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Trump: Carros elétricos “não vão funcionar”

No final do mês de maio de 2017, Donald Trump retirava os EUA do Acordo de Paris. A saída do pacto firmado por 195 países, assinalou uma linha divisória histórica, deu-se uma rutura decisiva. Os EUA, o segundo maior emissor global de gases de efeito estufa, tinham agora uma posição de resistência em relação às políticas ambientais. Trump por diversas ocasiões negou que o aumento das temperaturas se deva à mão do Homem.

Numa entrevista à Fox News, na semana passada, o Presidente Americano revelou a sua opinião pessoal sobre os carros elétricos, e não foi uma surpresa.


Trump – “os carros elétricos não vão funcionar”

O presidente dos Estados Unidos tem uma posição contrária aos indicadores que o mundo científico tem dado. O planeta precisa de políticas ambientalistas, redução dos gases que provocam efeito de estufa na atmosfera e medidas de proteção das áreas verdes.

A doutrina America First (América Primeiro), mistura de patriotismo económico e decisões controversas, lançou a Casa Branca contra todas as previsões.

Trump, quando entrevistado no canal Fox News, disse que “os carros elétricos não vão funcionar”, referindo-se à meta da General Motors de iniciar a sua transição para “um mundo com zero acidentes, zero emissões e zero congestionamentos”.

A multinacional americana anunciou, no passado ano, que lançará 20 novos modelos híbridos, plug-in e elétricos até 2023, com o objetivo de atender aos mais rigorosos padrões de emissões na China, Europa, Califórnia e outros territórios.

 

Referindo-se ao anúncio que o CEO da GM, Mary Barra, proferiu, Trump disse:

Eles mudaram todo o modelo da General Motors. Tornaram-se totalmente elétricos. O sistema totalmente elétrico não vai funcionar… É maravilhoso tê-lo numa percentagem dos seus modelos, mas o que estão a fazer, acho que é um erro “.

A GM anunciou no mês passado que fecharia cinco fábricas de montagem, incluindo a fábrica Detroit Hamtramck, que fabrica o Chevrolet Volt e a fábrica de Lordstown, Ohio, que fabrica o Chevrolet Cruze compacto que comporta o Volt. Ao mesmo tempo, a empresa planeia demitir cerca de 15.000 trabalhadores. Estes trabalhadores, em Michigan e Ohio, foram alguns dos que votaram em Trump em 2016.

Quando a GM fez o anúncio no final de novembro, Trump prometeu retaliação contra a empresa e reiterou essa posição na semana passada.

Não gostei do que ela fez. Foi desagradável. Disse-me algumas semanas antes do Natal que será fechada a fábrica em Ohio e Michigan, algo que não me parece aceitável. A General Motors não será bem tratada.

Como a GM procura aumentar a produção na China para atender à procura do país por carros elétricos, a Trump impôs novas tarifas sobre os produtos fabricados na China para os tornar mais difíceis de importar. Isso dificulta os planos da GM (e de outras empresas) para vender alguns desses carros nos Estados Unidos.

 

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