saber qual o sistema operativo que a máquina que está do outro lado está a utilizar. Para tal, basta estarmos atentos ao campo TTL (time to live) e verificar qual o valor Saber mais aqui.
Na segunda parte do resultado são apresentadas algumas estatísticas. Por exemplo ficamos a saber que foram enviados 4 pacotes e recebidos 4 pacotes, o que dá 0% de perdas. Poderíamos também concluir (pesar de prematuro) que a rede não está congestionada (é claro que apenas enviamos 4 pacotes e ainda para mais estamos efectuar um ping para uma máquina na rede local).
A segunda parte dos resultados é o RTT – Round Trip Times que nos dá informação de delay mínimo, máximo e também a média de tempos.
Num próximo artigo vamos explicar como usar o comando ping com alguns argumentos. Estejam atentos e se quiserem contribuir já sabem… enviem-nos um e-mail o deixem nos comentários.
Este artigo tem mais de um ano
Bom dia,
Da parte da máquina que recebe o pedido (ping) é possível recusar essa resposta?
Sim, basta bloqueares os pedidos icmp. Qual o sistema?
Windows 10
Se “pinga” logo existe!
🙂 Pode ser fake
Seria interessante extender este tematica com comparacoes entre as implementacoes do PING em windows, *nix e IOS. Muito obrigado pelo artigo.
Um dúvida: Numa rede doméstica com router a fornecer a net, há alguma forma de identificar qual o dispositivo que está a causar lag? Ou mesmo ver qual ao tráfego por dispositivo?
Obrigado.
Wireshark pode ser uma solução.
Trocar por um router como deve ser, tem essa funcionalidade e muito mais…
O problema que levantas e muito relativo, pode ser um pc, pode ser a firewall ou ate mesmo **nomes estranho** problemas com a largura backplane da switchpanel do router.
Tenta descrever melhor o problema, e se quiseres usa o wireshark e verifica se realmente é um pc que esta a causar esse problema.
Há uns tempos vocês escreveram um artigo super interessante sobre o ping. Bem, foi à procura dele e pelos vistos já vai uns anitos
https://pplware.sapo.pt/linux/dica-desactivar-respostas-a-pings-no-linux/
Neste artigo está bem explicado o funcionamento do TTL. A partir daí comecei a usar, para distinguir equipamentos na rede e fazer uma filtragem para identificar os meus equipamentos, que não eram PCs
epHa nada de mais ne cara
Uma outra utilização do ping que põe o TTL em prática é o traceroute. Para fazer um traceroute, o host envia ao sistema alvo um pacote com TTL = 1, que irá “morrer” após o primeiro elemento no caminho, depois envia outro de TTL = 2, e por aí em diante até chegar ao destino final ou dar timeout (o tal limite de TTL 64).
André vê o artigo que o pplware publicou há uns anos atras. O TTL funciona por decrementos e não incrementos por cada router que passa. Além disso não começa no mesmo valor em todos equipamentos/sistema operativo.
O processo de traceroute está bem descrito, é mesmo assim que funciona hop-a-hop (começas com TTL=1, o que quer dizer que ao ser decrementado morre no próximo hop. Depois mandas com TTL=2, o que quer dizer que já só morre no outro hop. E por aí em diante…)
ou seja Não passas por nenhum router e tens TTL de 32, 64, 128?!?
Isto ajuda o entendimento do post ICMP
isso não me ajudou em nada quero mais clareza nas explicações, pretendo saber o de concreto o que faz o ping ou o ping da morte.
Excelente artigo a explicar o comando ping, acho que apenas está em falta a explicação do protocolo icmp de forma a complementar o mesmo: https://faqinformatica.com/protocolo-icmp
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