Point Linux – O bom e velho desktop Linux de volta
No mundo do Linux, são muitas as distribuições que estão à disposição dos utilizadores. No pplware tentamos cobrir as distribuições mais populares (como por exemplo o Ubuntu, Mint, CentOS, Arch) mas também damos destaque às distribuições que, em determinadas características, são diferentes das distribuições “normais”.
Hoje vamos conhecer a distribuição Point Linux pela experiencia do nosso leitor José Silva da Comunidade Linux Pplware.
Desde tenra idade que sempre fui um grande entusiasta de tecnologia, principalmente de computadores, e com o passar dos anos esse gosto especificou-se mais nos sistemas operativos que acompanhavam a máquina que utilizava.
Grande parte da minha aprendizagem e crescimento como utilizador de computadores foi feita nas várias versões de Windows que foram saindo ao longo dos tempos, e só há poucos anos descobri o mundo – fantástico, diga-se – do software de código livre, mais propriamente as várias distribuições Linux. Nessa altura o Ubuntu começava a destacar-se como a mais popular das distribuições Linux e o Gnome 2 era o “rei” dos ambientes gráficos.
Cedo me fascinei por esta UI devido ao nível de personalização que esta proporcionava e à facilidade com que se podia faze-lo. Era o que se podia chamar um ambiente gráfico camaleónico. Mas com a evolução para a versão 3 do Gnome e o aparecimento do Unity, de certa forma perdeu-se algum do fascínio em personalizar os desktops Linux. Desde então passei a procurar distribuições que oferecessem uma experiencia o mais aproximada possível do ambiente Gnome 2, é aqui que entra o Point Linux, uma distribuição baseada em Debian 7 “Wheezy” e que utiliza o Mate como ambiente gráfico, o conhecido fork do Gnome 2.
A pretensão do criador era precisamente a de “recriar” essa sensação de trabalhar com o Gnome 2, e ao escolher o Debian pretende combinar o poder, rapidez e estabilidade desta distribuição, com a produtividade e personalização do ambiente Mate.
Como grande novidade o Point Linux na sua versão 13.04 trás uma nova GUI de instalação (trata-se de um fork do instalador do Linux Mint), substituindo o instalador Debian que acompanhava a versão anterior, o que torna o processo de instalação simples e intuitivo.
Instalação
O primeiro passo da instalação do sistema passa por escolher o idioma.
Seguidamente escolhemos o fuso horário para a zona onde nos encontramos
No terceiro passo fazes a escolha do esquema do nosso teclado
Na interface seguinte damos a informação do nosso nome, escolhemos e nome de utilizar e a nossa password, e damos também um nome ao computador
De seguida escolhemos o disco onde o Point Linux será instalado.
O sexto passo é o mais delicado de todo o processo de instalação, e é onde temos a opção de particionar o nosso disco e escolher em que partições o sistema será instalado.
De seguida damos a instrução ao sistema onde será instalado o GRUB.
No final é apresentada uma última máscara com o resumo das opções que fizemos para a instalação do Point Linux. E depois é só aguarda que a instalação seja feita e reiniciar o sistema.
Software disponível
Esta distribuição está disponível nas versões 32 e 64 bit e vem acompanha de uma lista de software bastante interessante do qual gostaria referenciar:
- Firefox 20.0;
- Thunderbird 17.0.5;
- LibreOffice 3.5.4.2
- VLC 2.0.3
- Gestor de Pacotes Synaptic
- Gparted
- OpenJDK
- Adobe Flash Player
- BootStick (ferramenta criadora de dispositivos de arranque USB)
É importante também referenciar que o Point Linux 13.04 trás consigo a versão 3.2.0-4 do Kernel Linux, o explorador de ficheiros é o Caja 1.4.0 que costuma acompanhar as distribuições com ambiente Mate, um editor de configurações (Mateconf Editor), suporte para os drivers proprietários da Nvidia e ATI e instalando dos repositórios o pacote pointlinux-repos-nonfree ficarão disponíveis o Google Chrome, Opera, Dropbox e Virtualbox. O Compiz não vem instalado por defeito, mas pode ser facilmente ativado instalando o pacote pointlinux-compiz.
Na minha opinião esta é sem dúvida uma distribuição muito bem conseguida e que cumpre na perfeição o objetivo de imitar o visual da Gnome 2 para aqueles usuários que, como eu, sentem falta desse tipo de interface gráfica, e ao mesmo tempo proporciona a migração para a plataforma Debian mais recente. Em termos de recursos é bastante leve, pois após instalação e atualizações iniciais, o monitor de sistema indicava um consumo que rondava os 260 MB de RAM.
Faça como eu e experimente o Point Linux 13.04 (numeração esta que nada tem a ver com a dos ciclos de lançamento do Ubuntu), instale o Compiz, o gestor de janelas Emerald, volte a ter o bom e velho desktop Linux e no final partilhem as vossas opiniões.
Download: Escolha aqui a sua versão
Homepage: Point Linux
Este artigo tem mais de um ano
Boas. Bom Post. Bom Trabalho José Silva.
Tenho uma pergunta acerca do MATE.
Na altura do final do projecto fuduntu eu e outros falamos em usar o Mate e uma doca. Mas a resposta foi negativa afirmando o desktop Mate é um projecto que tem um final próximo. Foi com esta ideia que fiquei. Gostava de obter uma versão vossa.
Cumprimentos. André Pires
Obrigado André Pires!
Quanto ao Mate não me parece ser um projeto com um final próximo… É que para além de ser um projeto relativamente recente, parece-me que há cada vez mais distribuições a apostar numa versão com ambiente Mate. Parece-me difícil ver equipas como a do Mint, Manjaro, entre outras, a apostar neste DE se estivesse próxima do seu fim.
O Mate, juntamente com o XFCE, são os meus ambientes favoritos desta altura.
Cumprimentos.
Penso que estás a confundir o MATE com o GNOME 2…
O GNOME 2 foi discontinuado (agora é o GNOME 3) e o fuduntu ainda o usa.
O MATE é uma fork (continuação) do GNOME 2, com novas funcionalidades.
A dock NÃO FAZ PARTE DO DESKTOP… é um addon, podes removê-la simplesmente e meter a barra clássica.
Se queres saber de uma boa distro MATE, experimenta o madeb!
Eu, estou desenvolvendo uma nova distro que usa o MATE desktop com tema GTK2/GTK3 e baseada no Debian SID com custom kernel (ficheiros núcleo).
Vê a homepage: http://madeb.pt.vu
Se precisares de ajuda em alguma coisa Linux, podes perguntar-me em português, pela página “Contact”, pelo Ask.fm na página do madeb, ou para o meu email: jgilfn@gmail.com
Parabéns pela distribuição que estás a desenvolver… Tem um excelente aspecto. Assim que tiver a oportunidade vou experimentar!
E estou que o Pedro Pinto irá concordar que este é um excelente projecto para ser divulgado aqui no site do Pplware.
Eu já lhe tinha mandado mensagem… Ele não respondeu.
Preciso de feedback.
Estou a desenvolver nova versão e eu não sei o que é que os utilizadores querem…
Boas Gil Nóbrega. Antes de mais passei pelo site da distro que desenvolves e agradou-me o aspecto visual.
Eu não confundi mate com gnome2.
O projecto Fuduntu acabou devido ao facto de haver cada vez menos aplicações em gtk2 (necessário no gnome 2). O Mate também usa gtk2 e portanto vejo o mesmo desfecho para ambos.
Estás a dar-me uma novidade… Isolei-me do mundo linux por 1 mês pois tive a instalar MAC OS X no meu pc e não reparei que o fuduntu tinha acabado!
Obrigado pela informação
Tás enganado na razão, eles não rejeitaram o mate por estar quase em fim de vida, eles rejeitaram-no por causa dos bugs que tem e o facto de depender do gtk2 (tal como o gnome2) e todo o software estar a ser movido para gtk3
Lá está! Acabas por concordar comigo então afirmando que é um projecto com fim há vista pois deixa de haver software em gtk2. Foi essa a razão do fuduntu em abandonar o gnome2. Se o Mate usa gtk2 provavelmente vai acabar por “desistir” uma vez que deixa de ter aplicações em gtk2.
Isto do gtk2 e gtk3 eu nem sei ao certo o que é…
Fork do Mint? então é fork do fork.
Prefiro Xubuntu, talvez seja mais leve e o 12.04 terá um longo suporte ainda, dificilmente saio dele, embora tenha vontade de experimentar o Ubuntu 13.04 no meu E-350, dizem que agora corre mais leve
Apenas o instalador desta distribuição é um fork do próprio instalador do Mint.
Mint é diferente de MATE.
O Linux Mint tem 2 desktops que pode-se dizer que são feitos pela “mesma empresa”
O MATE e o Cinnamon
O MATE, usado nesta distro, é a continuação do clássico Gnome 2 que usa GTK2
O Cinnamon é baseado no, ainda desenvolvendo, Gnome 3 que usa GTK3.
O Debian não é o Ubuntu. Não posso explicar a diferença. Experimenta e vez qual é o que achas melhor. O Ubuntu é mais user-friendly.
Se queres saber de uma boa distro MATE, experimenta o madeb!
Eu, estou desenvolvendo uma nova distro que usa o MATE desktop com tema GTK2/GTK3 e baseada no Debian SID com custom kernel (ficheiros núcleo).
Vê a homepage: http://madeb.pt.vu
Se precisares de ajuda em alguma coisa Linux, podes perguntar-me em português, pela página “Contact”, pelo Ask.fm na página do madeb, ou para o meu email: jgilfn@gmail.com
Quando aparece um artigo aqui no ppl?
Bom artigo.
Eu actualmente utilizo o Gnome3 e apesar de “mais bonito” não possui a flexibilidade nem é tão intuitivo como o Gnome2, mas apesar disso estou bastante satisfeito.
Apenas gostava de por curiosidade de saber quanto é que é recomendável usar em memória swap e em que formato. Ext3 ou Ext4?
Abraço
Não uso Gnome 3 considera-lo pouco atrativo no que diz respeito à sua interface.
Eu não sou nenhum perito em particionamento de discos, mas costumo dar à partição Swap o tamanho que corresponde ao dobro do tamanho da RAM da máquina, e formato sempre em Ext4.
O swap é uma partição com sistema de ficheiros próprio. Não o podes alterar, é swap.
O tamanho é subjectivo e depende de mta coisa tipo quantidade de RAM que tens, se usas a hibernação (não suspensão) e se a maquina é desktop ou server.
Se for um servidor o recomendado é o dobro da RAM mas depende mto do tipo de utilização e a carga de trabalho.
Se for um deskto e usares hibernação o recomendado e a mesma quantidade de RAM que possuis visto que o processo de hibernação passa tudo o que está na RAM para o swap e se o swap não for pelo menos do tamanho da RAM o processo pode falhar.
Mas na maior parte dos casos não é necessário teres um swap mto grande. Eu por exemplo num desktop / server com 8 GB de RAM que está sempre ligado tenho um swap (ficheiro não partição) de 512 MB e raramente é utilizado.
Depende mto da utilização que das á maquina.
É uma pergunta normal para um “beginner” de linux.
O swap tem um próprio formato… Linux-Swap.
Não podes ter Swap em ext3 ou ext4.
Porém se pudesses recomenderia o ext2 ou o ext4.
O ext2 é mais rápido.
O ext4 é mais estável e com mais funcionalidades.
Se queres saber de uma boa distro MATE, experimenta o madeb!
Eu, estou desenvolvendo uma nova distro que usa o MATE desktop com tema GTK2/GTK3 e baseada no Debian SID com custom kernel (ficheiros núcleo).
Vê a homepage: http://madeb.pt.vu
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Realmente nem reparei na asneira da minha resposta… É claro que a Swap é “formatada” em Linux-swap.
Apenas uso Ext4 para as 2 outras partições: a / (raiz) e a /Home.
Na verdade o swap tanto pode ser implementada com uma swap partition como com um swapfile. Num cenário de usar swapfile a questão colocada faz sentido. No entanto ao usar swapfile normalmente (pelo menos nunca vi assim referido) não se aloca uma partição específica para isso. Alguns referem vantagens de uso de swapfile em vez de swap partition. Normalmente uso swap partition porque é o processo por omissão utilizado. Já experimentei usar swapfile mas não tendo feito medições e testes não tenho como comparar diferenças.
Um guia para configurar swapfile em Debian:
http://www.cyberciti.biz/faq/linux-add-a-swap-file-howto/
Pedro Pinto ainda estou à espera de resposta, se é que tem alguma resposta xD ao mail que enviei.
Abraço
Boas Paulo,
Já nao me lembro o que era? Reenvia de novo sff
Alguem me pode dizer ou orientar para as distro com Gnome2 ainda “vivas”. Gnome2 mesmo, pois matte…..
Sou mais um ex user de Fuduntu q ficou com azia com o fim do projecto e Gnome3 nao me agrada.
Obg pela atençao e desculpem pelo offtopic.
Das distribuições que eu conheço, a última que usava o Gnome 2 era mesmo o Fuduntu. Acho que foi mesmo o adeus a este ambiente gráfico.
Debian Squeeze?
Bom Dia
Eu embora teste a maior parte das distribuições Linux que vão saindo frequentemente , mantenho-me fiel ao Ubuntu , é a mais utilizada e apresenta índices de perfomance e estabilidade muito bons . Quanto a ambiente gráfico , eu posso configurar do jeito que quero , inclusive com o ambiente gráfico MATE . No Ubuntu Unity pode instalar o ambiente KDE , MATE , XFCE e outros mais . Ubuntu é uma versão já muito conhecida , oferece o suporte de qualidade da Canonical , não vejo necessidade de Point Linux …. mas o mundo Linux é isso mesmo … cada um escolhe e personaliza como gosta …
http://www.noobslab.com/2013/04/mate-16-desktop-released-install-it-in.html
É só seguir o indicado na linha de comandos acima …..
Abraço e viva o Linux
P.S. – Esse site noobslabs é excelente !
Boa noite,
Pode-se dizer realmente que um dos fatores que torna para mim o mundo Linux muito apetecível, é a liberdade e quantidade de escolha.
Na tua opinião sobre o Ubuntu, discordo de algumas coisa: é uma distribuição que a meu ver vale por ser a mais utilizada e uma das mais amigáveis para o utilizador comum… Mas discordo completamente quando dizer que apresenta níveis de performance e estabilidade “muito bons”. Se há coisa que o Ubuntu não é – principalmente devido ao pouco tempo de desenvolvimento e lançamento de novas versões -, é ser estável. E quanto aos índices de performance, pelo que tenho registado, só agora esta ultima versão do Unity é que tem recebido criticas positivas quanto ao desempenho.
As grandes vantagens do Point Linux é ter a enorme estabilidade da distribuição Debian, a leveza do ambiente mate e como não é desenvolvida por uma empresa grande, leva muito em conta o que os utilizadores querem (não há interesses comerciais por detrás, como acontece atualmente com o Ubuntu).
Atentamente.