As marcas chinesas estão a saber mexer-se e estão a assustar, verdadeiramente, a concorrência ocidental. A Dacia está consciente desse sucesso e já está se está a preparar para a queda da procura.
A Dacia está a viver um ano de sucesso, tendo registado um aumento de 25% das vendas, no primeiro semestre do ano, com um total de 345 432 unidades vendidas até ao final de junho. O único veículo elétrico do seu catálogo, o Spring, registou um crescimento de 38%.
As fabricantes ocidentais, onde se insere a Dacia, estão conscientes da concorrência que as marcas chinesas representam, principalmente, por não estarem, até agora, a igualar o preço praticado por elas.
O diretor de vendas e marketing da Dacia, Xavier Martinet, confirmou que as chinesas estão a penetrar o mercado europeu com “ofertas muito fortes, especialmente em matéria de veículos elétricos“.
Apesar disso, assegurou que têm “muitas cartas para jogar, incluindo o novo Duster, no próximo ano, que levará a marca a outro nível”.
Acreditamos que podemos sair desta crise económica mais fortes do que as outras marcas.
Revelou Luca de Meo, CEO do Grupo Renault.
O executivo partilhou ainda que quer aumentar a margem de lucro de 10% para 15% até 2030.
Caso a procura caia, a Dacia tem preparado um ajuste estratégico da sua capacidade de produção, considerando que as suas fábricas, em Marrocos e na Roménia, estão a funcionar em pleno.
A nossa estratégia tem sido sempre a de construir menos um automóvel do que os clientes pretendem. Se o mercado abrandar, ajustaremos a produção, é tão simples quanto isso.
Apesar do sucesso do seu Spring, a Dacia não planeia lançar mais modelos elétricos até 2027/28, altura em que lançará a quarta geração do Sandero.
Em cima da mesa está a possibilidade de utilizar baterias de sódio, de forma a manter os custos sob controlo. Segundo Denis Le Vot, diretor-geral da Dacia, apesar de haver quem diga que este tipo de bateria não é bom, porque não armazena muita energia e é muito pesado, são baterias baratas.