Pplware

Huawei absorverá a quota de mercado da Apple na China

Ainda que a Huawei deva sofrer uma queda notória nos mercados internacionais, no seu país natal, a China, o cenário será o oposto. Segundo as estimativas agora publicadas pela agência JP Morgan, a fabricante de smartphones Android deverá absorver grande parte da quota de mercado da Apple nesse país.

Ao mesmo tempo, a Apple deverá cair para níveis inferiores à metade dos valores expedidos em 2015.


Com o palco internacional cada vez mais adverso à Huawei, e com o medo a espalhar-se pelos consumidores, nem tudo está perdido para a Huawei. Com efeito, mesmo que esta guerra de atrito entre a China e os EUA possam roubar à tecnológica chinesa o 2.º lugar atualmente ocupado no mercado mundial, há boas notícias.

A China rejeitará a Apple, impulsionando a Huawei

As vendas da sua principal rival, a Apple, deverão cair para valores irrisórios ao longo de 2019 na China. Assim, de acordo com o relatório da agência JP Morgan, veremos a Huawei a absorver grande parte da quota atualmente pertencente à gigante de Cupertino. Para já, são “apenas” previsões de mercado.

Previsões que refletem as constantes investidas do governo norte-americana que têm tolhido as ambições da fabricante Android. Aliás, para as próximas gerações de smartphone podemos até ter que a apelidar de fabricante Ark OS. O seu futuro é tudo mesmo certo, mas o prognóstico é-lhe favorável na China.

Entretanto, os analistas da JP Morgan, de acordo com a AppleInsider, estão a tentar apurar o verdadeiro impacto económico da guerra comercial, de atrito, com os Estados Unidos. Para tal, escolheram a fabricante de smartphones Android como caso de estudo paradigmático.

Como subsistirá a Huawei sem o Android?

De acordo com a JP Morgan, não muito bem. Sobretudo nos mercados internacionais onde já vemos o interesse dos consumidores pela Huawei a esmorecer. Já para as demais fabricantes de smartphones Android sediadas na China, esta será uma incrível janela de oportunidade e que dificilmente se repetirá.

É, nesse sentido, que a agência de análise prevê um crescimento da Xiaomi, bem como da Oppo e da Vivo. No entanto, para já não conseguiram precisar exatamente quão significativo será o crescimento destas. Já, ao mesmo tempo, a Huawei deverá crescer bastante no seu mercado natal, enquanto a Apple encolherá.

 

 

Com efeito, esta agência sugere 220 milhões de unidades a ser vendidas pela Huawei em 2019. Uma forte diminuição nas expectativas face ao valor sugerido anteriormente, 250 milhões de unidades. Cumpre salientar que para estas estimativas da JP Morgan contribuíram os dados fornecidos pela IDC.

Queda da Huawei nos mercados internacionais, subida na China

Aprofundando o estudo deste valor, segundo as suas previsões, a Huawei deverá vender 120 milhões de smartphones na China. Já a cifra anteriormente prevista para os mercados internacionais – 130 milhões de smartphones Android – é agora revista em baixa, para 90 milhões de dispositivos móveis.

Para esta alteração do status quo contribui o bloqueio vigente aos serviços da Google, um forte ponto de venda dos smartphones Android. Deste modo, caso nada se altere, será mais difícil para a marca vender os seus terminais fora da China. Enquanto isso, espera-se um forte sentimento patriótico no seu país natal.

A Apple, de acordo com a JP Morgan, em 2019 venderá 27,8 milhões de iPhones na China. Em 2018 esta empresa vendeu 36,3 milhões no mesmo mercado. É uma queda forte que se torna abismal se tivermos em consideração o número de vendas em 2015, um total de 58,4 milhões de unidades.

Os mercados já reagiram às previsões da JP Morgan

A JP Morgan não especificou os motivos para a revisão em baixa do volume de venda de smartphones Apple na China. Contudo, vemos outros analistas a apontar uma crescente pressão no mercado chinês para preferir os produtos locais. Ao mesmo tempo, surgem também outras hipóteses, e sinais mais severos.

Com o preço das ações da AAPL em forte queda, vemos o mercado de capitais a reagir ao conflito entre os EUA e a China. Há, além disso, a hipótese de o governo chinês retaliar e aplicar um bloqueio completo aos produtos norte-americanos, estando a Apple na linha da frente.

A nação asiática tem mantido a calma, com Ren Zhengfei a rejeitar publicamente um boicote do género. No entanto, o mercado bolsista não acredita que a administração chinesa siga este exemplo.

Pondera adquirir algum dos novos smartphones Huawei?
Exit mobile version