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Toyota testa uma tecnologia nos seus carros que suga CO2 do ar

Ainda há marcas que não acreditam, ou pelo menos não estão totalmente convencidas, que o futuro das estradas é dos carros elétricos. E a poluição pode ser um argumento… possível de tirar da equação! Ao que parece, a Toyota ainda não atirou a toalha ao chão e testa uma tecnologia no seu Corolla GR que suga CO2 do ar.


Pecaste, mas penitenciaste-te. Estás perdoado!

Os carros elétricos são uma boa ideia, mas a realidade da sua autonomia e dos problemas das baterias continua a arrastá-los de volta à Terra. Ainda não está tudo bem contado!

A Toyota está a aproveitar esta realidade intermitente e lançou-se numa ideia louca: carros com filtros incorporados que captam dióxido de carbono – o composto químico que causa o aquecimento global – da atmosfera enquanto se conduz. Por outras palavras, a promessa parece ser a de que os condutores podem ter tudo: conduzir os seus convenientes carros movidos a combustíveis fósseis enquanto sugam tanto CO2 que os seus pecados climáticos podem ser perdoados.

Os filtros de ar, que a empresa instalou na zona frontal de um Corolla GR de combustão a hidrogénio, utilizam mesmo o calor residual do motor para injetar o CO2 num líquido descartável.

Mas o problema é que, atualmente, o sistema apenas capta uma fração das emissões provenientes destes motores. Segundo que é referido, os filtros convertem cerca de 20 gramas de CO2 durante 20 voltas numa pista – muito longe dos milhares de gramas por litro que os motores emitem ao queimar um único litro de gasolina.

Pisar no acelerador

Será que o sistema pode ser dimensionado para fazer uma mossa significativa nas emissões de um veículo? Não se sabe ao certo. Mas o projeto é também mais um sinal seguro de que a Toyota continua a não apostar as fichas todas nos veículos elétricos.

Nos últimos meses, os responsáveis da empresa expressaram a sua convicção de que existe um limite máximo para a quota de mercado dos veículos elétricos – estimando que estes constituirão, no máximo, cerca de 30% dos veículos vendidos no futuro.

Este “pessimismo” é confirmado pela queda real do número de vendas de veículos elétricos, mesmo com incentivos políticos sob a forma de créditos fiscais e reduções de preços.

Não há dúvida de que os veículos elétricos trazem novas preocupações práticas. O inverno passado trouxe numerosos relatos de veículos elétricos que não conseguiram carregar por impedimento do frio, com problemas vários derivados das temperaturas muito baixas, o que sugere que nem todos os locais são adequados para eles.

Se a Toyota conseguisse tornar os carros a gasolina de alguma forma ecológicos, seríamos todos ouvidos. Contudo, o mercado (e os reguladores) só acreditará quando houver resultados que o comprovem.

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