Têm sido frequentes os anúncios vindos de fabricantes que decidem focar a sua atividade nos carros elétricos. Desta vez, trata-se da Nissan, que irá abandonar o desenvolvimento de motores de combustão interna.
Esta decisão abrange todos os mercados, com exceção dos Estados Unidos da América.
Há uns dias, a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi anunciou que tenciona triplicar o seu investimento na mobilidade elétrica nos próximos anos. Além disso, revelou que tem como objetivo lançar 35 novos modelos elétricos até 2030.
Assim como aconteceu com outras fabricantes, a decisão da Nissan deve-se ao estreitamente das regras da União Europeia relativamente a esta matéria.
A cargo do desenvolvimento de baterias estará a Nissan. Com elas, será possível duplicar a densidade energética, reduzir os custos para metade e reduzir o tempo de carregamento para apenas um terço do atual. A Aliança anunciou ainda que pretende reduzir o preço por kWh até 2028.
Paralelamente ao compromisso da Aliança, a Nissan abandonará o desenvolvimento de motores de combustão interna, tornando-se, assim, na primeira fabricante japonesa a dar este passo. Ainda assim, continuará a trabalhar em novos modelos térmicos para os Estados Unidos.
Conforme calculado pela fabricante, a procura de carros a combustão continuará suficientemente forte nos próximos anos, nos Estados Unidos, justificando os investimentos a serem feitos pela fabricante. Aliás, este é o segundo maior mercado a nível mundial, uma vez que a Nissan vende, para os Estados Unidos, mais de um milhão de carros por ano.
Apesar de continuar a melhorar os seus motores de combustão interna existentes, a Nissan não irá desenvolver novos. Contudo, continuará a apostar em soluções híbridas.
De acordo com a imprensa japonesa, estas mudanças não resultarão em cortes de postos de trabalho nas fábricas da Nissan, uma vez que a mão de obra adotará, gradualmente, outras funções relacionadas com a mobilidade elétrica.
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