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Volkswagen apresenta plano de redução de custos para manter as fábricas alemãs abertas

Com a estabilidade da empresa ameaçada, a Volkswagen apresentou um plano de redução de custos que poderá manter as fábricas alemãs abertas.


As últimas semanas têm sido tumultuosas para a Volkswagen, que vê a sua estabilidade ameaçada pela diminuição da procura na Europa e pela intensificação da concorrência da BYD na China, segundo o diretor-executivo da empresa, Oliver Blume.

De facto, desde o fecho de fábricas, na Alemanha, até ao corte dos salários dos funcionários, muitas têm sido as notícias que dão conta de uma reestruturação da Volkswagen, no sentido da competitividade.

Na voz de Daniela Cavallo, chefe do conselho de trabalhadores e membro do conselho de supervisão da Volkswagen, há uns dias, o esforço para uma redução de custos poderia ameaçar “dezenas de milhares” de empregos na Alemanha.

Conforme um novo plano apresentado pela Volkswagen, a redução de custos não deverá custar empregos, mas antes salários. Afinal, o principal negociador da fabricante de automóveis, Arne Meiswinkel, revelou que o plano, cujas medidas procurarão apoiar a marca, inclui um corte salarial de 10% e uma revisão do sistema de prémios.

Em 30 de outubro, após conversações com os líderes sindicais, Arne Meiswinkel assegurou que a direção está aberta a qualquer discussão que permita atingir os objetivos financeiros da Volkswagen.

Mais do que isso, garantiu que os salários permanecerão “altamente atrativos”, depois dos cortes.

A empresa não abordou diretamente a questão do potencial encerramento das fábricas na Alemanha. Contudo, tanto a direção como os líderes sindicais avisaram que essa possibilidade continua de pé, caso não cheguem a um acordo sobre a redução dos custos.

Só se encontrarmos soluções em conjunto para atingir os nossos objetivos financeiros é que poderemos imaginar perspetivas concretas para as unidades alemãs e uma possível segurança de emprego.

Horas antes das negociações, a Volkswagen apresentou o seu trimestre menos rentável dos últimos anos, reforçando os argumentos do executivo para a adoção de medidas drásticas na Alemanha.

 

Fábricas alemãs custam muito dinheiro à Volkswagen

Além do contexto atual do mercado automóvel, o diretor financeiro da Volkswagen, Arno Antlitz, afirmou que, apesar de a marca continuar a saber como construir grandes carros, os custos de produção “estão longe de ser competitivos”.

Na perspetiva da direção, o funcionamento das fábricas alemãs é muito mais dispendioso do que o das concorrentes, devido aos elevados custos dos trabalhadores e da energia.

As propostas da Volkswagen deverão espoletar negociações mais complexas, estando a próxima ronda agendada para 21 de novembro.

 

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