A Europa tem incentivado os seus membros a implementar medidas de incentivo à adoção de carros elétricos. Se países como a Noruega têm colhido os frutos desta ação que levam a cabo há vários anos, outros, como é o caso da nossa vizinha, não estão no mesmo caminho. Aliás, o Banco de Espanha confirmou o fracasso do programa de subsídios para elétricos.
Um relatório divulgado pelo banco revelou que o impacto do programa tem sido quase nulo.
Espanha tem vindo a implementar um programa de ajuda para a compra de carros elétricos. No entanto, de acordo com um relatório do Banco de Espanha, o impacto das vendas de automóveis elétricos aprovadas em 2020 foi nulo em 10 comunidades, onde as vendas quase não aumentaram. Aliás, apenas três registaram um crescimento mínimo, com as Astúrias a liderar, com 2%, enquanto nas Ilhas Baleares, Madrid e Navarra os registos aumentaram apenas 1%.
O relatório adiantou que, nas restantes regiões, os 100 milhões de euros destinados a ajudar a adquirir um carro elétrico não permitiram o crescimento nem de 0,5% no total das vendas. Ou seja, o impacto do programa tem sido praticamente nulo.
Um dos principais problemas poderá ser o preço dos veículos, bem como o próprio programa que Espanha implementou. Isto, porque o último implica que o cliente pague 100% do valor e aguarde pelo reembolso no valor da ajuda, e porque o primeiro não permite que as classes com rendimentos médios/baixos paguem a totalidade de um carro elétrico, ainda que tenham a garantia de que vão receber, eventualmente, o valor do subsídio.
A par desta ajuda que, conforme revelou o relatório do Banco de Espanha, não tem tido sucesso, existe também o problema da rede de carregamento que, por falta de legislação, não vê a sua expansão acelerada e não dá resposta à necessidade que se quer crescente.
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