Uma empresa britânica de apenas dois anos patenteou um design que altera a forma como a bateria é instalada nos carros elétricos. Dessa forma, garante mais 30% de autonomia aos veículos.
A ideia? Reposicionar a bateria na vertical.
Baterias ao centro e bancos de costas
Geralmente, os carros elétricos têm o pack de baterias instalado na parte inferior da carroçaria. Dessa forma, as fabricantes garantem que a disposição do interior do carro permanece inalterada, apesar do aumento da altura do veículo. Além disso, melhora a rigidez da estrutura, a segurança em caso de impacto e reduz o centro de gravidade, resultando num melhor comportamento dinâmico.
No entanto, a Page-Roberts, uma empresa britânica, está a explorar a possibilidade de colocar a bateria dos carros elétricos na vertical. Apesar de, em 2011, a Renault ter testado a mesma possibilidade no Fluence Z.E, o veículo perdeu muita capacidade na bagageira e o peso estava distribuído de forma desequilibrada.
Para resolver o problema do peso, a Page-Roberts colocou a bateria no centro do carro. Em contrapartida, os bancos traseiros têm de ser colocados em contra marcha.
Mais 30% de autonomia
Conforme adiantou a Page-Roberts, o design a ser desenvolvido resolve alguns problemas tipicamente encontrados nos carros a bateria: desde a altura extra, a distância entre eixos alargada e as “complexidades estruturais”. Assim, alegou que as baterias posicionadas na vertical permitiriam carroçarias mais compactas e custos de produção mais baixos.
Com um carro mais baixo e mais leve, a autonomia poderia escalar até 30%, além de uma redução de custos de 36%.
O nosso conceito de design reduz custos, aumenta a eficiência, melhora a agilidade e oferece liberdade de design. A eficiência traduz-se em menos tempo de carregamento com baterias mais pequenas, pelo que também reduzirá a pressão nos pontos de carregamento, outro ponto-chave para a indústria.
Disse Mark Simon, diretor de tecnologia da Page-Roberts, acrescentando que os desafios relacionados com o custo da bateria, a densidade energética, o alcance e as infraestruturas de carregamento continuam a representar barreiras ao progresso dos carros elétricos.
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