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Esta empresa vê nos combustíveis sintéticos a solução para uma “combustão sem culpa”

Os combustíveis sintéticos são mais uma alternativa para uma mobilidade mais verde, sendo a opção ideal para algumas empresas, nomeadamente, a Porsche. Para a Zero Petroleum, a sua importância também é inegável.


Paddy Lowe tem uma impressionante carreira de engenheiro, com funções técnicas de topo em três equipas de Fórmula 1, tendo contribuído para 12 títulos de campeão. Agora, lidera a Zero Petroleum, uma empresa que produz combustíveis capazes de alimentar motores convencionais com um impacto climático mínimo.

A Sky News foi saber mais sobre a empresa e ficamos a conhecê-la pelos olhos de Tom Heap.

O problema do aquecimento global é que o carbono fóssil extraído das rochas e libertado para a atmosfera está desequilibrado.

A Zero Petroleum utiliza a tecnologia de captura direta do ar para extrair o dióxido de carbono do, e a eletrólise para obter hidrogénio da água. Estes dois processos combinados produzem um combustível líquido de hidrocarbonetos – o famoso combustível sintético ou e-fuel.

Paddy Lowe da Zero Petroleum, na Fórmula 1. Fotografia: AP

Apesar de todo este processo exigir grandes quantidades de energia, Lowe garantiu a Tom Heap que consegue produzir uma “combustão sem culpa”.

Em todos os sítios onde, hoje, utilizamos combustíveis fósseis, há um grande candidato para os combustíveis sintéticos.

Prevemos, um dia, dentro de algumas décadas, que todo o combustível que utilizamos, atualmente, que sai dos poços de petróleo, será fornecido como sintético e produzido industrialmente a partir do ar e da água.

A “combustão sem culpa” também é possível por se tratar de um processo que é feito de raiz: pode ser concebido com maior precisão para melhorar o desempenho de diferentes motores e com menos poluentes.

Na opinião líder da Zero Petroleum, os combustíveis sintéticos têm potencial para serem uma indústria de dimensão semelhante à do petróleo e do gás.

Paddy Lowe da Zero Petroleum

Para já, a empresa está como os próprios combustíveis sintéticos: em fase embrionária. Afinal, só consegue produzir 30 litros de combustível sintético por dia a um custo muito pouco simpático.

Apesar de terem a Fórmula 1, e as indústrias do petróleo e do gás como antecessoras, os 44 funcionários que dão forma à Zero Petroleum querem direcionar as suas competências para fazer a diferença nesta área tão nova.

Paddy Lowe e a sua equipa preveem que os primeiros utilizadores do seu combustível sintético serão os aviões. Contudo, acreditam que, no futuro, a sua tecnologia complementará a das baterias, em carros e camiões.

 

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