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NASA diz que ‘anomalia’ no campo magnético da Terra está a dividir-se

A Terra alberga vida porque existem características propícias para tal. O Sol está à distância certa do planeta, há abundância de água líquida, mas distribuída a não cobrir todo o solo. Além disso, temos uma atmosfera agradável e densa que nos protege da radiação e dos vários perigos vindos do espaço. Contudo, o escudo da Terra é o campo magnético, este protege a nossa atmosfera de partículas carregadas que voam pelo espaço e que, de outra forma, a rasgariam lentamente.

O campo magnético tem sido alvo de muita atenção, pelas mudanças que tem sofrido e agora os cientistas observaram alterações muito intrigantes.


Campo magnético da Terra está a dividir-se

Os cientistas que estão a investigar as alterações no escudo do planeta detetaram o que eles chamam de “falha” no escudo magnético da Terra. Esta característica relaciona-se à Anomalia do Atlântico Sul. O campo magnético está a dividir-se!

Este fenómeno, no curto prazo, poderá criar uma dor de cabeça às empresas proprietárias e gestoras de satélites, já que a proteção aos seus equipamentos espaciais nesta região seria reduzida.

 

O que nos poderá acontecer a longo prazo?

Bom, são várias as possíveis teorias, mas na realidade não se sabe ao certo o que significará para a vida na Terra esta divisão do escudo magnético.

Apesar dos cientistas já saberem sobre esta estranha característica no campo magnético da Terra há algum tempo, só recentemente se percebeu a alteração gradual. Como tal, os investigadores acreditam que a “falha” está agora a dividir-se em duas metades, o que está a deixar os cientistas intrigados e a perguntar o que está a acontecer exatamente.

Conforme pode ser visto nas imagens da NASA, observar mudanças no campo magnético é uma coisa, mas detetar as forças em ação que estão a impulsionar a mudança é um pouco diferente. Os cientistas observaram mudanças nos padrões magnéticos nas profundezas da Terra e descobriram que há algumas coisas seriamente estranhas a acontecer na área imediatamente abaixo da anomalia.

À medida que o movimento do núcleo muda ao longo do tempo, devido a condições geodinâmicas complexas dentro do núcleo e na fronteira com o manto sólido acima, o campo magnético flutua no espaço e no tempo também. Estes processos dinâmicos no núcleo propagam-se para o campo magnético ao redor do planeta, geram assim a SAA e outras características no ambiente próximo à Terra – incluindo a inclinação e a movimentação dos polos magnéticos, que se deslocam ao longo do tempo.

 

Estará a vida ameaçada com a evolução da Anomalia do Atlântico Sul?

Segundo o investigador da NASA, Weijia Kuang, a Anomalia do Atlântico Sul que está a ser observada, também pode ser interpretada como uma consequência do enfraquecimento do domínio do campo dipolo na região. Está a crescer na região do Atlântico Sul um campo com polaridade invertida. Assim, nesta área o campo magnético tem uma fraca intensidade, mais fraco do que nas regiões vizinhas.

Os cientistas não acreditam que a estranha depressão no campo magnético representará uma ameaça à capacidade do nosso planeta de sustentar a vida. Segundo afirmam, para tal, seria necessária uma mudança muito mais dramática na magnetosfera da Terra. Situação que poderia desencadear eventos que ameaçariam a nossa existência.

Enquanto isso, os cientistas continuarão a estudar a anomalia. A ideia é aprender mais sobre como as forças dentro de nosso planeta estão a afetar o seu campo magnético.

 

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