Instalação do Linux CentOS 5.4
Por norma quando tenho de instalar um sistema operativo Linux num servidor a minha primeira opção vai sempre para o CentOS, que para mim é um dos melhores sistemas operativos que já administrei. O CentOS (Community ENTerprise Operating System) é uma distribuição Linux de classe Enterprise, baseada em código fonte gratuitamente distribuídos pela Red Hat Enterprise Linux e mantida pelo CentOS Project. Para quem necessita de estabilidade, este é o sistema operativo ideal. Neste artigo vamos ensinar como instalar/configurar o CentOS, versão 5.4
Para a demonstração da instalação vou recorrer à virtualização para ser mais fácil captar alguma passos.
Material necessário:
- .iso CentOS-5.4-i386-bin-DVD (3.72 GB)
- VMWare Player 3.0 (89,9 MB)
Passo 1 – Criar máquina virtual
Vamos começar por criar a máquina virtual, recorrendo ao VMware Player. Para isso escolhemos “Create a New Virtual Machine”.
Os próximos passos servem para indicar qual a distribuição que vamos instalar (no nosso caso o CentOS).
Definimos um nome para a nossa máquina virtual e indicamos o caminho onde vamos guardar no disco.
Definimos o tamanho do disco a usar. Para esta demonstração definimos 10 GB. Numa instalação num servidor físico, o tamanha a escolher será bem maior.
Confirmação dos parâmetros definidos.
Feito os passos anteriores, podemos sempre voltar a editar as configurações da máquina virtual para alterar alguns parâmetros (ex: quantidade de memória RAM, configurações da rede, etc).
Caso pretendam, podem alterar a quantidade de memória RAM a usar na máquina virtual.
Para quem tem a distribuição num ficheiro .iso, deverá definir no hardware CD/DVD a imagem .iso a usar.
Início da instalação
A partir deste momento vamos começar a instalar o sistema operativo propriamente dito. No caso de ser uma instalação de raiz, basta apenas carregar na tecla ENTER.
Definimos qual o idioma que pretendemos usar durante a instalação (neste caso vamos usar em inglês).
Definir o esquema do teclado.
E agora passamos à parte das partições. Para este exemplo vamos deixar o sistema definir o layout de partições adequadas.
Escolhemos “Remove Linux partitions on selected drives and create default layout”.
O próximo passo refere-se às configurações da rede. Vamos deixar em DHCP, pois podemos efectuar essas configurações posteriormente. Entretanto podemos dar um nome à máquina (ex: pplware).
Escolher fuso horário (Lisbon).
Definir a password de root.
Neste passo podemos escolher quais os pacotes a instalar. A instalação pode ser realizada a partir deste ponto ou podemos instalar os pacotes que pretendemos quando o sistema já estiver em funcionamento.
Depois de definidos os pacotes, basta mandar instalar.
A instalação demora aproximadamente 40 min (dependendo dos pacotes a instalar).
Primeiras Configurações
Por norma desactivo sempre o firewall e adiciono as regras que pretendo.
O SELinux, por norma desactivo sempre. Se precisar, activo à posteriori.
Definir date e hora.
Criar um novo utilizador. Este passo é importante para que não se use a conta root. Por norma só devemos recorrer à conta root quando precisamos de permissões ‘especiais’.
Se pretendermos instalar alguns pacotes contidos em CD’s adicionais
Após as configurações anteriores, eis que aparece a janela de login.
O CentOS tem um aspecto “leve”, pois o objectivo é que o SO nos forneça estabilidade e desempenho. Eu pessoalmente até ignoro o sistema de janelas e faço todas as configurações via shell através de SSH.
E está feito. O Linux CentOS 5.4 está instalado.
Como já referi, pessoalmente gosto bastante deste sistema operativo devido às garantias que o mesmo oferece. É robusto, tem bom desempenho e por norma é compatível com tudo. Para finalizar apenas contar uma pequena história. Aqui há 3 anos montei um servidor com base neste sistema operativo e até ao momento nunca deu qualquer tipo de problema. Restarts? Nunca fiz nenhum!
Este artigo tem mais de um ano
Boas..
prefiro Ubuntu, ou Debian
cumprimentos
Isto é uma opinião pessoal, e espero que não seja mal entendida, mas distro Linux para desempenhar papel de servidor, é Red-Hat/CentOS, Debian ou Gentoo tudo o resto não vale o esforço, robustez, estabilidade, performance…. Quanto a esta tenho a dizer, que é a distro que mais uso (sem X), e é fora de série visto que é um clone de RHEL.
slackware …
A nivel empresarial tens de considerar o SLES, no sector da banca é dos SOs mais utilizados.
Cumpts,
Pedro Oliveira
Aqui está outro excelente trabalho que, passo a redundância, dá muito trabalho.
Só uma correcção! Na frase “É robusto, tem bom desempenho e por norma é compatível contudo”, o correcto é dizer “…é compatível com tudo”. Contudo, significa, todavia, não obstante, apesar disso, etc. logo a expressão tira o sentido da frase (embora se perceba o que o Pedro queria dizer)
Peço desculpa pelo preciosismo Pedro Pinto 🙂
Thanks Manuelito
Que jeitaço, vou ter de configurar uma máquina ainda nesta semana. Vocês adivinham ou quê? 😉
Para já não preciso de um servidor instalado em casa…mas quem sabe mais para a frente.
fica a dica.
Boas,
Excelente distro de linux. Já vi pessoal a dizer “prefiro ubuntu”, mas a estabilidade deste sistema já está comprovada e é um sistema para ambiente de “produção” ao contrário do ubuntu (sim também tem a versão server e as LTS) porém este sistema é baseado(Clone sem a marca RedHat) num gigante e vem com ferramentas para configuração muito potentes e os pacotes disponíveis nos repositórios oficiais já estão mais que testados.
Agora instalar esta distro para ter em casa e ver filmes, ouvir musica, net etc. Penso que não será a melhor opção.
Querem uma distro para trabalho faço minhas as palavras do Piki, para além de servidor também é um excelente desktop.
boas..
toda e gente se ajoelha quando vê RedHat, sim é verdade que eles ja estão a muitos anos na coisa, mas não faz deles o ceu, e os outros o inferno, se é que me faço intender.RHEL e bom, mas existem para ai alternativas muito boas que contém até mais pacotes disponiveis que redhat, que está em franco declinio, ao contrario do Ubuntu que está em ascenção, e não deve ser so porque é bonito e tal, muitos especialistas de linux ja dizem que ubuntu, é se não melhor pelo menos igual e é Free, até mesmo a assistencia é mais barata, por isso que IBM/Ubuntu e Oracle/Ubuntu teem feito grandes progressos no mercado, podera, é um bom sistema de base debian.
E ja agora falou-se ai a cima de anos sem restart´s tenho conhecimento de servidores Debian a 5 anos sem restarts, isso não é exclusivo RedHat, pode ser é quase exclusivo do Linux, pois bsd também é muito forte neste campo, se não até mais forte, pelo respeito que estas distros(Freebsd inclusive) representam.
Mas claro nem toda a gente gosta de vermelho….ainda bem ja viram como seria o mundo se assim fosse.
Belo artigo..
cumprimentos
Servidores sem restart durante 5 anos cheira-me a servidores a espera de serem hackados 😉
Quando a comparar Ubunto com CentoOS enfim… espero que ao menos estejas a falar da versao servidor do Ubuntu 🙂
boas…
sim claro estou a falar da versão ubuntu server e sa JeOs para servidores virtuais(esta ultima muito interessantes para correr um servidor lamp por exemplo num ambiente virtualizado).
Eu não disse mal de nada simplesmente dei a minha opinião acerca do assunto, tendo em conta aquilo que tenho lido em revistas da expecialidade, pois nunca trabalhei com centos e sei que é apreciado, mas no fundo…parece a questão Microsoft é que é bom, quando experimentam algo diferente veem que afinal era engano.Quero dizer que eu acho que não devemos olhar so para uma distro como se não existisse mais nada.eu reconheço pelo menos parte do valor de outras coisas mas isso não quer dizer que as use pois posso encontrar outras que para mim são melhores e mais faceis de trabalhar.
E sistemas de base debian para mim…excelente.
De não esquecer que ao ritmo que o Ubuntu vai qualquer dia temos ai computadores por todo lado com isso instalado, caso de França,Estados Unidos,Alemanha,Espanha,Islandia(a que se afundou a pouco, salve seja)….etc.Não posso confirmar mas penso que o proprio google usa ubuntu nos seus servidores, penso que mudou a pouco,eles e a canonical trabalham proximos, de não esquecer que o so da google é desenvolvido por eles.
cmps
cumps
Belo artigo,
CentOS já não é a moda, já não é o mundo pipi que nos querem vender.
já é do mundo da robustez … bem vindo a esse tipo de posts.
a comunidade merece, claro que é preciso perceber é que isto não é para o pc para ir ver “gajas” e o site d’abola
Podiam era depois colocar uns tutoriais como montar um servidor
Realmente era um post muito interessante!
http://www.centos.org/docs/5/
Por acaso uso esse mm linux no servidor da empresa onde trabalho. Pah pa ser sincero axo q concordo cm a maioria, na é nada por ai além e a cena da robustez é discutível, acredito bem q o ubuntu neste momento seja sem duvida a distro mais completa.
Eu inicialmente disse,que era a minha opinião, mas para quem não leu essa parte, eu respondo, como disse e bem o JPedrosa, CentOS não está na moda, e ao contrário do que o lmx disse, e passo a citar “toda e gente se ajoelha quando vê RedHat…”, não é uma questão de ajoelhar, é uma questão de rigor, de análise idónea, bugs toda a genta encontra, mais numas que noutras (Novel tem OpenSuse para debuging/Testes, redhat tem fedora….) em Ubuntu (que é BOM e bonito) temos umbug de SSL que vem desde o Debian(http://www.ubuntu.com/usn/usn-612-1), isto em 2008, e não satisfeitos em 2010 lançam outro bug fix(http://www.ubuntu.com/usn/usn-884-1) que afecta versões de 2008. Com isto termino o meu comentário, bonito é masnão é grande coisa.
Continuando…
O primeiro bug, realmente nem devia ter existido no debian. Mas talvez tenha abertos os olhos a alguns: nao e’ qualquer um que mexe no codigo dos outros. E quando o fizerem, contactem os responsaveis para que estes comentem.
O segundo caso, nao tem nada a haver com o Debian/Ubuntu. O problema esta’ numa falha do openssl, usando o zlib, que afecta tudo e todos.
Respeito a opinião de todos, mas não troco Debian por nada. Não existe nada mais estável.
Sem dúvida, a minha distro de eleição, seja para utilização corrente, ou para servidores apenas com modo gráfico.
Recomendo fazerem o NetInstall e posteriormente adicionarem as repos do RPMForge e da pBone. Vão ver as possibilidades que passam a ter 🙂 E depois, “yum update”!
Abraço a todos
Bons dias,
De facto um bom post!
Tenho é uma dúvida, pois ten 1 semana que instalei o CentOs e depois tive de o tirar, pois nao conseguia usar o wifi…que poderá ser?
Abraço
Debian ou Ubuntu
Prefiro o windows xp
Claro,
como servidor o Windows XP provou todas as suas capacidades ao longo destes anos … muito melhor … vai lá para casa uma semana, reflectir no que disseste … 😀
Uso ubuntu há vários anos, mas realmente fiquei muito bem impressionado com a perfeição do Centos 6.
No meu ubuntu, a wireless (atheros 5007) era bem fraca, o que obrigava-me a entrar no windows. Pois no centos a força de sinal é a mesma do windows, algo que nunca vi em nenhuma distribuição linux.
No ubuntu, havia falha na gravação de cd e dvd, o que me obrigava a queimar cds no windows. Tentei de tudo e apenas no Xubuntu o driver era tão bom quanto o do windows (não falo aqui de programas, mas de biblioteca de gravação). Mas o centos fez melhor… tudo voltou a funcionar perfeitamente e, agora, o K3b funciona perfeitamente, sem gravações erradas etc.
Como sou usuário velho, prefiro o gnome e o kde. O ubuntu está agora com o unit, mas claro que pode-se mudar. Já o cento tem a cara velha do ubuntu, que é maravilhoso…
Como tenho uma página na internet, optei pelo centOS em razão de poder mexer em meu site via terminal de meu computador portátil. Minha surpresa foi maravilhosa, se soubesse que era tão bom já tinha mudado há pelo menos um ano atrás para o centos.
Fica aqui a dica para aqueles que estão insatisfeitos com o ubuntu, u que passaram a ter problemas de drivers.
A adaptação é fácil, muda um comando ou outro, mas quem tiver um pouco de experiência adapta-se facilmente.
Era o que queria compartilhar com todos.