Aos poucos, os governos estão a virar as costas ao TikTok, assumindo uma desconfiança relativamente ao armazenamento de dados e a um possível acesso a informações críticas. Depois de os Estados Unidos da América (EUA) e da Europa, agora, foi a vez do Canadá proibir os seus funcionários de utilizarem a aplicação.
No ano passado, conforme vimos aqui, o Comité de Administração da Câmara dos Representantes dos EUA anunciou que iria proibir que os dispositivos móveis geridos pelo órgão tivessem o TikTok instalado, “devido a uma série de riscos relacionados com a segurança”.
Poucos meses depois, em fevereiro deste ano, a Comissão Europeia fez um anúncio semelhante, estipulando o dia 15 de março como horizonte temporal para a desinstalação da plataforma de entretenimento dos dispositivos governamentais.
A desconfiança parece estar a alastrar-se com mais países a tomar a mesma decisão. O Canadá juntou-se às duas potências e declarou, recentemente, que os funcionários públicos têm de apagar o TikTok dos seus smartphones, numa iniciativa que deverá servir de inspiração a empresas e indivíduos. Conforme partilhou o primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, esta poderá ser apenas a primeira de várias medidas.
Embora não haja evidência que comprove que a informação do governo foi comprometida, assim como já havia sido justificado pelos EUA, a presidente do Conselho do Tesouro do Canadá, Mona Fortier, explicou que o TikTok representa “um risco inaceitável”.
A par deste, há alguns dias, também a Dinamarca pediu aos seus deputados e funcionários para desinstalarem a aplicação dos seus smartphones oficiais, por “risco de espionagem”.
Decisão do Canadá já recebeu comentários da China e do TikTok
De acordo com a Reuters, uma porta-voz do TikTok admitiu considerar a proibição “curiosa” e questionou o facto de a mudança ter sido declarada “sem citar quaisquer preocupações específicas de segurança”.
Por sua vez, o governo da China também se manifestou, pelas palavras de Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Durante uma conferência de imprensa, dirigiu-se ao governo dos EUA, dizendo que está “a generalizar o conceito de segurança nacional” e “a abusar do seu poder”, e questionando: “Como estará a principal superpotência mundial para ter medo da aplicação preferida dos jovens?”.
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