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Quem mais ganhou com a política de privacidade do iOS 14.5? Afinal foi o Android

A decisão da Apple de limitar a informação que as apps podem recolher no iOS não foi bem recebido pelas grandes empresas. Habituadas a obter tudo o que queriam dos utilizadores, viram-se de repente privadas de todos esses dados.

Isso levou a algumas posições mais radicais, mas que não alterou a posição da Apple. Agora, e com esta medida já implementada e a funcionar, fica claro que quem mais ganhou com a nova política de privacidade do iOS 14.5 foi o concorrente direto, o Android.


A nova política de privacidade do iOS

Mesmo não sendo uma atualização de peso, o iOS 14.5 é um marco importante no campo da privacidade. Dá finalmente aos utilizadores a possibilidade de decidir se querem ou não que as apps recolham e usem a sua informação vai sendo gerada com a utilização do iPhone e do iPad.

Com uma adesão muito grande, os utilizadores optam por impedir esse acesso, o que acaba por limitar as apps. A falta desta informação impede que estas empresas possam usar os dados para publicidade ou para outro tipo de perfilagem.

Android foi quem mais ganhou com a mudança

O que agora foi revelado, pelo Wall Street Journal, vem mostrar uma outra realidade que resulta da nova política de privacidade do iOS 14.5. Apesar de ser focada nos utilizadores, quem mais parece estar a ganhar com esta novidade é mesmo o Android.

Este ganho resulta de uma mudança completa dos anunciantes, que passaram a apostar mais no sistema da Google. Ao ter dados menos granulares, as agências de publicidade acabam por reduzir os gastos no iOS. Este valor caiu em muitos casos para valores 30% mais baixo, tendo crescido muito no Android.

Tudo se foca agora no valor que a publicidade tem

Sendo uma opção que vem ativa no iOS, compete aos utilizadores decidirem quais as apps que podem usar os seus dados e de que forma. Segundo o que é revelado, estima-se que 70% dos utilizadores do iOS optaram por bloquear a recolha de informação para os anúncios, fazendo baixar o valor deste ativo.

É curiosa esta mudança, ainda que previsível. A falta de dados para criar informação relevante está a criar problemas aos anunciantes, que não conseguem perceber as tendências do mercado e dos utilizadores. Claro que a opção mais lógica é mesmo o Android, que ainda permite obter estes dados.

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