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Toyota comercializa carro de célula de combustível de hidrogénio por cerca de 50 mil

Se por um lado os veículos elétricos ganham mais adeptos, por outro a indústria automóvel ainda aposta no hidrogénio. Um exemplo claro desta realidade chega-nos do Japão. A Toyota está a adotar uma abordagem não convencional para reduzir as emissões automóveis. A empresa está a vender um carro de célula de combustível de hidrogénio por 50 mil dólares.

Além da causa ambiental, a empresa nipónica tem outro grande trunfo. Segundo eles, “nós vamos ao mesmo posto de gasolina e abastecemos nos mesmos poucos minutos.”

 


Toyota continua a apostar no hidrogénio para futuro da indústria automóvel

Por mais adeptos que os veículos elétricos estejam a colecionar, ainda não é certo que o hidrogénio será remetido para uma opção secundária. No entanto, as marcas ainda são cautelosas na sua decisão e muitas têm mesmo ofertas projetadas e anunciadas para os dois lados.

A Toytota, contudo, tem sido uma forte impulsionadora das células de combustível de hidrogénio. Assim, em vez de se focar em veículos elétricos plug-in, a empresa está a comercializar um carro movido a hidrogénio. Este carro, que já conhecemos desde há algum tempo, o Mirai, de acordo com a NPR, custa “apenas” 50 mil dólares. No entanto, terão de ser contabilizados cerca de 20 mil dólares de incentivos e subsidio do governo, atribuídos a estes veículos no Japão.

Em termos globais, no que toca ao mercado automóvel, estamos a falar num carro caro. No entanto, avaliando o mercado de oferta relacionada com as células de combustível de hidrogénio, o preço mostra uma queda significativa.

 

Japão é um exemplo: começa a ser difícil encontrar postos de gasolina

Em 1994, o Japão atingiu o valor recorde, para o país, em estações de serviço. Contabilizavam-se à altura 60 mil postos. Desde então, o número tem vindo a cair ano após ano, até atingir o mínimo atual de menos de 30 mil.

Os seus esforços ambientais têm levado a que anualmente sejam fechados 1000 postos de combustível. Assim poderá haver aqui uma alteração comportamental.

 

Mudar o paradigma da infraestrutura

O fabrico de veículos elétricos é lento, mas há uma razão para isso. Atualmente, a Toyota constrói apenas 10 dos veículos de emissão zero por dia. Este valor tem em conta a própria disponibilidade de adaptação do meio. Isto é, com as cidades japonesas densamente povoadas, o espaço disponível para ligar os carros elétricos é muito limitado.

Simplesmente não há alteração de comportamento, desde que tenha uma infraestrutura de hidrogénio. Nós vamos ao mesmo posto de gasolina e abastecemos nos mesmos poucos minutos e continuamos a trabalhar.

Referiu Matthew Klippenstein, autor da Fuel Cell Industry Review, à NPR.

 

Para os carros terem emissões zero, a energia tem de ser limpa

Esta é uma verdade que muitos ainda não conseguiram perceber. No Japão é uma realidade incutida na cultura. Para os carros movidos a hidrogénio – e elétricos – realmente reduzirem as emissões de carbono, a eletricidade usada para desenvolver, fabricar e carregar as células de combustível (ou baterias) também tem que vir de uma fonte de energia limpa.

Assim, se a tecnologia crescer ao ponto de as células de hidrogénio poderem ser fabricadas a granel por um preço baixo, esta realidade poderá posicionar o Japão na frente das regulamentações de emissões. Isto porque cada vez estas regras serão mais rigorosas.

Os analistas do mercado automóvel referem mesmo que se atualmente a regulamentação na Europa é rigorosa, daqui a 5 e a 10 anos muito mais terá de ser feito. Muito mais rigor terá de ser incutido e a Toyota acredita que é mais fácil cumprir com as células a hidrogénio.

 

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