A Tesla está a puxar o conceito de condução para um patamar onde o carro elétrico é um garante da segurança dos seus passageiros. Desta forma, temos visto a marca a equipar os seus veículos com tecnologias nunca vistas nas estradas. Atualmente, nos modelos já no mercado, o condutor é auxiliado por um sistema semiautónomo de condução, mas a Tesla promete mais… muito mais.
Para que se perceba de onde vem a capacidade de condução autónoma dos seus veículos, a empresa revelou um fantástico vídeo. Nele podemos perceber como um Tesla “vê” a estrada e tudo que a rodeia.
A condução autónoma completa de Tesla não chegará até 2020. Pelo menos isso resulta das promessas de Elon Musk, que no passado já foram comprovadas que nem sempre são bem-sucedidas. O que temos hoje com o Piloto Automático não é exatamente um sistema de direção 100% autónomo, mas é catalogado nos diferentes níveis de automação como nível 2.
Atualmente, este tipo de sistema ainda tem de ser melhorado, podendo ainda ter fragilidades que podem ser exploradas para enganar os carros.
Tesla mostra o que os seus carros estão a ver
Conforme foi avançado, a Tesla publicou um novo vídeo sobre como funciona a visão computacional do seu sistema piloto automático. Um pequeno clip onde nos colocamos nos “olhos” do sistema Tesla e nos permite entender que tipo de deteção este faz em tempo real, enquanto se move ao longo da estrada.
Para promover o seu sistema de piloto automático, a Tesla criou uma secção no seu site específica para este sistema. Andrej Karpathy, diretor de inteligência artificial e visão computacional da Tesla, quer expandir a equipa dedicada a esta tecnologia. Assim, a estratégia é mostrar o conhecimento adquirido e para projetar este departamento da Tesla, a equipa forneceu mais informações e algum material gráfico, como este vídeo de 30 segundos publicado em cima.
Conforme explicado pelo próprio site:
Desenvolvemos e implantamos autonomia em escala. Acreditamos que uma abordagem baseada em inteligência artificial avançada para visão e planeamento, apoiada no uso eficiente de hardware de inferência, é a única maneira de obter uma solução geral para concluir a condução autónoma”.
Para tentar conseguir esta direção completa, a Tesla está a contratar engenheiros para os departamentos de hardware, redes neuronais, algoritmos de autonomia, fundamentos de código e avaliação de infraestrutura.
Novo Supercomputador pode ser o salto que faltava para a condução autónoma
A empresa de Elon Musk está a apostar todas as fichas no novo supercomputador ‘Full Self Driving’ (FSD). Este, que anteriormente era conhecido como ‘Autopilot Hardware 3.0’, está presente pela primeira vez numa board e chip próprio com o qual a empresa tenta obter uma condução autónoma total.
De acordo com os dados técnicos oferecidos, o seu sistema é capaz de processar até 2,5 gigapixels por segundo e 36,8 TOPS. O que seria o equivalente a duas vezes e meia o desempenho da atual solução de piloto automático, de acordo com os dados da própria Tesla.
Portanto, com este hardware de terceira geração, o piloto automático é capaz de processar até 2.300 frames por segundo. Como resultado, a máquina irá permitir uma resposta mais rápida e precisa. Aliás, aqui a necessidade não é só captar, é captar, classificar, avaliar e decidir.
No vídeo vemos os tempos de resposta e a quantidade de informação captada, atualmente é já muito alta a capacidade de avaliar e perceber. Nesse sentido, 2020 poderá ver um salto importante no futuro da condução totalmente autónoma.