As redes sociais têm partilhado a sua intenção de regulamentar, cada vez mais, o conteúdo que circula nas suas plataformas. Apesar de quase todas o quererem fazer, um novo estudo revelou, agora, que o YouTube é mais eficiente no combate da desinformação do que o Facebook e o TikTok.
O estudo concluiu que o YouTube foi a plataforma que mais bem se saiu na moderação do conteúdo.
Em parceria com uma equipa da Universidade de Nova Iorque, a Organização Não Governamental (ONG) Global Witness testou o TikTok, o YouTube e o Facebook através da publicação de conteúdos falsos em cada uma das plataformas. O estudo foi realizado nos Estados Unidos da América e consistiu na partilha de informações relativamente às eleições intercalares.
De acordo com os resultados divulgados pela Global Witness, o TikTok aprovou 90% das publicações com informações falsas, e o Facebook também deixou passar um “número significativo” delas. Por sua vez, o YouTube foi capaz de barrar todo o material utilizado nos testes.
Os resultados demonstraram que o TikTok e o Facebook são ineficientes na hora de impedir a partilha de informações falsas sobre política.
Numa experiência similar, realizada antes das eleições brasileiras, o Facebook e o YouTube aceitaram absolutamente todos os anúncios que continham desinformação.
Lê-se no texto da partilha de resultados da Global Witness.
Na opinião de Jon Lloyd, Senior Advisor na Global Witness, “este já não é um problema novo”. Afinal, “durante anos, vimos processos democráticos fundamentais serem minados pela desinformação, mentiras e ódio serem difundidos nas redes sociais”, e as próprias empresas reconhecem o problema.
Mas esta investigação mostra que elas simplesmente ainda não estão a fazer o suficiente para impedir o aparecimento de ameaças à democracia nas suas plataformas.
Chegar à tecnologia e depois lavar as mãos do impacto não é um comportamento responsável por parte destas empresas massivas que estão a ganhar dinheiro. É mais do que tempo de porem as suas casas em ordem e de começarem a recorrer devidamente à deteção e prevenção da desinformação, antes que seja demasiado tarde.
Afirmou Lloyd, garantindo que “a nossa democracia repousa na sua vontade de agir”.
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