A BYD, fundada em 1995 como fabricante de baterias para telemóveis, transformou-se num dos líderes mundiais da produção de veículos elétricos (VE). Quase 30 anos depois, a gigante chinesa destaca-se por um crescimento que a coloca perto de ultrapassar marcas como a Ford e a Honda em vendas anuais.
Crescimento da BYD não para!
Um marco notável desta subida aconteceu no final de 2023, quando a BYD superou a Tesla em vendas globais. Além disso, a empresa tem intensificado esforços para expandir a sua presença internacional, através da construção de novas fábricas em locais estratégicos como a Europa, a Ásia e a América Latina. Também recebeu recentemente um navio da SAIC, especialmente concebido para transportar os seus automóveis.
De acordo com a Reuters, a BYD está prestes a bater a sua meta anual de vendas de 4 milhões de veículos e superar várias marcas históricas. Em novembro de 2024, a empresa sediada em Shenzhen registou 506.804 vendas, onde acumulou um total de 3,76 milhões de veículos vendidos ao longo do ano.
Quando comparado com o mesmo período de 2023, em que vendeu 2,68 milhões de unidades, a BYD obteve um crescimento global de 40% em vendas nos primeiros 11 meses de 2024. Apesar de estar a expandir-se no mercado europeu, a China continua a ser o seu principal mercado, representando 90% das vendas totais.
Este domínio no mercado chinês traduz-se numa quota de 17,1% em 2024, um aumento considerável face aos 12,5% alcançados no ano anterior, segundo a Associação de Automóveis de Passageiros da China (CPCA, originalmente).
Históricas como Ford e Honda vão ficando para trás…
Enquanto a Honda e a Ford enfrentam previsões de ligeiras quedas nas suas vendas este ano, a BYD continua na sua crescente trajetória. Em 2023, a Honda vendeu menos de 4 milhões de veículos e a Ford atingiu as 4,4 milhões de unidades. No entanto, os analistas sugerem que a BYD poderá atingir vendas anuais de 6 milhões de veículos já em 2025.
Embora o panorama geral seja favorável, a marca enfrenta desafios no mercado europeu. As tarifas das alfândegas podem complicar os planos da BYD de fortalecer a sua posição no continente.
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