Tarifários: Ofertas “Zero Rating” passam a ser proibidas na Europa
Em 2018 a ANACOM fez um ultimato às operadoras MEO, NOS e Vodafone. Após a monitorização de ofertas zero-rating e outras similares, disponibilizadas pelos prestadores de acesso móvel à Internet, a ANACOM concluiu que estas violam o Regulamento Telecom Single Market (TSM) e o Regulamento do Roaming, no que respeita respetivamente às regras sobre a neutralidade da rede e sobre o roaming.
Agora a entidade reguladora das telecomunicações, a BEREC (Body of European Regulators for Electronic Communications) passou a proibir as ofertas zero rating na Europa.
O Zero Rating é uma prática comercial utilizada por alguns operadores de serviços de acesso à Internet, especialmente operadores móveis, na qual o volume de dados de serviços e aplicações específicas está incluído no limite mensal do volume de dados dos utilizadores.
Este tipo de tarifários promove uma variedade ampla de oferta para os utilizadores mais sensíveis aos preços, encorajando-os a utilizar serviços digitais.
A BEREC passou a proibir as ofertas Zero Rating tal como se pode ler neste documento. O novo entendimento do BEREC é de que o zero-rating não ajuda na neutralidade da rede. Segundo a entidade, os dados que circulam na internet não devem ser diferenciados. Quando isso acontece, a competitividade entre empresas é prejudicada.
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Finalmente!
Finalmente porque? Eu uso internet móvel essencialmente para Spotify que está incluído de “borla” o que me faz ter o pacote de dados mais básico uma vez que não preciso de mais, com isto vão obrigar a pagar por um pacote com mais dados, bela treta.
E se em vez de um pacote que traz “X” Gb + Spotify, existir um pacote de preço igual de “X+Y” Gb?
Ao usar um pacote Zero Rating está-se a retirar competitividade porque nos obriga a usar uma plataforma específica.
Chego a gastar 10gb em Spotify, duvido que eles me aumentem de 1gb que é o que eu tenho para 15gb. Portanto para mim eles não estão ajudar só a prejudicar porque ambos sabemos que isso nunca vai acontecer
Eu entendo o teu lado, eu tbm uso e abuso do spotify.
Porém é preciso ver uma cena, imagina o pessoal que por exemplo prefer tidal ou deezer, esses não têm essas vantagens e isso é injusto porque te obriga a mudar para a plataforma que as operadoras querem.
Ao usares uma plataforma obrigatória e sem limitações, podes usar 90% da capacidade de uma rede local, impedindo os outros de utilizar outras coisas.
A legislação tem por objectivo impedir essa utilização e evitar negócios anti-concorrência. Imagina que obtinhas o mesmo serviço do Spotify por metade do preço… só que tinhas de obter um tarifário que te desse 15gb, para poderes usar o outro serviço. Daí que irias querer pagar ao spotify pois ficava mais barato na soma entre internet+serviço. Algo que a UE não permite, a não ser que sejam tarifários de curta duração (até 6 meses).
Gastar 10Gb por mês em Spotify é simplesmente uma má gestão de dados associada a um consumo bastante elevado.
+1000
Vamos ver qual vai se o esquema que vão utilizar para dar a volta à coisa.
Na França e Alemanha os cartões de serviços sem limitações, passaram a ter valores fixos para alguns serviços (o do youtube, por 38 euros, podes ver 50gb de vídeos youtube e 20gb para outras coisas até gastares o tráfego ou teres activo durante 90 dias).
Por cá devem fazer o mesmo. Passam a dar um valor para aquele serviço e o tráfego é contado à parte.
Compram a musica ripam e metem no cartão de memoria do telele …
Os musicos agradecem …
Baixam os videos todos do tiktok/youtube e metem no cartão de memoria tb.
Não percebo esta prática. Qual a diferença entre o consumo livre de 10Gb no Spotify (por exemplo), e 10Gb em qualquer plataforma?
É sempre igual!
As operadoras não fazem um bom preço, só porque não querem, ou tem clientes para os preços que fazem!
Mas acabou!
a Spotify e outras pagam às operadoras por isto
A ANACOM está a criar uma imposição de regras que está criando um monopólio de tarifas e serviços prestados ao cliente onde acaba que todas as operadoras estão progressivamente a colocar no mercado o mesmo tipo de serviços com as mesmas ofertas e aos mesmos preços.
Criando receios perante as operadoras de procurar e colocar ao dispor do consumidor produtos variados que poderiam se enquadrar melhor com as necessidades dos clientes.
É uma pena que isto esteja a acontecer e não me parece que a atitude da ANACOM seja favorável ao consumidor.
Antes de comentários ignorantes e que apenas pensam no vosso proprio umbigo, informem-se sobre o que é a tão falada “neutralidade” e depois opinem.