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China “devia” impor taxa de 25% sobre os carros importados com motores grandes

Pressionada por vários lados, a China “devia” retaliar com uma taxa de 25% sobre os carros importados com motores grandes, segundo o principal especialista do China Automotive Technology & Research Center (CATRC).


A Câmara de Comércio da China para a União Europeia (UE) disse que foi informada sobre uma potencial taxa de 25% sobre os carros importados com motores grandes por insiders, de acordo com uma declaração publicada no X e citada pela Automotive News Europe.

As taxas afetariam as fabricantes de automóveis europeias e americanas, e teriam um impacto “significativo” nas relações com a UE.

Numa altura em que as tensões comerciais com os EUA e a UE ganham força, a China está a intensificar as ameaças de retaliação. De ressalvar que os EUA já decidiram quadruplicar, para 100%, a taxa a aplicar sobre o valor dos carros chineses importados, e que o fim do prazo para a UE anunciar os resultados da sua investigação sobre os subsídios da China aos veículos elétricos está a aproximar-se.

Numa entrevista publicada pelo jornal Global Times, do Partido Comunista, na terça-feira, Liu Bin, o principal especialista do CATRC, apelou ao aumento temporário da taxa sobre os automóveis com motores superiores a 2,5 litros. No ano passado, a China importou 250 mil automóveis deste tipo.

Segundo explicou, as regras da Organização Mundial do Comércio permitiriam o “ajuste sugerido das taxas de importação [para 25%] para os sedãs a gasolina e SUV importados com motores de mais de 2,5 litros”. Atualmente, a taxa sobre as importações de automóveis de passageiros é de 15%, de acordo com a Reuters.

Se o conselho de Liu Bin for ouvido e a taxa implementada, as fabricantes mais afetadas serão a Toyota, a Mercedes-Benz e a BMW, de acordo com Daniel Kollar, responsável pela área automóvel e de mobilidade da consultora Intralink.

Além do comércio automóvel, a China deu recentemente a entender que poderia impor taxas de importação sobre o vinho e os produtos lácteos europeus, tendo iniciado uma investigação sobre as exportações europeias de brandy.

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