O Rumo da Tecnologia em 2010
O Pplware convidou algumas das mais influentes personalidades do mundo da tecnologia para falarem um pouco sobre a tendência do mercado para 2010.
Para abrir este ciclo de opiniões, apresentamos uma visão do Director Portal Sapo, Tiago Silva Lopes.
O consumo de media em 2010
A alteração nos hábitos de consumo de media é um facto incontornável, em particular nos últimos anos, não só no PC mas também em meios mais tradicionais como a TV ou emergentes (na vertente de consumo de informação) como o Telemóvel.
Muito irá mudar certamente durante 2010, num mundo cada vez mais convergente e onde a inovação é cada vez mais rápida. Neste artigo identifico aquelas que, na minha opinião, serão as tendências mais marcantes deste ano em cada uma das plataformas.
O consumo de TV, constituído no passado essencialmente por um catálogo de canais broadcasted para uma vasta audiência, tem vindo a ser substituído por uma experiência de consumo não linear que valoriza a interactividade e a possibilidade de consumo on demand de conteúdos e serviços, preferencialmente em alta definição. Já existem hoje vários projectos de canais de TV não lineares com conteúdos interactivos e em HD que exploram estas necessidades e a tendência será de que venham a conquistar uma boa parte da audiência em TV no curto prazo.
Adicionalmente, e como consequência da progressiva convergência de plataformas e aparelhos, estão criadas as condições para o surgimento de um novo marketplace para IPTV explorando as potencialidades destas novas plataformas, nomeadamente com a criação de aplicações e widgets baseados em tecnologias abertas que permitam o consumo de cada vez mais conteúdos de forma interactiva através da Internet na TV.
No telemóvel existem ainda algumas limitações ao consumo de conteúdos: a percepção dos consumidores relativamente aos preços do acesso à Internet no telemóvel (consideram elevados), velocidades baixas comparativamente com a velocidade de referência no PC especialmente para o consumo de conteúdos multimédia, terminais com capacidades reduzidas em termos de adaptação de conteúdo, múltiplas plataformas e falta de standards e normalização.
Contudo, existe claramente uma tendência de diminuição dos custos de navegação com o lançamento de flat fees por parte dos operadores, com velocidades mais apetecíveis e equipamentos que oferecem uma experiência de navegação cada vez mais user friendly e idêntica à do PC. Consequentemente, a experiência de consumo de conteúdos no telemóvel tem passado progressivamente dos walled gardens dos Operadores e Portais para uma experiência muito mais rica em termos de conteúdos, widgets e aplicações nativas de qualidade.
No PC, a Web 2.0 veio revolucionar a forma de produção, partilha e acesso à informação e consequentemente proporcionar um maior engagement com os utilizadores. Com o boom do fenómeno de user generated content e as potencialidades de monetização do fenómeno de long tail, cada vez mais se irá falar em aproximações multi-plataforma em termos de publicidade recorrendo ao behavioral targeting.
A grande tendência no entanto no consumo de media, já em 2010 e no futuro, não diz respeito a uma plataforma em particular mas à integração entre as várias plataformas numa experiência de utilização única e interactiva que proporcione o consumo de media e informação adequado a cada utilizador, on demand, anytime, anywhere. Depois de muitas falsas partidas parecem estar reunidas todas as condições para este ser o ano da afirmação do multi-screen approach.
Este artigo tem mais de um ano
Parabêns ao blog de vocês , sempre atualizado e com boas noticias!
“A grande tendência no entanto no consumo de media, já em 2010 e no futuro, não diz respeito a uma plataforma em particular mas à integração entre as várias plataformas numa experiência de utilização única e interactiva que proporcione o consumo de media e informação adequado a cada utilizador, on demand, anytyme, anywhere. Depois de muitas falsas partidas parecem estar reunidas todas as condições para este ser o ano da afirmação do multi-screen approach.”
Ai está uma coisa interessante…… a integração entre várias plataformas =) verdade que isso é o futuro.. uma junção de ferramentas para a construção de uma mais poderosa 😉
Well…. uma espécie de gmail juntamente com um pouco de Microsoft a mistura havia de ser giro xD
Embora concorde contigo, acho que era melhor para o mundo se esses dois gigantes nunca se unissem senão aí é que o caldo estava entornado lol
http://goldenticket.blogs.sapo.pt/
Mesmo…. ia dar encrenca mesmo =D por isso que era giro
Concordo com a visão estratégica que é apontada no texto. Entendo que a optimização das tecnologias e a sua maior utilização levem a um maior consumo que por sua vez fará diminuir o preço dos serviços. No entanto antevejo um período negro para a TV. As redes sociais estão a afastar as pessoas da frente da TV.
Á medida que os smsrtphones forem agregando mais conteudo multimédia o publico mais jovem dedicará ainda mais atenção a este meio de comunicação.
As pessoas estão de facto a desviar a atenção dos meios tradicionais de informação. Os jornais, revistas e a própria televisão, estão a ser substituídas pela Internet e pelos muitos serviços anexos: como os serviços para telemóveis e para os netbooks.
Nas escolas, se já têm computadores (Magalhães e e-escolas), Internet e material acessório, para quê comprar livros? Não os podem descarregar em PDF e pagar por esse serviço às editoras?
As redes sociais poderão ser instrumento de formação individual, onde a escola poderá ter um papel determinante?
Se a ideia for agregar vários serviços disponíveis na web, porque não modernizar as técnicas de educação?
Mais e melhor formação especifica para os docentes e a mecanização de serviços ao dispor dos alunos.
Fazer a ponte com o mundo moderno e o mundo escolar que evoluir a reboque, sempre com um lag de alguns anos… se não mesmo de uma década.
Antes de mais parabéns pelo artigo que espelha aquilo que se começa a viver e algumas ideias de um futuro (próximo).
Na minha opinião a maioria da tecnologia passará pelo conceito de ” computação ubíqua” Anywhere/Anytime.
Aproveito para deixar algumas questões:
– Será este o ano do IPv6?
– Qual o futuro das Redes Sociais?
– E o futuro dos sistemas operativos?
– Teremos CiberEscolas?
– e a Internet em si, o que mudará?
Pedro Pinto
–PPLWARE–
Sei que é retórica, Pedro, mas deixa-me tentar responder, partilhando a minha opinião em relação a 2010.
– Será este o ano do IPv6?
R: Definitivamente não.
– Qual o futuro das Redes Sociais?
R: Mais e melhor integração com dispositivos móveis. Monetização de conteúdos premium.
– E o futuro dos sistemas operativos?
R: Em 2010, manutenção. Nunca inovação. No PC não vão haver novidades, Apple idem. Windows Mobile 7 será lançado, mas seguirá as pegadas da Apple, iniciadas há uns 3 anos atrás. Portanto, inovação neste campo (SO’s) neste ano, nada.
– Teremos CiberEscolas?
R: Nunca haverá implementação da ciber-Escola, é essencial a presença pessoal, então quando se trata de educar crianças é determinante.
– e a Internet em si, o que mudará?
R: Haverá mais e mais utilizadores na rede, conteúdos cada vez mais ricos. Convergirá para outros dispositivos e aplicações que não o Computador.
Não querendo parecer a Maya, a meu ver 2010 será um ano de continuidade e não de “breakthroughs”.
Boa Filipe,
Gostei das tuas resposta.
Obrigado pela tua visão e feedback
Pessoalmente acho que 2010 vai ser MUITO interessante ao nível de telemóveis e dispositivos portáteis, vai ser o ano dos “Tablet” e do “iPhone 2010” com grande potência e um SO novo “iPhone OS 4.0”.
Estes novos brinquedos vao trazer mais gente dos desktop/portáteis para a era “netbook/tablet” e “always online” com planos de internet móvel.
Na minha opiniao cada vez mais:
1) as pessoas deixam o computador fixo (desktop)
2) o portátil típico de >13″ fica em casa +- fixo
3) as pessoas acedem 90% do tempo à internet, mail e redes sociais por um telemóvel / tablet / netbook
4) as pessoas cada vez mais deixam a TV e passam a estar mais em contacto com os amigos, nem que seja pela internet (redes sociais) – O QUE É OPTIMO!
5) começa o declínio da TV como a conhecemos de conteúdos fixos e as pessoas começam a ver filmes / séries quando querem/o que querem (daí que MUITA MUITA MUITA gente saca da internet os filmes/séries e vêem daí e NAO da TV emitida)
Antes de mais quero dar os parabéns à SAPO pelas ferramentas como SAPO BANCA, SAPO FILMES, etc que ALÉM DE SEREM ferramentas ULTRA INFORMATIVAS e ULTRA ÚTEIS, sao ferramentas suportadas por várias plataformas!!! OS MEUS PARABÉNS!!!
Relativamente ao ponto 5: as empresas de INTERNET (independentemente se as pessoas sacam ou nao) em limites acima de 20Gb/mês deviam cobrar uma taxa por direitos de autor e as pessoas poderiam sacar o que quisessem! As pessoas sacam e sacam, a caça às pessoas nao faz sentido e também NAO faz sentido nao se pagarem direitos de autor.
Pessoalmente NAO me importava de pagar mais 5€ (até 60Gb/mes) ou 10€/mes (ilimitado) mas saber que poderia sacar o que quisesse e ainda por cima de modo legal!
Isso de pagar direitos de autor na conta do ISP é tem muito que se lhe diga, 20GB por mês dá para muitos álbuns de musica e filmes, mais dos que saem. E para quem ia o dinheiro dos direitos de autor, se eu só fizesse download de musica ia pagar por filmes e vice-versa.Um software que custe mais ia receber mais que os outros ou recebia o mesmo?
E “poderia sacar o que quisesse e ainda por cima de modo legal!”, esperavas que te dêem um numero de serie dos softwares e jogos ou continuavas a usar crack. 10€ para ter tudo legal era um bom negocio para o cliente, para as empresas…
E porque razão iam as pessoas que gastam muito tráfego(legal) ter de pagar direitos de autor, porque sim?
Boas!
Experimenta lá a ver um streaming de tv online (um canal aberto por exemplo), do tipo 1 hora por dia, todos os dias, e vê lá quanto de download não farias
anytyme ou anytIme?
Concordo com o que já foi dito anteriormente sobre a possibilidade duma maior aproximação entre as diversas plataformas, de forma a tornar a informação mais acessível onde e quando quer que seja (para o bem e para o mal). No entanto foi também introduzida uma outra característica que a meu ver é extremamente importante neste contexto, especialmente a nível de Marketing, que se trata da possibilidade de recolha de dados do consumidor duma forma mais abrangente.
Com esses dados torna-se muito mais fácil e simples construir bases de dados de conhecimento onde podem ser identificadas tendências, hábitos, rotinas do consumidor, e por aí fora. Para as Empresas detentoras desses dados será como se uma Mina de ouro se abrisse à sua frente, tal a forma como essas informações são importantes para Agências de Media e para as próprias marcas.
Quanto a 2010, estou convicto que a Televisão irá continuar a ser um Meio de excelência (para as próprias Marcas), embora também como já foi dito anteriormente perdendo consumidores dentro de algumas franjas da população. No entanto irá continuar a ser o principal meio em Portugal de comunicação, pelo menos por enquanto. A Rádio, e Imprensa continuarão a sua árdua tarefa para se manter ao de cimo da linha de água, enquanto a Internet irá continuar a sua escalada imperial.
sr Tiago Silva Lopes quando a sapo vai ter um serviço em condições sem falhas a fartazana e terá um serviço de apoio a clientes digno de ser cobrado? acho que estas são as 2 questões mais importantes que ele poderia responder pois devem de ser para ai 90% de interesse dos clientes do sapo .