A Europa está altamente dependente de outras nações no que a matérias diz respeito…, mas não é a única. Consciente do impacto que tem no mundo neste sentido, a China está a ponderar proibir a exportação de tecnologia solar.
O objetivo é claro: não perder o domínio.
A invasão da Ucrânia pela Rússia e toda a história que se desenrolou desde aí deixou a Europa em alerta. Afinal, os países não são autossuficientes e dependem, largamente, de fornecimento estrangeiro. Por se saberem dependentes de outras nações, as europeias estão a tentar criar estratégias de crescimento em várias linhas, nomeadamente, em energias renováveis.
Além da manipulação das matérias-primas, também as tecnologias são essenciais para garantir uma cadeia de fornecimento sólida. Ora, as empresas chinesas passaram a última década a desenvolver tecnologia para produzir wafers maiores e mais finos, reduzindo o custo da energia solar em mais de 90%. Estas placas de silício ultrafinas têm uma forma quadrada e são montadas nos painéis solares.
Esse investimento deu frutos e, atualmente, a China assume um claro domínio na produção de wafers, assegurando 97% da produção mundial.
Perante esta liderança, os Ministry of Commerce e Ministry of Science and Technology da China estão à procura de feedback sobre as revisões propostas ao Catalogue of Export Restricted Technologies. Essas alterações poderiam incluir uma proibição de exportação de métodos de fabrico para a produção de wafers solares avançados.
O catálogo revisto tem um total de 139 itens, dos quais 24 tecnologias são proibidas e 115 tecnologias são restritas.
Explicou o Ministry of Commerce, numa declaração pública, posteriormente traduzida para Inglês.
Para os especialistas, esta tentativa da China de estreitar as exportações tem como objetivo manter o seu domínio na produção solar, numa altura em que há vários países a tentar dar cartas.
A mudança ainda está sob consulta pública, pelo que ainda não foram tomadas decisões. O período para comentários encerra no sábado.
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