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Tesla acusa marca chinesa de automóveis Xpeng de roubo do código fonte do Piloto Automático

O construtor automóvel chinês Xpeng apresentou ao mercado dois carros elétricos, o Xpeng P7, para atacar o mercado do Tesl Model 3, e o SUV Xpeng G3 2020, para concorrer diretamente com o Tesla Model Y. Contudo, os elétricos Xpeng poderão estar equipados com tecnologia que a Tesla diz ter sido roubada. A empresa chinesa refuta as acusações e aponta a atitude da empresa de Musk como racismo. Mesmo envolvida nesta troca de acusações, a marca quer marcar o segmento com um carro elétrico que custa metade do Model Y da Tesla.

No ano passado, a fabricante americana de automóveis intentou uma ação judicial contra um antigo empregado que estava envolvido no desenvolvimento do piloto automático. Segundo as informações, o funcionário foi acusado de roubar o código fonte do sistema para o entregar à empresa Xpeng.

 


Tesla tem sido vítima de roubo de propriedade intelectual

Não é caso único e são vários os eventos em que a Tesla se vê a braços com este tipo de problemas. Em 2018, a empresa processou um ex-empregado por hacking, roubo e fuga de informações. Ano passado, a Tesla intentou uma ação judicial contra um antigo empregado. O funcionário, que estava na equipa de desenvolvimento do piloto automático, alegadamente terá roubado o código fonte do sistema para o entregar à empresa Xpeng, um fabricante chinês que tem despertado o interesse da indústria nos últimos tempos graças a propostas interessantes como o SUV G3 ou o sedan P7.

A Tesla alegou que Guangzhi Cao, um antigo empregado da empresa, roubou o código fonte e deu-o à concorrência. Ele é uma das quarenta pessoas da empresa que tinham acesso a esta informação. Nessa altura, a empresa de Musk alegou que, já em 2018, a Cao começou a carregar cópias completas do código fonte do piloto automático na sua conta iCloud.

Após aceitar uma posição na Xpeng, a Cao supostamente apagou 120.000 ficheiros do seu computador de trabalho e desligou a sua conta pessoal iCloud. Além disso, o ex-funcionário pirateou repetidamente as redes seguras da Tesla para remover o histórico do seu navegador.

Assim, a Xpeng poderia ter tido acesso ilimitado e ilegal a tecnologia que custou centenas de milhões de dólares e vários anos para se desenvolver. O antigo empregado confessou ter descarregado parte do código fonte do piloto automático. Posteriormente, este afirmou tê-lo apagado antes de deixar a Tesla e nunca o ter dado à Xpeng.

Piloto Automático Tesla

Piloto Automático Xpeng

 

Xpeng não tem conhecimento de qualquer crime

Segundo a Xpeng,  não há conhecimento de qualquer crime cometido por Cao, alegando respeitar os direitos de propriedade intelectual. A verdade é que, apesar de a empresa asiática ter prometido realizar uma investigação, o facto de a interface do seu sistema de condução autónomo ser idêntica à do Piloto Automático desencadeou todos os alarmes.

Agora, a Tesla deu mais um passo em frente. Segundo o que foi afirmado, tanto Cao, como um antigo engenheiro da Apple, que em tempos foi acusado de um crime semelhante, podem ter sido recrutados pela mesma pessoa da Xpeng, com o objetivo de obter segredos comerciais.

Quanto maior for a semelhança entre os dois casos, menor é a probabilidade de tais semelhanças poderem ser excluídas como mera coincidência e maior é a probabilidade de serem o resultado do planeamento e da coordenação.

No entanto, numa conversa que Cao teve com um amigo, quando se soube da notícia da detenção do antigo engenheiro da Apple, pode perceber-ser que o ainda funcionário da Tesla, à altura, terá afirmado que o acusado “tinha dado uma má imagem de todos os chineses” e que estava “feliz por não ter ido a Xpeng”.

A Xpeng respondeu, insinuando que as declarações da Tesla são racistas, enquanto a empresa americana exige que a sua rival publique o seu código fonte e documentos relacionados com a contratação da Cao e do antigo engenheiro da Apple.

Portanto, a Tesla tem um rival que poderá minar as suas vendas na China com tecnologias semelhantes, mas a metade do preço.

 

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