Android deixará de ser open source? Google responde às preocupações dos utilizadores
Desde sempre que nos habitámos a ver o Android como um sistema aberto e que todos podem adaptar e usar nos smartphones. Os últimos tempos mostraram que isso poderá mudar criar uma nova linha de desenvolvimento, algo que está a ser criticado. Agora, a Google respondeu a todos e esclareceu se o Android deixará de ser open source.
Será que o Android deixará de ser open source?
O lançamento do Android 16 ficou marcado pela preocupação de muitos utilizadores e programadores. Perceberam que a Google eliminara duas funcionalidades essenciais para o desenvolvimento de ROMs personalizadas. Especificamente, a empresa não publicou os repositórios de hardware do Pixel nem as árvores de dispositivos.
Isto levou muitos a suspeitar que a versão de código aberto do Android (AOSP) está prestes a ser descontinuada. Agora, após vários dias de incerteza, a Google pronunciou-se sobre o assunto. Do ponto de vista contextual, as preocupações começaram a surgir após o lançamento do Android 16. Os programadores perceberam que o código-fonte que acompanhava esta versão para o AOSP não tinha os dois principais repositórios para o hardware do Pixel.
Embora o resto das funcionalidades estivessem disponíveis, a falta de inclusão destes elementos é um grande inconveniente para muitos programadores. Especificamente, aqueles que criam ROMs personalizadas para Android não conseguem desenvolver atualizações do sistema normalmente. Os investigadores também podem ter dificuldade em encontrar vulnerabilidades ou problemas de segurança no sistema.
We're seeing some speculation that AOSP is being discontinued. To be clear, AOSP is NOT going away. AOSP was built on the foundation of being an open platform for device implementations, SoC vendors, and instruction set architectures.
AOSP needs a reference target that is…
— Seang Chau (@seangchau) June 12, 2025
Google responde às preocupações dos utilizadores
O vice-presidente do Android, Seang Chau, respondeu rapidamente às preocupações dos utilizadores. Numa publicação no seu perfil do X, o executivo confirmou que a versão open source do Android “não Vai desaparecer”. Além disso, e dirigindo-se aos programadores, garantiu que a empresa continuará comprometida com as atualizações do AOSP.
Seang Chau falou ainda sobre o desaparecimento dos repositórios do Pixel. Deixa claro que esta foi uma medida intencional e que, no futuro, a versão open source do Android terá um “alvo de referência”. Este será mais flexível e independente do hardware da Google.
Embora esta seja uma grande desvantagem para muitos programadores, os utilizadores do Android não notarão nenhuma mudança significativa. Poderão ainda tirar partido da personalização e das múltiplas opções oferecidas pelo sistema operativo da Google para os smartphones.
Se o objetivo é aumentar a segurança e controlo das apps na Play Store (que diga-se que está um caos) é sempre uma mais-valia.
Não tem nada haver com isso. Podem dizer que não mas mais tarde ou mais cedo vão fechar o sistema.
Isto não tem nada a haver com a store… tem a haver com o SO de cada telemóvel/tablet.
A Alphabet disponibiliza o código fonte, com as ferramentas, para o alterar. O que muda é que há 2 secções, que já vinham montadas: drivers pixel e árvore de funções. Para qualquer “developer”, bastava trocar, os drivers pixel, pelos do modelo, que queria suportar e manter, a árvore de funções, adicionando e/ou retirando opções. E tinha SO para aquele modelo. Para outros, bastava trocar drivers e disponibilizar. Rápido e simples. Só que, isso levou a existirem milhão de milhões, de modelos suportados. A Google não quer isso. Qualquer hack ou falha, culpam o Android. Se obrigarem a que sejam equipas próprias, a fazer o desenvolvimento, baseado nas informações, exige muito mais trabalho e não ajuda nada, hackers. pois cada modelo passará a usar um modelo diferente, para drivers e funções.
Um exemplo é o hack para roubar adicionar contactos ao whatsapp, que existe, desde 2018, que permite, visitar um site e um banner, inscreve/recolhe contactos, da app, sem que o utilizador dê por isso. A Meta tem tentado mudar a forma mas, depende do Android e do IOS. Se a base tem aquela opção disponível, quem saiba pode usar. No android 15, essa função já funciona, de forma diferente. 99,9%, desses ataques não funcionam, pois precisam de autorização do utilizador, que não a dá, ao ver um contacto, desconhecido, ligar-lhe.
O que a Google fez é que, 99,9% dos “desenvolvedores”, deixaram de ter a raiz, em que só precisavam mudar os drivers (para os dos dispositivos que queriam usar), limitando-se a mudar o nome dos ficheiros, mantendo tudo, facilitando, nos updates seguintes, bastava injectar aqueles drivers (e as apps adicionadas), na nova versão, disponibilizar o update.
Para as empresas, o sistema continua igual. Tem de montar, os drivers, baseados na informação aceite, assim como a árvore de serviços. Colocar na secção correspondente, testar e disponibilizar para aquele modelo. Isto irá reduzir os 9472943 milhões, de modelos que usam o Android.
Sim, irá dar muito mais trabalho, por exemplo, ao LineageOS, pois não basta adicionar os 53mb, de drivers, na secção Pixel, e remover apps, da árvore, adicionando outras. Sem saber as estruturas, terão de as montar, baseadas no que vão encontrando, das marcas, que usem as beta, para os seus utilizadores. Não é um sistema fechado mas, irá ficar muito mais caro, para muitas marcas, pois não bastam 3 jovens, para preparar o novo SO, para 500000 modelos diferentes.
“O Android” tem duas componentes – o Android AOSP open source, e o Android GMS (Google Mobile Services) que é software proprietário, da Google, que o impõe, segundo regras restritas, aos fabricantes OEM de dispositivos Android.
Há anos e anos que a Google vem esvaziando o Android AOSP, transferindo cada vez mais funcionalidades para o GSM (para além dos serviços Google). Há quem não dê por nada e diz que “o Android” é open source.
Tranquilizem-se, o que resta do Android AOSP, que para pouco serve, continua open source 😉