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Será a reeleição de Trump nos EUA uma ameaça para as fabricantes europeias de elétricos?

As decisões tomadas pelos americanos impactam, largamente, o mundo. De facto, a possível reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos da América (EUA) poderá representar uma ameaça para as fabricantes europeias de carros elétricos.


As eleições presidenciais nos EUA realizar-se-ão em novembro deste ano e, assim como por cá, os analistas já estão a dar cartas e a fazer previsões. Indo além destas, a vitória de Donald Trump é um cenário possível e, portanto, há também especialistas a comentá-la e a prever os seus resultados.

Um deles poderá impactar de forma direta a Europa, especificamente as fabricantes europeias de carros elétricos. Os analistas concordam que, se o republicano Donald Trump, atual líder nas sondagens, ganhar, a indústria automóvel europeia poderá enfrentar taxas mais elevadas devido ao perfil protecionista do candidato.

 

“Making America great again” poderá afastar os elétricos da Europa…

De acordo com a Automotive News Europe e a Bloomberg, Trump já terá falado com os seus conselheiros sobre a possibilidade de proibir a venda de carros elétricos fabricados na China, ou noutros países, mas com peças provenientes da China.

Uma decisão deste tipo teria um enorme impacto nas marcas europeias, uma vez que são altamente dependentes da cadeia de fornecimento chinesa.

Se Donald Trump regressar à Casa Branca, as relações comerciais transatlânticas poderão ser enfraquecidas. Aliás, há umas semanas, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, avisou que temos de nos preparar para os efeitos económicos de uma eventual reeleição.

Em 2023, o défice comercial dos EUA com a União Europeia foi superior a 200 mil milhões de dólares, o que, segundo a equipa de Trump, reflete práticas comerciais injustas.

Trump não parece gostar muito do sucesso das marcas premium alemãs. Provavelmente, tem um problema com a Alemanha em geral, uma espécie de relação de amor-ódio.

Explicou o analista Juergen Pieper.

Segundo Stefan Bratzel, diretor do Center of Automotive Management, “uma mudança de governo significaria uma mudança de foco na mobilidade elétrica e na questão da proteção climática”.

Isto afetaria a Volkswagen e os fabricantes alemães de automóveis de luxo. O risco está a ser analisado de perto e pode, de facto, tornar-se um grande problema se isso acontecer.

Na sequência da eventual vitória de Donald Trump, as fabricantes poderiam reduzir os seus investimentos em veículos elétricos, o que as enfraqueceria face à cada vez mais poderosa indústria chinesa.

Por esta razão, a Associação Alemã da Indústria Automóvel defende que a Europa deve tornar-se mais independente dos EUA, comercialmente.

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