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Xiaomi: Lei Jun ganhou mil milhões em ações mas doará tudo à caridade

O atual CEO e cofundador da Xiaomi, Lei Jun, ganhou quase tanto como a empresa de smartphones Android no último ano (2018). Porém, o executivo chinês de 49 anos já garantiu que doaria esta maquia a instituições de caridade. Ainda assim, não deixa ser um feito incrível para uma empresa recentemente cotada em bolsa.

A empresa entrou na bolsa em julho de 2018 e para CEO, Lei Jun, as compensações foram milionárias.


Sendo sobretudo conhecida pelos seus smartphones Android com preços muito competitivos, a Xiaomi desdobra-se em várias áreas. Aliás, conta já com um vasto portfólio de produtos para o lar (domótica e eletrodomésticos). Já futuramente apostará nos serviços de streaming online de conteúdos, entre outras áreas.

A estreia da Xiaomi na bolsa deu-se em julho de 2018

Ainda que o primeiro impacto não tenha sido positivo, registando-se aí uma desvalorização de 30% das suas ações, a marca viria a recuperar. Aliás, mesmo antes disso, a empresa deu a saber que recompensaria o seu CEO pela atividade desempenhada pelo executivo, Lei Jun.

Nesse sentido, logo após a entrada da Xiaomi em bolsa, Lei Jun recebeu um total de 636 milhões de títulos da empresa por si liderada. Um total que foi avaliado em mil milhões de dólares norte-americanos. Aí, a tecnológica justificou esta ação com todo o serviço prestado pelo CEO durante os últimos oito anos.

Lei Jun, CEO, ao centro. Lin Bin, co-fundador, à direita.

Recordamos que Lei Jun fundou a Xiaomi a 6 de abril de 2010, tendo recentemente comemorado o 9.º aniversário da empresa. Portanto, em 2018 a mesma decidiu atribuir-lhe uma “recompensa pelos oito anos de devoção”. Aliás, na justificação o painel de administração frisou que não eram a primeira empresa a recompensar o CEO. Sobretudo após uma IPO, nem seriam a última a fazê-lo.

A Xiaomi vai além dos seus smartphones Android

Ainda de acordo com a peça do South China Morning Post, as compensações ao CEO rivalizam com os lucros da própria Xiaomi com os seus smartphones Android. Uma cifragem caricata e que acaba por confirmar a espartana margem de lucro imposta pela empresa aos seus dispositivos móveis e hardware – máximo de 5%.

Com efeito, em 2018 a Xiaomi totalizou 1,3 mil milhões de dólares, fruto sobretudo da venda dos seus smartphones Android. Por sua vez, Lei Jun amealharia mil milhões de dólares, fruto dos ativos financeiros por si detidos. Entretanto, o CEO já garantiu que vai doar esta quantia para propósitos de caridade.

Em 2018 a Xiaomi sentiu também os efeitos da desaceleração económica da China. Uma temática já bem documentada, fruto de um mercado saturado que motivou uma queda de 34% no volume de smartphones vendidos durante o último trimestre de 2018 nesse mercado. Uma quebra que afetou todas as tecnológicas.

O futuro da Xiaomi passa, também, pela Europa

Entretanto, a Xiaomi tem apostado em novos mercados. Seja na Índia, o 2.º maior mercado mundial de smartphones, já por si liderado. Ou mesmo na Europa, um grande mercado onde a empresa de Lei Jun já se implementou de forma sólida. Sobretudo no coração da Europa, em França e na Espanha.

Assim, confrontado com o grande retorno das ações, o CEO já tem um destino para a totalidade da soma em causa. Lei Jun prometeu doar “todas as ações relevantes, após qualquer dedução de impostos devidos, para pospastos de caridade”.

Ao mesmo tempo, Lei Jun é um acionista e membro não executivo do painel de administração da Kingsoft. Aí, já chegou a ser um dos principais executivo, entre 1998 e 2007, três anos antes de fundar a Xiaomi. Por fim, é também um investidor ativo, com participações no browser UCweb e na plataforma de live-streaming YY.

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