Os sistemas e as tecnologias melhoraram significativamente, desde os primeiros carros até àqueles que estão disponíveis atualmente. No entanto, um novo estudo concluiu que os carros clássicos poluem menos do que os carros elétricos.
Ou será que não é assim tão linear?
Como é que é possível que um carro clássico polua menos do que um carro elétrico, desenvolvido, cremos, para ser uma alternativa sustentável e mais amiga do ambiente?
Segundo um relatório desenvolvido pela seguradora Footman James, um carro produzido há décadas é menos nocivo do que um elétrico altamente preparado para os desafios ambientais de hoje.
Apesar de a conclusão parecer surpreendente, importa sublinhar que o estudo teve em conta a baixa quilometragem média dos carros clássicos, comparativamente aos carros modernos. Ora, os carros clássicos emitem 563 kg de dióxido de carbono, por ano, cobrindo uma média de 1.931 km durante esse período de tempo; os carros modernos percorrem distâncias bem mais longas, emitindo consequentemente mais.
Além disso, o estudo considera ainda as emissões associadas à produção de um carro novo. Conforme é exemplificado, a produção de um Volkswagen Golf, com um motor térmico, representa 6,8 toneladas de dióxido de carbono. Por outro lado, a produção de um Polestar 2, elétrico, emite 26 toneladas. Portanto, um carro clássico precisa de 46 anos de utilização para poluir tanto quanto um Polestar 2 durante a sua produção.
É fácil assumir que os carros clássicos são mais prejudiciais simplesmente devido aos seus motores mais antigos e menos eficientes. No entanto, os dados deste relatório refutam essa teoria. Trata-se realmente de como estes veículos são mantidos e utilizados. É evidente que, embora os carros novos, modernos e elétricos possam parecer melhores para o planeta no dia-a-dia, o problema é o impacto que a sua produção causa.
Explicou David Bond, diretor-geral da Footman James.
Aliás, o relatório revela que dois terços dos proprietários de carros clássicos estão preocupados com as alterações climáticas, e mais de metade acolhe sistemas de compensação de emissões.
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