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Toyota assegura não ser “anti-VE”, mas admite não os ver como “solução milagrosa”

Contrariamente a outras fabricantes, a Toyota tem abordado os veículos elétricos de forma muito cautelosa. Segundo admitiu recentemente, a fabricante não é “anti-VE”, mas não os vê como “solução milagrosa”.


A Toyota está consideravelmente atrás da maioria dos seus rivais no desenvolvimento de carros elétricos a bateria. No ano passado, por exemplo, este tipo de veículos representava menos de 1% do volume global da empresa. Este número é curioso, se considerarmos que a japonesa foi pioneira na popularização dos híbridos.

Embora esteja a trabalhar na eletrificação, nomeadamente, por via de uma plataforma elétrica de nova geração para substituir a eTNGA, a Toyota pretende continuar a investir na hibridização, célula de combustível ou motores de combustão interna movidos a hidrogénio.

 

Toyota não desacredita os elétricos, é apenas “realista”

Conforme já vimos, Akio Toyoda, presidente da gigante japonesa, acredita que o futuro não reside exclusivamente no carro elétrico movido a bateria. Aliás, ele prevê que estes modelos estagnem nos 30% de quota de mercado.

Sean Hanley, vice-presidente de vendas e marketing da Toyota Austrália

Tendo em conta o declínio da procura por veículos elétricos, vários executivos da Toyota já trataram de defender a estratégia cautelosa que tem vindo a ser adotada.

Toyota não é anti-VE. Na verdade, não somos. E queremos atuar nesse mercado. Queremos fazer parte disso. Estamos entusiasmados com isso.

Simplesmente não vemos isso como uma solução milagrosa ou a única solução para a neutralidade carbónica. Adotar vários caminhos ainda é a nossa estratégia, mas estamos entusiasmados em entrar no mercado de BEV [Veículos Elétricos a Bateria]. Sabemos que eles desempenharão um papel.

Disse Sean Hanley, vice-presidente de vendas e marketing da Toyota Austrália, numa entrevista ao CarsGuide.

Na sua perspetiva, “cabe às fabricantes oferecer um veículo que possa cumprir e ser desejável”. Afinal, é o “mercado que define a realidade, não as empresas”.

Esse é o nosso trabalho. E sabe uma coisa? Temos a responsabilidade social e comunitária de fazê-lo. E é por isso que falamos sobre padrões de emissões e múltiplos caminhos [para abordá-los].

Alguns interpretam isso como se a Toyota fosse contra os BEV. Não, nós não somos. Estamos apenas a ser realistas. Estamos a ser honestos com o mercado e a posição.

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