Geometry A é a nova marca global da empresa chinesa Geely. Esta promete lançar na Europa um carro elétrico de carregador bidirecional com autonomia até 500 km (NEDC). Segundo a conversão de preços, este carro estará à venda na China por cerca de 27.000 euros.
A Geely Automobile foi a primeira fabricante automóvel independente na China. A proposta agora é lançar um veículo capaz de rivalizar com o Tesla Model 3.
Linhas pensadas para um veículo elétrico eficiente
A gigante chinesa Geely continua a sua agressiva expansão e, após lançar a nova marca, Lynk & Co, apresenta agora uma nova denominação. Geometry é a linha que concentrará exclusivamente esforços em modelos elétricos. Assim, o apresentado modelo Geometry A será a primeira proposta.
É um automóvel de 4,73 metros de comprimento, que aparece para rivalizar com o Tesla Model 3. Tem um design esguio, fluído, que fornecerá um coeficiente de resistência aerodinâmica muito bom, já que permanece em apenas 0.23 Cx.
Na verdade, cada vez se dá mais atenção ao detalhe. Por exemplo, os puxadores das portas “desapareceram da estrutura”, estão agora embutidos na porta. Os retrovisores são mais que nunca pequenos e afiados. Tudo conta quando há necessidade de diminuir a resistência.
O seu interior é moderno, com um ecrã generoso, tátil e que compila os mais diversos sistemas do veículo. No aspeto mecânico, o Geometry A virá equipado com um motor elétrico de 120 kW (164 cv) com um binário de 250 Nm, que impulsionará até 100 km/h em 8,8 segundos. Assim como irá permitir uma velocidade máxima de 150 km / h.
Esta velocidade máxima de facto não entusiasma. Aliás, como vemos, está ligeiramente abaixo de um mercado que se movimenta mais em números próximos aos 200 km/h. Contudo, esta velocidade máxima parece mais do que suficiente para as pessoas se moverem com mais segurança e facilidade.
Baterias continuam a ser opção de negócio
Quanto à sua bateria, este modelo terá duas opções. Um pacote com a disponibilidade de 51,9 kWh, o que lhe confere uma autonomia de 410 quilómetros sob a norma NEDC (o único usado no momento na China). Contudo, utilizando a norma WLTP deverá rondas sim os 300 quilómetros.
Por outro lado, a segunda opção aumenta a capacidade da bateria para 61,9 kWh, e autonomia NEDC até 500 quilómetros, ou cerca de 370 quilómetros WLTP.
Na comparação e havendo só esta informação, é notória a diferença do Geometry A para outros modelos com baterias similares, como a Hyundai Kauai (Kona), que com os seus 64 kWh, que permite uma autonomia de 445 km de WLTP, ou o KIA Niro, que oferece autonomia de 455 km sob a nova norma de homologação. Portanto, estamos apenas a falar de duas das muitas ofertas que o mercado tem para ombrear com este elétrico chinês.
A marca aposta em trazer alguns pequenos trunfos para grandes utilidades. Assim, este carro irá disponibilizar um sistema de carregamento bidirecional, que em 30 minutos lhe irá permitir uma carga de 80%. Além disso, e tirando partido ao sistema Super E Energy Station, o utilizador irá poder alimentar equipamentos externos graças à sua tomada, que pode ligar a pequenos dispositivos, como tablets, smartphones e computadores até outro maiores, como um forno portátil.
Geometry A com condução autónoma nível 2
As marcas, depois de dominarem alguns aspetos automobilísticos, apostam agora em preparar a condução autónoma. Assim, não é de estranhar que o Geometry A seja o primeiro veículo da empresa com sistema de condução autónomo de nível 2.
Mas faz diferença este tipo de nível?
Na verdade faz, porque o mercado começa a exigir pontos de divergência na oferta dos veículos elétricos, ou serão todos parecidos. Com os sistemas de autopiloto mais maduros, tirando proveito das sinergias entre as várias câmaras, radares, sensores e assistentes com inteligência artificial, os produtos atrevem-se na condução autónoma.
Portanto, a oferta deste carro chinês passará por um “autopiloto” recorrendo a uma série de câmaras e radares, travagem de emergência automática, cruise control adaptativo, assistência para mudança de faixa, sistema de estacionamento automático e câmara de visão 360.º.
Quando poderá chegar à Europa?
Poderá ser um volte-face ao que hoje conhecemos de automóveis chineses no mercado Europeu. No entanto, a marca promete que irá distribuir estas unidades em países-chave, como a Noruega ou a França. Uma proposta que, como de costume, iniciará a sua distribuição no mercado chinês ainda este ano.
E quanto ao preço?
Surpreendentemente vamos assistir a algo que está a mudar o mercado automóvel. Com mais oferta, mais modelos a prometer custos reduzidos de utilização, os preços vão cair. Desta forma, a Geely promete um preço de 27.600 euros para a versão de entrada de gama. Já o modelo mais avantajado, com maior bateria, custará 32.900 euros.
Será que um destes dias teremos carros chineses nas estrada de Portugal?