Tem havido um grande descrédito relacionado com as redes sociais. Casos de escândalos políticos, manipulações de consciências, fuga de informação privada e atentados à justiça democrática têm sido apontados todos os meses. Tudo graças às notícias falsas que vagueiam no WhatsApp, Facebook e afins. Lembra-se das eleições presidenciais americanas? Lembra-se das eleições presidenciais brasileiras?
Para tentar conter as notícias falsas, o WhatsApp exclui 2 milhões de contas por mês. Mas o que está por trás destes esquemas?
Medidas profiláticas de combate às fake news
Segundo informações, o WhatsApp está a tentar implementar um leque de medidas para combater o grave problema das notícias falsas. Estas medidas passam pela atribuição de bolsas de estudo, criação de um oficial de reclamações e rótulos em mensagens enviadas.
Contudo, a empresa emprega igualmente um método “tradicional”: excluir contas imediatamente. O serviço de mensagens revelou num relatório que está a excluir 2 milhões de contas por mês. E, em muitos casos, os utilizadores nem chegam a reclamar.
WhatsApp nem pergunta duas vezes
A imagem dos serviços foi de tal modo beliscada que, cerca de 95% dos infratores são excluídos logo após o WhatsApp detete atividade “anormal”, disse Matt Jones à imprensa.
A ideia é perceber o comportamento para ter uma ação pró-ativa. Ainda que muitos dos utilizadores excluídos nem se dão “ao trabalho” de criar diálogos, ou ter uma presença humana de registo. Mal se inscrevem começam logo a enviar uma enxurrada de mensagens.
O funcionário da empresa, Carl Woog, acrescentou que essas contas são logo bloqueadas e banidas, sempre que se detete envio de mensagens em massa.
Na Índia chegam estas medidas?
Se será suficiente ou não, bom, isso é outra história. Isto porque a Índia é um caso pródigo de notícias falsas numa medida atroz e que exige medidas severas. Por exemplo, quem não se lembra do caso das “Notícias falsas no WhatsApp mataram literalmente 20 pessoas em dois meses”?
Em breve, já no próximo mês de abril, serão realizadas eleições na Índia. No entanto, não é segredo que as equipas dos partidos políticos estão permanentemente a tentar contornar as regras e os limites do reenvio de mensagens. Eles estudam formas de ultrapassar os mecanismos para enviar em lotes a sua propaganda.
Na verdade, e tal como já vimos no passado, basta um punhado de contas para espalhar milhares ou milhões de boatos e, dificilmente, o WhatsApp conseguirá apanhar todas e levar à justiça os culpados. Abril é já ali ao virar da esquina.